Entrevista com a eliminada do 'BBB 25': Eva
Foto: Globo/Léo Rosario |
O jeito doce de Eva não impediu que a bailarina e fisioterapeuta mostrasse sua resistência no ‘BBB 25’. Ao longo da temporada, a cearense encarou diversos desafios, como uma prova de resistência de mais de 12 horas, da qual saiu vitoriosa, e um dos monstros mais difíceis de sua edição. Ainda que jogando em parceria com Renata, ela garante que teve momentos de protagonismo na casa. Dos mais marcantes, cita o fato de ter sido a primeira líder individual que tirou um participante do programa, na ocasião, o arquiteto Mateus. O privilégio de compartilhar com Renata as informações que a amiga recebeu dos fãs a colocou em novos embates na casa, entre eles com o seu maior concorrente no paredão deste domingo, dia 30. Ao enfrentar Vinícius e Joselma na berlinda, a sister acabou eliminada com 51,35% dos votos. “Foi um paredão que trouxe o embate que estava acontecendo entre mim e o Vinícius nessas duas últimas semanas. O jogo nos levou para lados opostos. Eu realmente declarei que agora ele seria meu alvo número 1 na casa”, diz a eliminada. Já fora da competição, Eva conta em entrevista as alegrias e as dificuldades de jogar o BBB com sua grande amiga, fala sobre a postura de seus adversários e revela suas primeiras impressões do programa com a visão de quem acabou de deixar o confinamento. Confira a seguir. Faltando menos de um mês para a final, você deixou a disputa num paredão em que o seu principal concorrente foi o Vinícius. Acha que se a configuração fosse outra, teria mais chances de vencer essa berlinda? Eu acho que não. Foi um paredão que trouxe o embate que estava acontecendo entre mim e o Vinícius nessas duas últimas semanas. O jogo nos levou para lados opostos, principalmente partindo dele. Eu senti que ele pegou tudo o que ele tinha de poder lá dentro e jogou em mim. Acho que ele fez isso para defender a Aline e falou de eu defender a Renata, então eu não entendi. Isso tudo sem eu sequer ter votado nele. Então, eu realmente declarei que agora ele seria meu alvo número 1 na casa. Foi um paredão que deveria ter acontecido mesmo para a gente saber a opinião das pessoas sobre. Quais foram os momentos mais marcantes do reality para você? O programa todo marca muito. O primeiro dia em que eu entrei, com a Rê, foi especial. O almoço [do Big Fone] foi marcante porque foi um momento em que a casa toda se virou para a gente, ainda nas primeiras semanas. O meu embate com o Mateus junto com o castigo do monstro, onde eu fui eliminada de uma prova do anjo em que eu acreditava que tinha ido muito bem, e ele acabou ganhando. Ele me colocou no monstro e, em seguida, eu ganhei o líder, o coloquei no paredão e consegui tirá-lo. O fato de eu ter sido a primeira líder que tirou um participante é marcante dentro do programa. A minha festa de líder foi especial para mim e até para as pessoas da casa, que comentavam que tinha sido a mais animada de todas, então isso foi muito legal. Depois disso, quando a Rê saiu [para a Vitrine] e eu fiquei naquela dúvida sobre o que aconteceu de fato, criando mil teorias na cabeça. Ela voltou com uma bomba de informações e a gente tentou se organizar estrategicamente para saber como lidar. Acho que foram momentos em que eu sinto que, sim, eu protagonizei no jogo. Entre o monstro dos cadeados e o almoço do Big Fone, qual situação foi a mais desafiadora e por quê? Entre essas, com certeza o monstro. Foi algo que mexeu com o psicológico por eu ter tentado todas as chaves e não ter conseguido. Eu falei: “Não é possível que eu seja tão incompetente, que não vá conseguir achar uma chave”. Tem o calor, a roupa pesa e você está em um lugar fechado. Então, o monstro para mim foi bem desafiador. Em relação ao Big Fone, na minha cabeça tinha muita lógica eu dar as quatro consequências para quatro duplas que votaram em mim na semana anterior. Então, eu peguei as quatro consequências que eu tinha no almoço e dei para essas duplas. Em todos os momentos, a gente pediu a opinião das outras pessoas que estavam no almoço também, tanto de Maike e Gabriel, quanto de Joselma e Guilherme. O almoço não foi desafiador no sentido de decidir. Eu acho que foi desafiador quando a gente voltou e viu a reação da casa, as coisas que as pessoas falaram para a gente. O monstro marcou mais. A parceria com a Renata se estendeu mesmo depois da separação das duplas. Quais foram os benefícios e as dificuldades de jogar com uma pessoa com quem você tem uma amizade há 25 anos? Eu acho que o mais difícil desse ‘Big Brother’ é exatamente isso: estar lá com uma pessoa que você ama, com quem você tem um vínculo – tinha mãe e filho, irmãos, a minha amizade com ela. Acaba que você não pensa só em você, você pensa também na outra pessoa, mesmo quando separa. Eu, pelo menos, não iria abandoná-la nem deixá-la ser xingada. As pessoas também levavam muitas coisas da Renata para mim. A Aline começou a dar cobra para ela e depois passou a dar para mim... Aí eu comecei a defendê-la também. É desafiador jogar junto, porque em certos momentos a gente se desencontra nas opiniões – poucos momentos, eu diria, porque eu e a Rê conseguimos manter um equilíbrio de pensar igual. Mas houve momentos em que a gente teve que discutir para tomar a melhor decisão juntas. E separadas da mesma forma, porque é cada uma por si, mas ao mesmo tempo a gente está juntas lá também. Tem essa questão de você ir com uma pessoa que, querendo ou não, é um suporte para você, é uma pessoa em quem você confia plenamente. A gente chega no jogo muito desconfiado, todo mundo está muito armado sem saber se pode confiar ou não. Eu também preferi observar muito durante a primeira semana. De fato, ela é minha maior aliada, dentro e fora do jogo, na nossa amizade. Então, foi difícil em alguns momentos, mas foi muito mais legal viver algo tão grandioso com ela e saber que a gente tem uma à outra ali. Já em relação aos adversários, você teve desentendimentos com o Mateus, com Vitória Strada, com Aline e Vinícius, mais recentemente... Qual você considera ter sido seu principal embate no jogo? Eu acredito que talvez a Aline, porque a gente tinha uma relação antes. A gente tinha troca, conversa, a gente brincava. Então, a partir do momento em que ela levou o jogo para um nível que, na minha visão lá dentro, foi mais baixo, isso gerou em mim a impressão de que ela era meu maior embate. Com o Mateus, apesar de a gente ter jogado um contra o outro, eu não tive uma relação direta como com a Aline. Então, acabou que foi primeiro a Aline e, depois, o Vini. A Renata levou para o confinamento uma boa quantidade de informações a que teve acesso na Vitrine do Seu Fifi. Qual foi a mais impactante para você e que não esperava? Acho que a implicância da Aline com a Renata e o Diogo me impressionou, porque foi algo que não passou pela nossa cabeça mesmo. E depois explicou muitas implicâncias da Aline, talvez um ciumezinho. Quando ela retornou, o grande objetivo foi fortalecer o quarto Fantástico perante os adversários. Acha que fizeram bom uso desse privilégio, em termos de estratégia? Acho que sim, porque a gente estava no quarto Fantástico, conversávamos sobre votos, mas a gente ainda tinha muito a ideia de que “essa pessoa hoje é minha prioridade, que não é a mesma prioridade da Eva, que não é a mesma do Maike...”. Quando ela voltou, que deu as informações, disse que a gente tinha que se unir se a gente quisesse ir mais adiante no jogo, criar estratégia e tentar entrar num consenso para nos fortalecermos como grupo dentro da casa. Vinícius e Aline apontaram que você só teria acordado para o jogo depois de 60 dias de programa. Como enxerga essa fala deles? Eu acho que eles não tinham muito o que falar e se apegaram a isso. Eu estava pensando depois em como o jogo do próprio Vinícius foi um “morde e assopra”. Ele fala tanto de posicionamento, de se jogar, de ser um grande jogador, mas na vez em que ele ganhou o anjo, deu o monstro para Vitória e Mateus e no outro dia chamou os dois para o almoço do anjo; para mim isso não faz o menor sentido. Ele colocou a Dona Vilma no monstro e, em seguida, foi se desculpar com ela e a levou para o cinema. Para mim isso é um jogo de “morde e assopra”. Não entendi ele falar que eu só acordei agora, sendo que eu fui para o almoço [do Big Fone] e coloquei quatro consequências para as pessoas, tive um embate com o Mateus e consegui tirá-lo na minha liderança. Vinícius e Aline falam que eu “acordei para o jogo” porque foi o momento em que eu tive que levantar um pouco mais a minha voz, já que a Aline só falava com a gente num tom mais alto. Então talvez “acordar para o jogo” seja isso, ficar fazendo barulho na casa – algo que eu nem gosto de fazer, mas que se eu precisasse, eu faria. Outros participantes também te apontaram como soberba depois que recebeu informações privilegiadas. O que pensa sobre isso? Acha que mudou seu comportamento após a dinâmica da Vitrine? Na verdade, eu acho que a gente acordou para algumas coisas. No momento em que a gente se porta mais no jogo isso é levado como uma soberba, porque a gente quer se defender. Em quase nenhum momento foi a gente que atacou; na realidade a gente se defendia. Eu me afastei de algumas pessoas por coisas que a gente fica sabendo, é natural. Talvez para eles tenha sido soberba, mas para nós foi uma energia do que as pessoas de fora trouxeram para a gente, do que elas viam do jogo. A gente pegou as informações e agiu da forma que a gente achou que deveria agir. Mas eu fico muito tranquila, porque eu tenho meu pé no chão em relação a me deslumbrar com alguma coisa ou a achar que eu sou melhor que os outros. Não! Eu só acho que a gente se reenergizou dentro do jogo. A gente começou a ver as coisas de forma mais clara pelas informações que tivemos. Nos chateamos com algumas pessoas, me afastei e isso talvez tenha sido levado como soberba. Sendo que desde o início do jogo as pessoas já tinham essa impressão da gente, de que a gente estava lá para aparecer e que tudo o que a gente fazia era forçado e que tinha um porquê estratégico dentro do jogo. Tudo o que a gente falava as pessoas imitavam e tiravam deboche disso. Então, é difícil tirar essa impressão que as pessoas têm desde o começo, mas eu fico tranquila porque sei muito bem que não foi soberba. Sem a sua presença, quais imagina serem os próximos passos da Renata no jogo? Ela vai ficar triste, mas eu tenho certeza de que ela vai segurar bem a onda. A Renata é uma menina forte e inteligente e vai fazer o jogo dela sem deixar de ser quem ela é. Você tem que ir para o embate, mas isso não significa ter que xingar nem ser mal-educada. Ela vai para o embate da forma dela. Ela é inteligente e vai continuar criando estratégias e se fortalecendo com o grupo. Eu acho que sem mim ela vai se sair muito bem. Quem você acredita que vai compor o trio da final e por quê? Renata, Dona Vilma e eu queria muito que o Maike chegassem à final. Mas talvez, nesse meio entre Renata e Dona Vilma, esteja o Guilherme ou a Vitória, por algumas coisas que eu vi aqui fora. Eu ainda estou com uma visão muito lá de dentro, então não tenho como dar uma certeza, mas dentro do jogo eu sentia que o Gui era um pouco mais sensato. E a Vitória tem um lado que é mais engraçado, carismático e talvez as pessoas gostem disso. Mas eu não sinto que ela de fato joga, eu acho que ela vai na onda do quarto em que ela está. Eu não sinto tanto uma firmeza no jogo. Mas, por ela ser uma menina carismática e engraçada as pessoas talvez gostem disso e possam leva-la para a final. Já tem planos para o pós-BBB? Como pretende conduzir sua carreira daqui para frente? É tudo muito novo, eu não tive tempo ainda de pensar. Sobre a dança, eu quero muito continuar pelo menos fazendo uma aula. Mas acredito que dançar e me comprometer nas competições demanda muito tempo, muito ensaio e dedicação. Eu acho que o tempo agora vai ser mais corrido e quero realmente focar no que o ‘Big Brother Brasil’ pode me proporcionar após o programa. Vamos ver o que aparece de oportunidade, estou disposta a abraçar todas. Estou muito feliz com algumas coisas que eu já vi em relação ao carinho das pessoas; isso é muito legal, muito novo e muito maluco. Então, eu vou pensar, mas sem dúvidas eu quero abraçar todas as oportunidades que o programa me trouxer. O ‘BBB 25’ tem apresentação de Tadeu Schmidt, produção de Mariana Mónaco e Rodrigo Tapias, direção geral de Angélica Campos e direção de gênero de Rodrigo Dourado. O reality vai ao ar na TV Globo de segunda a sábado, depois de 'Mania de Você', e domingos após o 'Fantástico'. Pode ser visto ainda 24h por dia, ao vivo, no Globoplay. O Multishow exibe diariamente 60 minutos, ao vivo, logo após o fim da exibição da TV Globo. A votação do programa acontece exclusivamente no Gshow. Os projetos multiplataforma e mais informações podem ser encontrados no site. |
Nenhum comentário