‘Criança Esperança’ celebra 40 anos de conquistas e pioneirismo do projeto

Foto: Globo/Manoella Mello

“Mobilizar é convocar vontades e é isso que o Criança Esperança faz, há 40 anos”. Foi assim, citando o filósofo Bernardo Toro, que Marlova Jovchelovitch Noleto, diretora e representante da UNESCO no Brasil, deu início ao evento em celebração aos 40 anos do Criesp, realizado nesta terça-feira, 11 de março, nos Estúdios Globo, no Rio de Janeiro. Um dia que reuniu lideranças de organizações apoiadas pelo projeto, além de representantes da sociedade civil para discutir o impacto do Criança Esperança na evolução dos direitos de crianças e jovens de todo Brasil. Entre eles, a criação do Estatuto da Criança e do Adolescente e a mobilização e viabilização dos novos paradigmas de proteção integral. “Um lado fundamental do projeto, e por isso que ele é tão interessante, é a relevância de um trabalho que acontece diariamente, promovendo um sentimento de ajuda às crianças, olhando para o futuro, para o interesse da nação”, afirmou João Roberto Marinho, presidente do Grupo Globo. Nesses 40 anos, mais de R$ 460 milhões em doações foram investidos no Brasil, em mais de 6 mil projetos sociais, beneficiando mais de 5 milhões de crianças, adolescentes e jovens de todo país “Hoje, o pioneirismo da Globo em lançar o projeto, liderar essa discussão, propor mudanças essenciais. Em ajudar a constituir a cultura de doação no Brasil. O Criesp tem essa missão, de iluminar uma causa que os brasileiros possam adotar, com histórias lindas e muito emocionantes”, definiu Cristovam Ferrara, diretor de Valor Social da Globo. “O Criança Esperança dá credibilidade à generosidade do brasileiro. Torna sonhos realidade. Transforma em concretas coisas que estavam no campo das ideias. Uma ação transformadora, que conversa diretamente com a alma das pessoas”, complementou a atriz Dira Paes. Como parte das discussões, a jornalista Flávia Oliveira mediou o painel ‘Mudança no paradigma da proteção à infância no Brasil - O processo de transição da Doutrina da Situação Irregular para a Doutrina da Proteção Integral no Brasil’, com a participação de Paulo Afonso Garrido, procurador de Justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo e professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP); Patricia Saboya, corregedora do Tribunal de Contas do Estado do Ceará e ex-senadora da República; Benedito Rodrigues dos Santos, pesquisador associado ao Núcleo de Infância e Juventude do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares da Universidade de Brasília e diretor Executivo do Instituto dos Direitos da Criança e do Adolescente; e Jussara de Goiás, especialista em direitos da criança e do adolescente e direitos de minorias, e coordenadora do Movimento Nacional Meninos e Meninas de Rua. O educador e escritor Reinaldo Bugarelli e Marlova Jovchelovitch Noleto, diretora e representante da UNESCO no Brasil, falaram sobre a contribuição do Criança Esperança para a política da infância e juventude no país, destacando como uma empresa de comunicação pode promover o advocacy e a mobilização social em parceria com a sociedade civil e um organismo internacional especializado. O painel contou com a moderação da jornalista e apresentadora Sandra Annemberg. Representantes de organizações historicamente apoiadas pelo Criança Esperança compartilharam como o projeto contribui para criar oportunidades, empoderar pessoas e transformar vidas. Participaram do painel o cantor e compositor brasileiro Carlinhos Brown, idealizador da Associação Pracatum; Celso Athayde, fundador da CUFA (Central Única das Favelas); Katia Ferreira, fundadora do Instituto Proeza; e Dora Andrade, fundadora da Edisca.