Entrevista com o segundo colocado do 'BBB 25': Guilherme
Foto: Globo/Léo Rosario |
Um grande irmão. É o que Guilherme considera ter sido para seus amigos no ‘BBB 25’. Na temporada das duplas, o genro mais comentado do Brasil foi escolhido pelo público para entrar no programa com a sogra Joselma e, em meio à corrida pelo prêmio milionário, teve a chance de mostrar uma relação de carinho e cuidado com a mãe de sua esposa. Na disputa para decidir o vencedor, definida nesta terça-feira, dia 22, o fisioterapeuta recebeu 43,38% dos votos, disputados contra Renata e João Pedro, e terminou em segundo lugar. Dos posicionamentos firmes à s defesas de seus aliados, Guilherme conduziu sua jornada no BBB levando em consideração seu senso de justiça. “Eu não consigo ver certas situações, seja com quem for – nem precisa ser um amigo próximo – e não me posicionar. Lá dentro foi da mesma forma. Quando eu via alguma situação com a qual eu não concordava, eu ficava: ‘Ai, eu preciso falar, eu preciso falar’. E terminava que eu falava mesmo, à s vezes eu nem conseguia esperar o Sincerão para dizer o que eu estava sentindo”, destaca ele, acrescentando que em certas ocasiões suas exposições acabaram esquentando os conflitos dentro da casa. Na entrevista a seguir, o finalista e segundo colocado da temporada abre o jogo sobre suas estratégias no reality, fala sobre os desafios da competição em duplas e comenta o que mais o surpreendeu quando deixou o BBB. O que a experiência de participar do ‘Big Brother Brasil’ significou para você? Desde o primeiro momento em que eu pisei ali dentro, significou mudança de vida. Eu tenho certeza de que, a partir de agora, eu vou conseguir mudar a realidade da minha famÃlia – da minha mãe, dos meus irmãos, da minha sogra, que já mudou, e da minha esposa. Imaginava chegar à final do ‘BBB 25’? Qual foi sua estratégia para ir tão longe na competição? Antes de eu entrar, eu imaginava. Depois que eu entrei, comecei a achar que seria algo muito difÃcil. Minha estratégia sempre foi me posicionar de forma muito firme e eu acho que esses posicionamentos fizeram com que as pessoas não quisessem comprar um embate comigo. Eu precisei ser literalmente como sou aqui fora ao defender meus amigos. Eu terminei entrando em embates dos meus amigos porque eu não conseguia ver certas situações e não me comprometer ou ficar calado. Como fã do programa e agora um ex-BBB, o que considera essencial a um jogador que deseja chegar entre os três primeiros colocados? Se posicionar sem medo do que as outras pessoas vão achar. Eu acho que o principal do ‘Big Brother’ é você se posicionar de forma firme. Esse seria o meu conselho para todo mundo que vai entrar no programa. Você contou ter se preparado bastante para a prova do finalista, da qual saiu vencedor e, assim, garantiu uma vaga no pódio. Como se planejou para essa disputa final? Antes de eu entrar no programa, eu já sabia que a questão do xixi seria o mais complicado para mim, porque vou muitas vezes ao banheiro. Eu já ficava falando para a minha esposa: “Eu vou dormir e não vou me levantar nenhuma vez; só posso fazer amanhã”. Então, fora do programa eu já treinava. Quando chegou nessa última prova, teve uma festa um dia antes e eu disse: “eu não vou beber”. Vi todo mundo bebendo, mas eu não fiz, porque a bebida faz com que eu urine mais vezes. Quando foi no outro dia, eu só tomei metade de um copo de água de manhã cedinho. Eu disse: “não vou mais beber água nenhuma”. E eu pedi muito em oração para Deus para que ele fizesse com que a minha bexiga virasse de ferro. E foi o que aconteceu: eu nunca tinha passado tanto tempo sem fazer xixi, que era minha maior preocupação. O frio eu sabia que iria aguentar. Depois que eu saà da prova, ainda dormi, e só vim a fazer depois que acordei, porque eu forcei. Então, a minha preparação foi basicamente não beber água. E outra: como eu imaginava que seria algo de molhar, comecei a tomar banho de água gelada lá dentro da casa, comecei a testar para ter uma ideia de como seria. E super deu certo, graças a Deus. Na fase em duplas e em todo o programa, sua relação com a Joselma chamou atenção pelo carinho e amizade que pode existir entre sogra e genro. Como foi viver essa experiência ao lado dela? Eu sempre disse que o ‘Big Brother’ era um sonho, e foi melhor do que eu sonhei. Eu pude entrar com a minha sogra, que é uma pessoa pela qual eu tenho um carinho muito grande, acho que deu para todo mundo perceber. E é uma experiência inexplicável, é até difÃcil colocar em palavras o quão incrÃvel foi viver tudo isso com Del. Acho que a gente pode até estar inspirando outras pessoas ao saberem que dá, sim, para ter uma boa relação com a sua sogra, com o seu genro. Foi incrÃvel, fora do normal! Foi benção de Deus nas nossas vidas. O que foi mais desafiador nessa relação de vocês dois dentro de um jogo como o BBB? No inÃcio foi um pouco complicado porque as nossas percepções de jogo eram totalmente diferentes. Del queria votar em alguém; eu queria ir em outra pessoa. A gente nunca chegava num consenso e eu já estava agoniado, doido para que separassem logo as duplas para que eu pudesse me posicionar. Eu tinha medo de me posicionar de forma muito firme e terminar atrapalhando ela dentro do jogo. Eu até comentava com ela, dizendo: “Del, eu tenho medo de falar tudo o que eu estou achando aqui, o público não gostar e acabar saindo eu e você”. Depois que separou, foi mais tranquilo em relação a isso. Mas no inÃcio, eu já sabia que seria complicado, porque até quando eu e Del assistÃamos ao programa juntos, ela torcia para uma pessoa e eu, para outra, totalmente diferente. Então, lá dentro eu já sabia que a gente tinha opiniões muito diferentes. Isso aconteceu por um bom tempo. Depois, no final, a gente foi tendo opiniões mais parecidas. Você sempre destacou ter posicionamentos firmes no programa, especialmente para defender seus aliados. O que te motivava a se manifestar nessas situações? Isso já é algo meu daqui de fora. Eu não consigo ver certas situações, seja com quem for – nem precisa ser um amigo próximo – e não me posicionar. Lá dentro foi da mesma forma. Quando eu via alguma situação com a qual eu não concordava, eu ficava: “Ai, eu preciso falar, eu preciso falar”. E terminava que eu falava mesmo, à s vezes eu nem conseguia esperar o Sincerão para dizer o que eu estava sentindo. Algumas vezes em que eu falei, acabou gerando um fogo muito grande dentro da casa, né? (risos). Mas era simplesmente o Guilherme sendo Guilherme ali. Também por isso, adversários apontaram que você se apropriava do enredo de outras pessoas. Acha que faltou ter seus próprios embates no BBB ou não? Eu chamava as pessoas para os embates quando eu ia para o Sincerão ou até em discussões dentro da casa mesmo. Só que eu sentia que as pessoas não queriam ter embates comigo. Acho que os meus posicionamentos eram firmes de tal forma que, à s vezes, a outra pessoa não conseguia se defender e não queria arranjar confusão comigo. Eu até descobri que, na Vitrine do Seu Fifi, tinha meu nome como um dos favoritos. Eu chamei a Renata algumas vezes para o Sincerão, mas eu sentia que ela também não queria comprar esse embate comigo. Então, terminou que eu e a Rê conseguimos até ter uma boa relação lá dentro, porque eu expressava o que eu achava, ela expressava também, e ficava tudo bem. Eu sentia que as pessoas não queriam comprar briga comigo, apesar de eu ir pra cima. Então, terminava que eu aparecia mais dentro do jogo quando eu ia defender os meus. Quais desses embates foram mais marcantes para você? Houve dois. O primeiro, logo no inÃcio, foi sobre a questão da saúde mental, em que algumas pessoas estavam desconfiando se era verdade ou não a situação do Diego [Hypolito]. E o outro foi a situação da Vitória [Strada], que pegou muito em mim porque eu considero amizade algo muito forte. E eu vi que a relação de amizade com ela estava sendo quebrada de forma muito rápida. Eu disse: “Não, eu preciso falar sobre isso”. Quando chegou na sala, eu terminei falando tudo o que eu achava e começou o alvoroço. Eu até disse para Vitória: “Vitória, fale!”. Ela acabou falando e, pronto, virou um caos dentro da casa. Você também disse ter sido “um grande irmão” para seus aliados. Com que colegas de confinamento você gostaria de continuar a amizade aqui fora? Com certeza com Diego [Hypolito], com Vini [VinÃcius], com Aline, com Dani [Hypolito], com Vitória [Strada] também. A princÃpio esses são os que eu tenho certeza de que vou ter mais contato. Os demais eu quero também ter uma relação boa, de amizade, mas os que são mais próximos é a galera do quarto Anos 50, não tem muito mistério. E como vocês vão fazer para manter essa amizade à distância? A internet favorece essa comunicação. Mas, por exemplo, Vini e Aline moram em Salvador, na Bahia. Minha esposa tem famÃlia lá, então vai se tornar um pouco mais fácil. Mas quando a saudade bater a gente vai ter que dar um jeito: ou liga ou pega um avião de lá para Pernambuco, ou sai de Pernambuco para outros estados. Mas a gente quer estar perto, porque virou famÃlia mesmo. Que notÃcias do confinamento mais te surpreenderam quando deixou a casa? Essa de que na Vitrine do Seu Fifi o meu nome estava cotado para um dos favoritos eu não esperava. Eu não tinha essa noção. Mas acho que girou muito. A Vitória também foi favorita em alguns momentos; a Rê depois que veio da dinâmica; o Diego; o Vini; a Aline... Mas eu não imaginava justamente porque em alguns momentos eu sentia que ninguém queria comprar briga comigo. Então, eu pensava: “Será que eu vou conseguir me destacar dentro desse programa só com os meus posicionamentos?”. Eu também pensava muito no próprio nome do programa: “Big Brother”, ou seja, “Grande Irmão”. Eu achava que a minha relação com as pessoas pudesse se destacar lá dentro. Já consegue dizer quais são seus planos daqui para frente? Pretende seguir atuando como fisioterapeuta? Eu quero agora trabalhar bastante. Acredito que a Fisioterapia vai ficar um pouco quietinha nesse momento. Eu quero ter oportunidades nas redes sociais também, ter voz para falar sobre algumas coisas, ajudar outras pessoas com projetos e instituições. Quero fazer publicidades. O que tiver de oportunidade eu quero agarrar agora com todas as forças para poder trazer uma vida melhor para a minha famÃlia. Eu trabalhava muito como fisioterapeuta. Amo a minha profissão demais, sou apaixonado pelos meus pacientes, mas eu preciso ter um pouco mais de tempo para trabalhar nesse meio da publicidade e da propaganda agora. O ‘BBB 25’ tem apresentação de Tadeu Schmidt, produção de Mariana Mónaco e Rodrigo Tapias, direção geral de Angélica Campos e direção de gênero de Rodrigo Dourado. O reality vai ao ar na TV Globo de segunda a sábado, depois de 'Vale Tudo', e domingos após o 'Fantástico'. Pode ser visto ainda 24h por dia, ao vivo, no Globoplay. O Multishow exibe diariamente 60 minutos, ao vivo, logo após o fim da exibição da TV Globo. A votação do programa acontece exclusivamente no Gshow. Os projetos multiplataforma e mais informações podem ser encontrados no site. |
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