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Entrevista com a eliminada do 'BBB 25': Aline

Foto: Globo/Léo Rosario

Aline ficou longe de passar despercebida pelo 'BBB 25'. Além da coragem de sustentar embates com adversários, se jogou sem amarras a uma relação amorosa com Diogo Almeida, independentemente do que diziam a respeito ao seu redor. Hoje, avalia que sua intensidade, que aponta como principal força para permanecer no programa por quase 70 dias, foi também sua maior adversária. "Por muitas vezes, eu senti que as pessoas não conseguiam me compreender no mesmo tanto que eu fazia questão de compreendê-las. E a ideia não era me engolir como eu era, mas não me julgar de uma maneira tão incisiva. Eu nunca tentei impor como cada um tinha que ser. Eu era vista, muitas vezes, como uma pessoa forçada, que queria aparecer mais do que outras na casa. E eles não conseguiram compreender que era só eu ali. E eu não seria diferente", afirma.

A baiana deixou o jogo em uma disputa com Maike e Diego Hypolito, na noite de ontem, com 51,7% dos votos da maior participação de público da edição: foram mais de 209 milhões de votos, no total, neste paredão. Ela encara o resultado como uma disputa de torcidas, e conta estar preparada para seguir trabalhando muito fora do BBB para conseguir proporcionar uma situação confortável a seus familiares.

Nesta entrevista, Aline ainda fala também sobre ser a Pipoca com maior número de seguidores nas redes sociais, sobre as desavenças com Renata, João Gabriel e João Pedro, e idealiza quem gostaria de ver ao lado do amigo Vinícius na grande final do reality.

Você é a participante Pipoca com maior número de seguidores, e já tem mais de 1 milhão de pessoas te acompanhando nas redes sociais. Mesmo assim, foi eliminada do BBB. O que acha que faltou para conquistar o público e vencer o programa? 
Nossa, eu estou muito feliz. Meu sentimento é de pura gratidão. Ser a Pipoca mais seguida do 'Big Brother Brasil' fala muito mais sobre a parte positiva da minha trajetória, e é isso que eu vou levar comigo. Talvez não atender às expectativas das pessoas, muitas vezes, seja uma maneira de elas se decepcionarem comigo. Mas eu fui fiel ao que eu estava sentindo, ao meu coração, e eu não teria feito diferente.

O que mudou dos três paredões anteriores que enfrentou para este em que foi eliminada, na sua visão? 
Eu acredito que ter entrado em embate com muitas pessoas que eram de um mesmo grupo pode ter contribuído para a minha saída no sentido da união das torcidas terem se fortalecido ao longo desse processo. Mas era um risco que eu já sabia que estava correndo. E, naturalmente, eu precisava expor o que eu pensava, porque eu fui atacada muitas vezes. Eu sentia que eu precisava me defender. Então, não tenho dúvidas de que a união dessas torcidas tenha contribuído para a minha saída da casa.

Da metade do jogo até seus últimos dias na casa, você manteve uma postura mais combativa em relação aos outros brothers. O que te fez despertar esse lado? 
Na realidade, eu sempre fui essa pessoa de expor o que eu penso, de questionar, de estar numa posição em que, naturalmente, eu estaria me expondo mais do que qualquer outra pessoa. Pessoas que opinam são alvos em algum momento. No jogo eu sabia que isso poderia acontecer também. Mas, gente, é surreal imaginar que, quando a gente está dentro da casa, não tem acesso a determinadas informações que o público de fora tem. Agora eu estou passando por um processo em que eu preciso assimilar as informações, entender melhor o contexto de tudo que aconteceu. E, aos pouquinhos, eu vou conseguindo absorver melhor tudo o que se passou lá na casa. Eu estou muito feliz, independentemente de qualquer coisa, porque eu sei que, para além dos embates, eu me doei e fui uma pessoa legal para cada um deles.

Você entrou em dupla com Vinícius, mas vocês tinham uma maneira diferente de agir. Enquanto você partia mais para o confronto, ele acabava optando por um jeito de jogar mais ameno. Como avalia as contribuições dele no seu desempenho no reality, a partir dessas diferenças?  
Nós dois temos personalidades completamente diferentes. E eu acho que é por isso que a gente dá tão certo, porque a gente se respeita, a gente se compreende. Eu ouvia os conselhos que ele me dava, mas ele também tinha a completa certeza de que eu seguiria o meu coração e faria aquilo que eu acreditava. E eu entendi que eu precisava me posicionar, até porque quando você é alvo, quando você é atacado, é um sentimento que só você pode descrever. Então, por mais que ele estivesse ali do meu lado, me apoiando e me dando conselhos, só eu estava sentindo o impacto de tudo aquilo, sabe? A gente tem personalidades diferentes e eu acho que é por isso que a gente encarou de modo diferente também cada situação que aconteceu.

Em algum momento hesitou sobre a relação com Diogo Almeida? Por que decidiu mantê-la, mesmo após o contragolpe dele em você e os conselhos de Vinícius e de outros participantes? 
À medida que o jogo foi fluindo e a gente foi se conhecendo, eu sentia que era isso, de fato, que eu queria viver, sim. Ainda que isso não fosse visto pelos outros jogadores como algo positivo e também pelo Vinícius, que estava ali junto comigo; ele ficava muito preocupado de eu acabar perdendo o foco do jogo. Mas, como eu falei, eu fui fiel ao que eu estava sentindo e eu me debrucei mesmo sobre essa experiência. Quando eu fui votada por ele por dona Vilma, eu pensei em dar uma quebrada nesse vínculo. E a partir do momento que ele foi se esforçando para reatar, para se reaproximar, eu entendi que eu poderia dar essa oportunidade e foi o que eu fiz.

Vê diferença na sua postura de jogo enquanto estava no relacionamento e depois que o Diogo foi eliminado? 
Obviamente. É natural que qualquer pessoa que esteja vivendo aquela fase de início de uma relação acabe se dedicando um pouco mais, que haja aquela entrega, ainda que dentro do BBB, onde a gente sabe que o foco era outro. Principalmente eu, da maneira intensa que estava vivendo tudo ali. E, de fato, eu dei uma desacelerada no jogo, acabei focando um pouco mais naquele momento com ele. Mas eu entendo que aquilo ali foi importante, porque, como eu disse, eu não teria feito diferente, foi uma experiência que para mim vai ficar marcada. Lógico que algumas falas, alguns vídeos que a gente vê depois, acabam mexendo, deixam a gente um pouquinho decepcionada. Mas eu não teria sido diferente, é a única coisa que eu posso dizer. Eu fui fiel ao que eu estava sentindo e, como eu não estava aqui do lado de fora, eu não tinha como ter acesso a essas informações.

O que imagina para esta relação fora do programa? 
Agora, a prioridade é o meu trabalho, é poder continuar contribuindo para o crescimento, a segurança e a qualidade de vida da minha família. Eu estou a todo vapor focada nisso. Se houver uma possibilidade de a gente conversar, isso é algo que vai acontecer de uma maneira natural. Agora, como eu disse, eu estou assimilando tudo o que aconteceu e as novas oportunidades que estão sendo apresentadas para mim.

O que despertou sua rivalidade com a Renata, que se estendeu até esta semana na casa?  
Aquela postura de se manter em cima do muro, de não expor tanto o que ela pensava, era algo que me incomodava, porque no nosso grupo, em especial, estávamos no meio de pessoas que, a todo momento, diziam quais eram suas prioridades, o que pensavam a respeito do jogo e sobre os outros jogadores. Ela e Eva se mantinham numa posição mais retraída. Isso despertava em mim uma curiosidade no sentido de "o que, de fato, ela está fazendo ainda desse grupo, o que mantém ela aqui?". Se era uma questão de jogo ou uma questão de relação pessoal... Eu estava tentando entender como a cabeça da Renata estava funcionando. Mas, em diversos momentos, eu percebi que algumas informações que eram faladas poderiam, sim, ajudar um grupo adversário, que era o grupo ao qual ela estava se aproximando. Então, eu acredito que esse tenha sido o ponto-chave para o início do meu incômodo. Depois, eu comecei a perceber algumas expressões que ela não verbalizava, mas deixava evidenciadas. Eu até aproveitei a oportunidade em uma conversa para perguntar a ela se era isso que estava acontecendo, se ela estava incomodada com alguma coisa em relação a mim, se ela queria falar a respeito. Ela falava que era assim mesmo, mas que, se tivesse algo a me dizer, falaria. E a gente viu, no decorrer do jogo, que não foi o que aconteceu. Nos Sincerões, ela se expressava sempre no sentido de dizer que estava com um acúmulo de coisas para serem faladas sobre mim. Então, isso me pegou muito.

João Gabriel e João Pedro também tiveram embates com você ao longo do programa, e mesmo assim você afirmava que gostava muito dos dois. O que te incomodava no jogo deles, então?
O que me incomodava mais, e isso principalmente direcionado ao João Gabriel, era a postura dele, em alguns momentos, desrespeitosa. É inevitável falar sobre isso porque, além do carinho que eu já tinha com ele e o João Pedro, eu percebia que estávamos em grupos opostos, mas eu encarava isso de uma maneira muito mais leve e sadia. E as oportunidades que ele tinha de expressar o que ele pensava sobre mim não eram tão legais, não era a maneira que eu gostaria de ser tratada, ainda que fosse dentro do jogo. Depois de ver alguns vídeos, algumas falas soaram ainda mais pesadas para mim e é isso que eu ainda estou tentando assimilar também. Mas eu, diante das falas e dos ataques que eu recebi, de um comportamento desrespeitoso no qual eles tentaram me enquadrar muitas vezes, acho que ainda passei muito longe de imaginar o que eu estou vendo agora. Então, eu não vou dizer que eu estou decepcionada, mas eu acredito que cada um tem que ser responsável por aquilo que diz e que faz. Então, consequentemente, são frutos que cada um vai colher aqui fora também.

Quem considera ter sido seu maior adversário no ‘BBB 25’? Por quê? 
Pra mim, o meu maior adversário foi a minha intensidade. Por muitas vezes, eu senti que as pessoas não conseguiam me compreender no mesmo tanto que eu fazia questão de compreendê-las. E a ideia não era me engolir como eu era, mas não me julgar de uma maneira tão incisiva. Eu nunca tentei impor como cada um tinha que ser. Eu acho que a personalidade de cada um é algo que, querendo ou não, se complementava dentro da casa. Mas eu não me sentia tão compreendida, e a minha intensidade falava muito sobre isso. Eu era vista, muitas vezes, como uma pessoa forçada, que queria aparecer mais do que outras na casa. E eles não conseguiram compreender que era só eu ali. E eu não seria diferente.

De que forma observa os próximos passos do jogo, em especial a oposição dos dois grupos existentes na casa? 
Sendo muito sincera, nesse momento, eu não consigo visualizar nenhum embate caloroso. Porque durante todo o tempo que eu estive na casa, a pessoa que mais se posicionava, que questionava e que movimentava o jogo no sentido de cobrar posicionamento, era eu. Eu acho que o Vinícius é uma pessoa que se posiciona de uma maneira muito clara, muito respeitosa também. Mas as únicas pessoas com quem ele teve um conflito diretamente foram o Maike e a Renata. Só que o Maike também já não trazia argumentos tão concretos e a Renata, com o tempo, foi se perdendo nas argumentações. Então, o Vini acabou se cansando desses embates. Por isso não vejo nenhum tipo de atrito tão intenso quanto os que eu vivi, pelo menos por agora.

Você já declarou torcida pelo Vinícius. Então, quem você acha que tem mais chances de estar ao lado dele na final?
O Vinícius é uma pessoa admirável, tem uma trajetória linda dentro da casa. Eu pude acompanhar isso de perto e eu só fiz admirá-lo ainda mais. Eu não tenho dúvida de que ele vai lutar por esse resultado. As duas pessoas que eu consigo visualizar na final com ele são a Vitória [Strada] e a Dani [Daniele Hypolito]. A Dani eu acho que, com o jeitinho dela, pode acabar indo muito longe. E a Vitória é uma pessoa muito espontânea. Eu acabei criando um carinho muito grande por ela dentro da casa e acho que ela está despertando com a evolução do jogo. Agora, querendo ou não, a trajetória de cada um foi construída até aqui e é isso que vai mantê-los dentro da casa, independentemente do que esteja por vir.

Quais são seus planos profissionais e pessoais para esta nova fase como ex-BBB? 
Eu quero trabalhar muito! O meu foco continua sendo poder oferecer uma qualidade de vida para a minha família e disso eu não vou abrir mão.

O ‘BBB 25’ tem apresentação de Tadeu Schmidt, produção de Mariana Mónaco e Rodrigo Tapias, direção geral de Angélica Campos e direção de gênero de Rodrigo Dourado. O reality vai ao ar na TV Globo de segunda a sábado, depois de 'Mania de Você', e domingos após o 'Fantástico'. Pode ser visto ainda 24h por dia, ao vivo, no Globoplay. O Multishow exibe diariamente 60 minutos, ao vivo, logo após o fim da exibição da TV Globo. A votação do programa acontece exclusivamente no Gshow. Os projetos multiplataforma e mais informações podem ser encontrados no site.

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