O poder das telas sobre os jovens e suas consequências no 'Profissão Repórter'

Foto: Globo/Divulgação

O ‘Profissão Repórter’ desta terça-feira, dia 11, mostra como foi a recepção dos alunos em São Paulo após o Governo do Estado sancionar a Lei nº 18.058, que proíbe o uso de aparelhos telefônicos nas escolas – no mês seguinte, o Governo Federal aprovou uma lei nacional semelhante. Para entender como a medida reflete na rotina escolar, o repórter André Neves Sampaio e a cinegrafista Talita Marchiori iniciaram a reportagem no final do ano letivo de 2024, na Escola Estadual Yervant Kissajikian, na Zona Leste de São Paulo, acompanhando a rotina dos estudantes desde o dia em que receberam a notícia da proibição até a primeira semana de fevereiro, quando a lei entrou em vigor. O olhar das escolas agora está voltado para a segunda parte do problema: a dependência do aparelho eletrônico. O menino Kauê, de apenas seis anos, passa o dia em frente à televisão, que fica conectada à internet reproduzindo o conteúdo das redes sociais. Com a mão sempre no controle remoto, Kauê muda constantemente de vídeo. "O que você sente assistindo?", pergunta a repórter Mayara Teixeira. "Nada", responde o garoto. A história se repete em diversas famílias. O uso excessivo de tecnologia preocupa especialistas e educadores. Kenia Paloma, moradora da Zona Leste da capital paulista há mais de 25 anos, criou o projeto União Família, que oferece aulas de futsal para crianças e adolescentes. Mas atrair os jovens para o esporte tem sido um desafio. "O computador e os jogos online são mais atrativos", alega Kenia. Os repórteres Chico Bahia e Júlio Molica também acompanharam uma expedição do projeto Conexão Povos da Floresta. Além da aldeia Braço Grande, a reportagem visitou outras duas comunidades no Rio Tapajós, para ver como está a relação das crianças e adolescentes com as telas em lugares isolados, onde a internet chegou há pouco tempo. Isaac da Costa, de 16 anos, conversa sem tirar os olhos do jogo de tiro na tela do celular. Ao lado do jovem, ficam amontoadas crianças e adolescentes, algumas com celulares, outras apenas acompanhando o jogo alheio, com os olhos vidrados na tela. O ‘Profissão Repórter’ desta terça-feira começa logo depois do ‘Big Brother Brasil’.