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Entrevista com o eliminado do 'BBB 25': Maike

Foto: Globo/Léo Rosario

Ser o maior vencedor de provas do ‘BBB 25’ não foi o bastante para levar Maike à final da temporada. A 12 dias da decisão, o paulistano acabou eliminado com 49,12% dos votos e uma diferença inferior a 1% para seu grande rival, no paredão mais acirrado da edição. Observando a trajetória no programa, o brother confessa que precisou despertar para o jogo algumas semanas depois de perder Gabriel, sua dupla no reality.

Na entrevista a seguir, Maike comenta erros e acertos no jogo. Fala, ainda, sobre as estratégias que adotou durante os 88 dias em que esteve no BBB e revela seus planos profissionais após o programa.

Você venceu diversas provas ao longo desses quase 90 dias de BBB, entre elas, cinco provas do líder. Acredita que esse bom desempenho te ajudou a chegar até esta fase do game?  
Sim, eu acredito que esse desempenho bom nas provas fez total diferença para eu chegar aonde cheguei. Eu comecei o jogo um pouco mal, um pouco para baixo; com a saída do Gabriel eu fiquei mais para baixo ainda. E as provas que eu comecei a ganhar foram me dando um gás e mudaram totalmente o meu jogo dentro da casa.

Qual era a sua estratégia para vencer tantas provas?
Fé, eu só ia (risos). Chegava lá, olhava, fazia minha oração e o que tinha que ser feito.

Qual dessas disputas foi mais importante para você? 
A mais importante para mim foi a prova de resistência das cabines. Aquela foi bem difícil porque eu estava com dor, cansado, com vontade de ir ao banheiro. Ali foi a virada de chave para eu começar a jogar realmente. Eu acho que foi a partir daquela liderança que eu comecei a ficar mais ativo dentro da casa.

Apesar das vitórias, você não conseguiu eliminar nenhum dos indicados ao paredão quando foi líder. Faltou estratégia? O que acha que falhou nessas lideranças? 
Sim, totalmente. Vendo agora de fora, faltou muita estratégia. Lá dentro a nossa visão é muito diferente da do público aqui fora; é mais focada em todo mundo que está dentro da casa. A gente também não queria ficar mudando os alvos, era um pouco difícil fazer isso porque talvez essa pessoa voltasse, e aí eu teria mais um embate. Acho que pequei nesse aspecto de mirar sempre na mesma pessoa.

Você não teve tantos embates no programa, então qual era sua estratégia para definir votos ao longo da temporada? 
A princípio era por pessoas com as quais eu tive algum problema. Diego [Hypolito] e Daniele [Hypolito], depois Vinícius e a Aline, porque acabaram votando em mim. De início, esse era o meu ponto. No final, eu comecei a reparar mais no que as pessoas faziam de errado lá dentro, se elas eram hipócritas, se eram incoerentes. Ficou mais fácil para mim quando eu entendi que poderia fazer isso, e mudei um pouco a estratégia. Depois que a Renata voltou da Vitrine do Seu Fifi, a gente se juntou como grupo e começou a votar com estratégia porque precisávamos nos defender do outro lado.

Qual deles foi seu maior adversário?
Vinícius, porque ele é um cara muito inteligente, fala bem, mas cai em contradições às vezes. Foi o meu maior adversário lá dentro. Inclusive ele falou isso para mim na hora em que eu estava saindo.

Apesar de estar neste grupo, você tinha boa relação com outras pessoas, principalmente do quarto Nordeste, como Thamiris, Gracyanne Barbosa, Vitória Strada. Algumas vezes essa circulação entre os grupos chegou a ser questionada. Como fazia para equilibrar esse aspecto no BBB? 
Lá dentro da casa eu fui fiel a quem eu sou. As amizades e as interações que eu tive foram totalmente sinceras, eu não fiquei forçando nem buscando aliados. Eu conversava com as pessoas que falavam comigo. Houve um momento do jogo em que tudo era muito óbvio: quem iria votar em quem, como seria a votação... Eu falava sobre isso com as pessoas com quem eu me sentia à vontade, como Camilla, Thamiris. Mas não falava necessariamente do meu jogo ou do que o meu quarto faria. Até porque durante muito tempo o Fantástico não votou junto, era uma bagunça e a gente não tinha estratégia nenhuma. Eu circulava bem porque eu gostava das pessoas que eu conversava ali e, para mim, foi genuíno.

Que amizades ficarão marcadas para você? 
Sem dúvidas, com os gêmeos [João Gabriel e João Pedro]. Lá dentro a gente teve uma amizade verdadeira, os moleques são gente boa demais. Renata e Eva têm corações muito puros. Também gosto muito do Gui [Guilherme], sempre falei isso para ele lá dentro. A Camilla e a Thamiris são incríveis. A Gracy [Gracyanne Barbosa]... Todo mundo!

Quais são os aprendizados dessa experiência? 
Muitos. O programa me mudou bastante, pessoalmente falando. A questão da confiança, de acreditar mais em mim. A necessidade de me posicionar mais da forma certa, de ser mais ativo quando tiver algo, de falar de forma coerente. Aqui fora eu era uma pessoa que me esquivava um pouco dos problemas, das brigas ou de coisas que eu via que estavam erradas. Isso foi algo que mudou em mim. E ser mais grato pela vida, por tudo o que estava acontecendo. Lá eu exerci muito a gratidão porque tudo ali era novo para mim, tudo era muito mágico e eu estava muito grato a Deus por viver aquilo. Também preciso ter mais controle das minhas atitudes, das minhas palavras. São coisas que eu vou levar para a vida.

Houve algum momento em que você virou a chave no jogo, no sentido de ser mais ativo?
Teve. Eu acho que um pouco antes de a Renata ir para a Vitrine eu tinha percebido que precisava reagir, que eu estava um pouco apagado. A saída do Gabriel foi bem forte para mim; no início eu achei que não seria, mas depois eu senti muito a falta dele lá dentro. E depois que a Renata voltou, virou de vez. Para todo mundo do quarto Fantástico foi um start para acordar. Para mim foi muito importante quando ela falou as coisas ao meu respeito. Eu gosto quando as pessoas trazem críticas sobre mim, não tenho problema em receber isso, porque a forma como ela falou foi para me ajudar. Para mim foi excelente ela ter falado aquilo. A partir daquele momento eu acordei para o jogo.

Você teve dois relacionamentos dentro do confinamento: um com Giovanna e outro com Renata. Imaginava que pudesse se envolver dentro do reality
Nunca foi meu objetivo. Eu entrei no programa para jogar, para tentar ganhar o prêmio. Eu entrei solteiro, mas não focado em ninguém, só em mim e no Gabriel, que era minha dupla. A Giovanna é uma mulher incrível, super gente boa, mas a gente teve algo rápido. A gente ficou uma, duas vezes e logo ela saiu. Não deu para ter uma conexão tão grande com ela. Foi diferente do que eu tive com a Renata. Eu acho que a gente foi construindo, tanto é que a gente já flertava desde o início do programa, mas a gente só ficou realmente agora, faltando duas semanas para acabar. A gente foi se conhecendo, fui conhecendo quem é ela, o coração dela e me encantei também pela história de vida dela. O que ela foi buscar lá dentro era muito semelhante ao que eu fui buscar: dar uma vida boa para a mãe, mudar a história da família dela... E acho que a gente criou uma conexão muito mais real.

Quem acha que tem mais chances de ganhar o programa? 
A Renata tem mais chances. Vendo aqui de fora é mais fácil para mim. Lá dentro eu já achava que ela era uma pessoa muito coerente, do bem, de coração. Ela joga bem, tem uma visão boa, apesar de ela mesma duvidar bastante disso. Aqui de fora, eu vejo que ela estava certa em muitos momentos lá dentro; foi mais fácil para eu entender. Ela é boa de prova, fala bem nos Sincerões e merece ganhar, sim.

Já tem planos profissionais para o pós-BBB? 
Por ora, não. Vou analisar tudo o que vier e quero fazer de tudo, tudo o que surgir para mim. Quero muito aprender sobre a internet, sobre esse mundo do digital. É algo muito novo para mim, nunca mexi. Eu tinha quase zero seguidores e, do nada, você acorda e tem essa quantidade imensa de gente te olhando. Mas tudo o que aparecer para mim, vambora!

O ‘BBB 25’ tem apresentação de Tadeu Schmidt, produção de Mariana Mónaco e Rodrigo Tapias, direção geral de Angélica Campos e direção de gênero de Rodrigo Dourado. O reality vai ao ar na TV Globo de segunda a sábado, depois de 'Vale Tudo', e domingos após o 'Fantástico'. Pode ser visto ainda 24h por dia, ao vivo, no Globoplay. O Multishow exibe diariamente 60 minutos, ao vivo, logo após o fim da exibição da TV Globo. A votação do programa acontece exclusivamente no Gshow. Os projetos multiplataforma e mais informações podem ser encontrados no site.

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