USP promoverá “1º Congresso Internacional de Emissoras Públicas”, com apoio da Rádio e TV Cultura
Divulgação Superintendência de Comunicação Social da USP |
Promover debates sobre o papel das emissoras públicas nos dias atuais, criar pontes para o compartilhamento de estratégias de inovação em prol da educação e da democracia, e valorizar a pluralidade junto à sustentabilidade e ao interesse público. Esses são só alguns dos objetivos do 1º Congresso Internacional de Emissoras Públicas, que será promovido pela Superintendência de Comunicação Social (SCS) da USP nos dias 21 e 22 de maio, das 8h30 às 20h30, na Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, na Rua da Biblioteca, 21, Cidade Universitária, em São Paulo.
O evento, que tem o apoio da Rádio e TV Cultura e da Rede Universitária de Rádios Brasileiras (Rubra), vai reunir emissoras públicas de vários países, e contará com cinco mesas temáticas, além de dois colóquios e de uma seção dedicada à apresentação de trabalhos acadêmicos em cada dia. O congresso é gratuito, oferece certificado de participação e é aberto ao público. Para participar, basta preencher o formulário de inscrição. As vagas são limitadas. A programação completa está disponível no site do congresso.
A coordenação é do professor da Escola de Comunicações e Artes (ECA-USP) Eugênio Bucci, superintendente de Comunicação Social da USP, com organização de Verônica Poli, da SCS, e da doutoranda da ECA Gislene Nogueira, que apresentam o programa O Universo das Emissoras Públicas, que vai ao ar pela Rádio USP São Paulo (93,7 MHz) e Rádio USP Ribeirão Preto (107,9 MHz). Fornecerão apoio acadêmico os professores Luciano Maluly e Vitor Blotta, do Departamento de Jornalismo e Editoração (CJE) da ECA. “O congresso internacional será uma oportunidade valiosa para elevar a régua do debate sobre comunicação pública no Brasil, com a participação de profissionais das principais organizações de serviço público no mundo”, afirma Gislene Nogueira.
Um debate necessário
Participarão das mesas temáticas representantes de emissoras públicas de ao menos nove países, desde nações do Norte Global, como Alemanha, França, Espanha, Inglaterra, Portugal e Estados Unidos, até os vizinhos Chile e Uruguai e os africanos lusófonos, Angola e Moçambique. Para Gislene, esse debate plural pode ser importante, inclusive, para que o Brasil reveja sua relação com os meios públicos de comunicação. “Muitos desses países têm organizações públicas de rádio e televisão que atuam com independência do governo e do mercado. No Brasil, a escolha do modelo de radiodifusão predominantemente comercial tirou a população da discussão sobre emissoras públicas relevantes e independentes”, comenta ela. A discussão à qual ela se refere estará presente nas mesas temáticas.
No primeiro dia, são duas — “As contribuições e as estratégias das emissoras públicas para enfrentar o cenário de desinformação e promover a democracia“ e “Financiamento, um pilar da independência: o cenário e as dificuldades para garantir recursos para as emissoras públicas“. Já no segundo, três — “Os novos desafios de atuação das emissoras públicas no mundo digital“, “Públicas ou estatais?: idealismo versus pragmatismo na América Latina e na África” e “Os caminhos de diálogo com a sociedade: participação do público e indicadores de qualidade“. Ao todo, são 21 convidados de várias partes do mundo, dentre mediadores e debatedores. “O congresso trará a riqueza das trocas que acontecerão a partir das discussões, dos debates, de cada diálogo entre emissoras, gestores, pesquisadores, estudantes e profissionais”, afirmou, ao Jornal da USP, Norma Meireles, presidente da Rubra.
O evento vai receber, também, dois colóquios — ambos no primeiro dia: Desafios da América do Sul e África, que terá a presença de representantes do Brasil, do Chile, do Uruguai, de Angola e de Moçambique, e Os desafios das Rádios Universitárias no Brasil e América-Latina — Rede de Rádios Universitárias do Brasil (Rubra), Rádio Internacional Universitária (RIU) e Rádio USP, com participação de membros da Rubra, da Rádio Internacional Universitária (RIU) e da Rádio USP. Para além das discussões já propostas pelo congresso, que devem ser contempladas pelo segundo colóquio, a ideia é, com o primeiro, firmar e fortalecer laços entre o Brasil e a África lusófona, de modo a permitir a retransmissão de conteúdos entre os países e a promover maior integração social e cultural entre eles.
Grupos de trabalho
Estão previstas, também, apresentações de trabalhos acadêmicos para os dois dias, os quais estarão distribuídos em cinco grupos temáticos: Comunicação Pública (estratégias para enfrentar a desinformação, para manter a independência editorial e promover a cultura democrática), Inteligência Artificial (questões éticas e impactos na sociedade, na cultura e na democracia), Jornalismo (credibilidade, conflitos de interesses, epidemia de fake news, como criticar o poder nas emissoras públicas), Redes Sociais e Plataformas Digitais (o interesse público em espaços controlados pelo poder econômico) e Arte ou Entretenimento? (como veicular informação cultural além dos parâmetros consagrados no mercado das emissoras comerciais).
Para participar, é necessário enviar os resumos expandidos do trabalho acadêmico em questão por meio de um formulário. As submissões podem ser feitas até o dia 6 de abril, enquanto os aceites serão dados até o dia 25 do mesmo mês. Diante de todos esses espaços de discussão, Gislene reitera que “o congresso vai nos permitir aprender um pouco sobre a história dessas organizações no mundo e também nos atualizar sobre as principais questões atualmente em debate por essas instituições”.
O 1º Congresso Internacional de Emissoras Públicas acontece nos dias 21 e 22 de maio, das 8h30 às 20h30, na Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, na Rua da Biblioteca, 21, Cidade Universitária, em São Paulo. A entrada é gratuita e dá direito a certificado de participação mediante inscrição no link. Vagas limitadas. Para inscrever trabalhos acadêmicos para os grupos temáticos, deve-se preencher o formulário on-line até o dia 6 de abril, com aceite até 25 de abril. A programação completa está disponível no site do congresso. Mais informações e dúvidas pelo e-mail emissoraspublicas@usp.br.
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