Entrevista com a eliminada do 'BBB 25': Joselma
Foto: Globo/Léo Rosario |
Joselma, mais conhecida como Delma, deixou-se guiar pelo coração, ainda que em uma disputa por um prêmio milionário. No ‘BBB 25’, ela acredita ter cumprido sua missão de entrar como dupla de Guilherme e, tornando-se a sexta colocada da edição, deixou a casa com toda sua serenidade nesta terça-feira, dia 15. A pernambucana acabou eliminada com 67,19% dos votos no paredão contra o genro e Renata. “Eu entrei para mostrar como é lindo o amor de uma sogra com o genro. E acho que passei para o Brasil todo que o nosso amor é verdadeiro; foi muita emoção. Era o sonho da vida inteira dele. Eu fui uma pessoa que fiz parte do sonho, segurando a mão para ele entrar naquela casa. Depois que eu entrei, fiz a minha parte. Agora, eu podia deixar ele terminar o sonho dele e sair”, destaca a pernambucana. Na entrevista a seguir, Delma conta quais foram seus maiores desafios no ‘Big Brother Brasil’, fala sobre os conflitos que teve com Vilma e Renata e explica os motivos pelos quais tinha dificuldade de entrar em embates no programa. Como foi participar do ‘Big Brother Brasil’ tendo como dupla, incialmente, o seu genro? Foi maravilhoso. Eu entrei para mostrar como é lindo o amor de uma sogra com o genro. E acho que passei para o Brasil todo que o nosso amor é verdadeiro; foi muita emoção. Era o sonho da vida inteira dele. Ele sempre sonhou com esse programa e com cada detalhe daquela casa. Ele assistia comigo, na minha casa, à s outras edições e eu falava: “Isso é mentira, já está combinado quem é campeão...” E ele dizia: “Não é, não, sogrona. Ainda vou entrar e vou mostrar para a senhora que é verdade”. Quando surgiu a inscrição em dupla, ele falou: “Ôxe, é agora. A senhora toparia ir comigo?” E eu disse que sim. Aà pronto, nos inscrevemos achando que nunca ia ser possÃvel, mas as coisas foram acontecendo ao longo do tempo. Eu cheguei naquela casa, só saà ontem e ainda não acredito que vivenciei aquilo tudo. Vocês têm uma relação de sogra e genro que foge do habitual, de muita amizade, que parece de mãe e filho. Acha que esse foi o motivo que fez o público escolher vocês dois dentre as outras duas duplas lá no inÃcio do programa? Eu acho que sim, porque as pessoas só pensam que a sogra é chata, que pega no pé, que reclama, que só quer o melhor para os seus filhos, que é malvada... Todo mundo fala: “Ôxe, tu é doido de andar com a tua sogra?”. Já ele, não, tem prazer em andar comigo e a nossa relação é assim. Com a minha nora também é como se fossemos mãe e filha. Eles tratam meus filhos muito bem, então eu só tenho a agradecer e mandar mais carinho para eles dois. Meu genro é isso que ele é ali. E eu nunca o vi chorar tanto nessa vida, quanto vi nesse programa! Mesmo após a separação das duplas, você ainda esteve muito vinculada ao Guilherme. Chegou a dizer que preferia sair antes dele, se fosse o caso. Como era a relação de vocês em se tratando do jogo? Tinha receio de ficar sozinha no programa? Eu tinha [receio]. Já tinha ficado sem VinÃcius e ia ficar sem ele também? Eu tinha a maior segurança de que, se um saÃsse, o outro iria segurar na minha mão, me apoiar e dizer: “Fique, vai dar certo”. Então, eu estava com medo de não aguentar e decepcioná-lo. Eu prefiro sair do que decepcionar Guilherme, então era por amor, para ele ficar melhor no jogo e seguir em frente. Nem uma prova eu ganhava! Eu disse: “Eu vou-me embora mesmo. Se eu depender de prova para ganhar, estou lascada!”. Eu me sentia muito protegida por ele e pelo pessoal do meu quarto. No inÃcio, cada um jogava do seu jeito: ele tinha o pessoal dele e eu tinha o meu. Mas eu sabia da confiança que eu tinha dele junto de mim. Vocês foram a última dupla a sobreviver no programa. Por que acha que isso aconteceu? Como eu fui bem acolhida pelo pessoal da casa, tinha aquele carinho um pelo outro e também aquele respeito. Eu dizia assim: “Vocês têm que votar em mim, gente. Não é porque gostam de mim, que têm um carinho e um respeito, que não têm que votar. É o jogo! Vai chegar uma hora em que a gente vai ter que se votar até entre a gente dentro do quarto”. Eu sempre deixei claro para os meninos que podiam votar, que eu não ia ficar com raiva deles, não. Mas pelo carinho, aconchego e acolhimento, eles não queriam me votar; vieram votar só no final. Acho que foi pelo meu coração, junto com os meninos, e pelo fato de tratar o pessoal bem, que eu fui ficando no jogo. E como foi enfrentar o Guilherme na berlinda desta vez? Eu pedia que deixassem ele e me tirassem. Foi muito difÃcil. A minha dor maior foi ver o sofrimento dele, com medo de sair e me deixar ou que eu saÃsse e deixasse ele. Ele estava muito tenso, preocupado, ficava muito parado e pensativo. Me doÃa tanto quando eu via o bichinho parado pelos cantos, sem conseguir dormir. Eu dizia: “Ai, meu Deus, eu prefiro sair e deixar ele, porque é o sonho da vida dele”. Eu fui uma pessoa que fiz parte do sonho dele, segurando a mão para ele entrar naquela casa. Depois que eu entrei, fiz a minha parte. Agora, eu podia deixar ele terminar o sonho dele e sair. Quais foram os momentos mais felizes no BBB? E os mais desafiadores? O desafio maior foi a minha decisão de deixar o povo no “Tá com Nada”, porque o meu trauma de infância foi a falta de alimento, então isso me doÃa. E todo mundo falou: “Pegue, que o dinheiro é para ajudar seus netos. No seu lugar, todo mundo aqui iria pegar...” Aà eu disse: “É, me botaram duas vezes no ‘Tá com Nada’ e eu vou botar a terceira o pessoal aqui. Eu não fiz nada e me botaram...” Aà até aceitei, mas fiquei ainda chateada. Eu não tinha vontade nem de comer no VIP, com vergonha de estar comendo coisa boa e todo mundo no ‘Tá com Nada’. Isso me doÃa. Dos mais felizes foi quando eu vi a Alcione. Que realização na minha vida ver Alcione de perto, ter um show dela só para mim! Eu fiquei muito emocionada. Alcione, Péricles abraçado comigo naquelas festas maravilhosas. Foi inesquecÃvel! E quando eu ganhei o Anjo para ver minha famÃlia – a primeira e última prova que ganhei – foi o melhor dia da minha vida! A senhora teve uma relação de altos e baixos com a Vilma, que rendeu momentos engraçados ao público. Considerava ela uma adversária? Por quê? Não considerava, não. Ela dizia assim: “Meu problema não é com a Joselma”. Mas ela ficava "manifestada" quando eu dizia que ela não gostava de ir para a Xepa. Ninguém gosta de ir para a Xepa, mas ela ia com raiva, só gostava de ficar no Vip. Mas quando eu dizia alguma coisa a ela era brincando, para arretar mais (risos). A única coisa que pegou mais foi o negócio do café, porque eu senti a raiva dela, que a levou a descontar numa pessoa que ela dizia que gostava de estar junto, de conversar, que era comigo. Quando ela foi para o paredão, eu até pedi uma vez no Raio-X para ela voltar, porque ela minha companheira de tomar uma [cerveja], ficávamos as duas conversando, rindo... e a gente sempre fazia as pazes com a “brebeja” (risos). A Renata também foi uma pessoa com a qual a senhora tinha uma boa relação no inÃcio, mas depois acabou se afastando e entrando em alguns conflitos. O Seu Fifi chegou a revelar a ela uma fofoca feita pela senhora. O que achava do jogo dela? Quando ela chegou, no inÃcio, eu ficava observando ela sempre conversando com Evinha [Eva]: “A gente veio para jogar”. Só falava de jogo e eu ficava achando estranho. Ela reclamava, ela queria tudo do melhor para ela e Evinha no quarto. Queria dormir na maior cama, a de casal, e queria mandar demais. Eu só observava. Ela sempre falava de roupa para as meninas, e eu pensava: “Essa menina veio fazer só propaganda de roupa aqui, foi? Que jogo é esse?”. Porque ela, no inÃcio, ficou de quarto em quarto. Não fui só eu: todo mundo da casa tinha um pé atrás com ela. Quem acompanhou viu que ela ficou perdida, desde inÃcio do jogo, procurando um quarto para se enturmar. Estava no Anos 50 e votou na primeira semana em Diego e Dani [Hypolito], em gente do quarto. E todo mundo do Anos 50 segurou a mão um do outro até o final. Só viemos combinar voto no final – antes cada um tinha liberdade para votar em quem quisesse. Todo mundo tinha gente para votar e ela votar no pessoal do quarto em que estava dormindo? Então, ela ficou realmente sabonetando de quarto em quarto até encontrar, já no final, um quarto com o pessoal que estava sem as duplas e que estava ficando só. Até dos próprios gêmeos, os Joãos [Pedro e Gabriel], ela chegou com raiva quando veio do shopping. Falou para os meninos que tinha ficado sabendo que eles estavam desconfiando do interesse dela na amizade deles. Eles até choraram, ficaram com raiva, dizendo que iriam jogar sozinhos. E eu disse: “Meu filho, nessa altura do jogo vocês têm que ter aliados”. Eu conversei com eles. Isso porque eles falaram que desconfiaram delas no inÃcio. E todo mundo desconfiou, porque elas não tinham uma posição certa, queriam jogar as duas sozinhas. E como vai fazer isso? Precisa dos aliados. Quando a gente estava na rodinha para comentar, eu que era a fofoqueira. Só saÃa o assunto porque alguém puxava, aà a fofoca se estendia. Alguns jogadores opinaram que a senhora tentava escapar de se comprometer. Era uma opção sua não se indispor com outros participantes? Quando eu cheguei lá, eu fui acolhida pela casa, então nem sempre eu tinha motivo. Quando eu tinha motivo, eu ia lá e até conseguia falar alguma coisa. Eu sou uma pessoa que a vida inteira levei lapada, no sentido de ser julgada, apontada. Quem já passou por tanta coisa não consegue magoar outra pessoa. Eu não consigo chegar e apontar o dedo para alguém se eu não estou sentindo aquilo no meu coração. Eu já senti isso na minha pele, então, eu não consigo fazer com outra pessoa, porque eu sei que dói. Às vezes é melhor você engolir as coisas, ficar calado, tentar esquecer e se afastar do que magoar alguém. Para mim, realmente o Sincerão era muito difÃcil de apontar alguma coisa. Mas quando eu tive motivo com Thamiris, por exemplo, eu fui lá e falei, do meu jeitinho, mas consegui falar. Para falar bem de uma pessoa, eu falo o dia todo. Mas para dizer um adjetivo ruim, é difÃcil. Apesar disso, ao longo do jogo, você teve que tomar algumas decisões importantes, entre elas salvar alguém com o Poder Curinga, o “Pegar ou Guardar”, o voto em consenso com o Maike e o castigo do monstro, quando foi anjo. Qual delas foi mais difÃcil? A mais difÃcil foi a questão da comida, para pegar o dinheiro. Isso me preocupou muito. Quando ela [Gracyanne Barbosa] deixou o dilema para mim, eu já fiquei sem dormir. Fiquei pensando mil e uma coisas, que poderia ser algo muito grave com alguém. O que muda na sua vida depois de participar do ‘BBB 25’? Só Deus sabe! Estou aqui entregando na mão de Deus e deixando a vida me levar. Para onde a vida me levar, eu estou indo agora, igual a Zeca Pagodinho (risos). Eu só quero ser feliz daqui para frente. Do que sentiu mais falta na casa, durante o programa? Senti falta de tomar um banho bem tomado e de uma televisão para assistir à s novelas. Quem você gostaria de ver na final ao lado do Guilherme? Eu queria que chegassem à final, ao lado do Gui, Vitória [Strada] e Diego [Hypolito]. Se chegarem os três na final, eu vou ficar muito feliz de saber que os Anos 50 não largaram a mão nem no último dia, vão estar lá no pódio segurando um na mão do outro. O ‘BBB 25’ tem apresentação de Tadeu Schmidt, produção de Mariana Mónaco e Rodrigo Tapias, direção geral de Angélica Campos e direção de gênero de Rodrigo Dourado. O reality vai ao ar na TV Globo de segunda a sábado, depois de 'Vale Tudo', e domingos após o 'Fantástico'. Pode ser visto ainda 24h por dia, ao vivo, no Globoplay. O Multishow exibe diariamente 60 minutos, ao vivo, logo após o fim da exibição da TV Globo. A votação do programa acontece exclusivamente no Gshow. Os projetos multiplataforma e mais informações podem ser encontrados no site. |
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