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Filme inédito ‘A Fábrica de Sonhos’ vai ao ar na Sessão da Tarde de 25 de abril

Foto: Globo/Estevam Avellar

Um conto que tem como tema central a conexão do telespectador brasileiro com a televisão, as novelas e os sonhos que ganham vida a partir desse encantamento de longa data. Assim é ‘A Fábrica de Sonhos’, filme inédito que vai ao ar na Sessão da tarde do dia 25 de abril como parte das homenagens aos 60 anos da TV Globo, e tem os Estúdios Globo como cenário principal. Trata-se de uma comédia romântica protagonizada por Luellem de Castro, Igor Fortunato, Humberto Martins e Débora Falabella que reverencia a indústria de teledramaturgia nacional e seu universo, com participações especiais de atores como Kiko Mascarenhas, Valentina Bandeira, Vilma Melo, Bianca Byington, Luis Miranda, Luciana Paes, Edmilson Barros, entre outros. O longa marca uma nova parceria entre os cineastas Guel Arraes e Jorge Furtado e a primeira entre Guel Arraes e Patricia Pedrosa juntos à frente da direção.

A trama conta a história de Rafaela (Luellem de Castro), uma professora do interior apaixonada pelos romances do século XIX e por novelas. Como nas clássicas histórias de amor, a jovem se descobre apaixonada pelo seu melhor amigo de infância, Eleutério (Igor Fortunato), que para sua surpresa, confessa que compartilha do mesmo sentimento por ela desde os tempos de escola. Tamanha a reciprocidade do amor, os dois logo se casam. Ao mesmo tempo, Rafaela ganha um concurso para visitar o set da novela das 18h, ‘Amor e Fogo’, nos Estúdios Globo, e conhecer o protagonista, o ator Sydartha (Humberto Martins), de quem é fã e vem acompanhando a carreira há muitos anos pela TV.

Dentro da grande “fábrica de sonhos”, rodeada pela magia dos bastidores da televisão e de frente para o galã, Rafaela acaba confundindo ficção com realidade. Dividida entre o fascínio pela versão idealizada da figura daquele ator, e o amor sólido e verdadeiro por Eleutério, a professora coloca seu casamento à prova com o dilema: estar apaixonada pelo personagem ou pela imagem do ator por trás dele seria uma traição?

Entre bastidores, camarins e sets de gravação, o caminho de Rafaela também cruza com o de Ágatha (Débora Falabella), atriz que interpreta Anna, par romântico do personagem Alex em ‘Amor e Fogo’. As duas logo se identificam e se conectam. Quase como uma “voz da consciência” das pessoas ao seu redor, Ágatha aconselha a partir de suas convicções tanto a nova amiga quanto seu egocêntrico colega de trabalho, Sydartha, e até mesmo Eleutério, em um encontro inusitado.

Livremente inspirada em ‘Abismo de um Sonho’, de Federico Fellini, em determinado ponto, a história segue uma narrativa paralela: se no filme de 1952 sonhar com uma novela leva aquele personagem a cair em um abismo, em ‘A Fábrica de Sonhos’, o sonho se reconcilia com a realidade. Outro longa do diretor e roteirista italiano que inspirou Guel e Jorge foi ‘Entrevista’, de 1987. Assim como o filme retrata o estúdio de Cinecittà, local onde Fellini passou grande parte de sua vida, a produção brasileira explora os Estúdios Globo, passando por cidades cenográficas, estúdios e bastidores, ambiente onde os dois cineastas brasileiros também passaram mais de 30 anos de suas carreiras dedicados à dramaturgia.

No aniversário de 60 anos da TV Globo, o filme celebra a magia da televisão brasileira e o encantamento que ela proporciona. Guel e Jorge reconhecem o poder de identificação das telenovelas e o impacto que essas histórias de amor têm na vida dos espectadores. “A telenovela brasileira tem uma grande penetração, formou gerações. É um gênero que traz um pouco de educação sentimental também – você aprende a se relacionar com os outros ao assistir. São produções com essa função de fazer sonhar, mas também com essa função didática na vida prática do brasileiro. Achamos que isso era um bom quadro para fazer uma comédia romântica”, destaca o diretor e autor Guel Arraes.

“Tem uma música do Gil, ‘Zabelê’, que eu acho muito bonita. Diz assim: “Minha sabiá, minha zabelê, toda meia-noite eu sonho com você. Se você duvida, eu vou sonhar pra você ver”. Essa ideia de “eu vou sonhar pra você ver” é, pra mim, uma plena definição do cinema, da televisão, disso que a gente faz. A gente sonha um sonho que as outras pessoas veem. Essa ideia nos pareceu muito bonita. É uma declaração de amor ao trabalho que a gente faz”, completa o autor Jorge Furtado.

Produzido pelo Núcleo de Filmes dos Estúdios Globo, ‘A Fábrica de Sonhos’ é escrito por Jorge Furtado e Guel Arraes. O filme tem direção artística de Guel Arraes e Patricia Pedrosa e produção de Isabela Bellenzani e Raphael Cavaco.

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