Com releitura de fotos históricas, ‘Instantes Cruzados’ recebe novos fotógrafos em segunda temporada inédita e exclusiva
Para entender o nosso presente, é preciso olhar para os caminhos trilhados no passado, e essa jornada é feita através do fotojornalismo na série original “Instantes Cruzados”, que combina registros atuais e imagens históricas. Convidados pelo fotógrafo e antropólogo Milton Guran, oito fotógrafos debatem sobre registros que marcaram a história do Brasil e são desafiados a reinterpretar a imagem em uma nova foto. Em sua segunda temporada, a produção — que estreia com exclusividade no Curta! — apresenta, em oito episódios, os trabalhos de Maurício Hora, Leo Lima, Paula Trope, Mariana Mayara, Betina Polaroid, Rogério Reis, Pedro Vasquez e Kamikia Pentotxi Trumai Kisêdjê.
No primeiro episódio, “Casa Grande e Senzala”, Milton Guran recebe Maurício Hora. Fotógrafo, ativista e líder comunitário do Morro da Providência, na região central do Rio de Janeiro, sua conexão, curiosidade e paixão pela foto vem de família.
“Muitas das minhas fotos não eram uma forma de denúncia, não eram uma forma de mostrar a carência ou a desigualdade. Mas porque eu via beleza nas coisas, e tinha de fazer o registro”, conta.
Conectado às suas raízes, Maurício é desafiado por Guran a fazer uma releitura de uma foto que dialoga diretamente com a sua vida. A proposta é fazer um novo registro que se relacione a uma icônica imagem de Flávio de Barros, célebre por ter captado os últimos dias da Guerra de Canudos. Anos depois, os soldados enviados ao interior da Bahia para arrasar a comunidade liderada por Antônio Conselheiro voltariam ao Rio de Janeiro para se estabelecer no que é hoje o Morro da Providência.
“Venho pesquisando essa história de Canudos há muitos anos, então sempre me deparei com essa fotografia, que é um relato da condição que o nosso povo viveu numa época. E ela nos mostra o que não deve acontecer de novo”, afirma Maurício.
Dirigida por Sérgio Bloch, a série “Instantes Cruzados” percorre a história do Brasil a partir da fotografia. Da chapa de vidro até às câmeras digitais, os convidados analisam contextos, cenários e personagens que ajudam a explicar o país.
“Fotografia é memória. Informação é história. Fotografia é arte”, define Milton Guran.
“Instantes Cruzados” é uma produção da Ocean Films, viabilizada pelo Curta! através do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). A série também pode ser vista no CurtaOn – Clube de Documentários, disponível no Prime Video Channels, da Amazon, na Claro tv+ e no site oficial da plataforma (CurtaOn.com.br). Os episódios ficam disponibilizados um dia após a estreia na televisão. A estreia é no dia temático Terças das Artes, 25 de fevereiro, às 22h.
Documentário ‘A Revolução da Inteligência Artificial’ apresenta a história e discute o futuro das máquinas inteligentes
Máquinas inteligentes sempre pareceram devaneio de filmes de ficção científica, mas a era digital firmou de vez um cotidiano mergulhado na tecnologia que, para o bem e para o mal, transformou a sociedade. A história de como essas ferramentas foram desenvolvidas e o impacto delas nas nossas vidas é contada em “A Revolução da Inteligência Artificial”, documentário exibido pelo Curta!.
A direção é do jornalista americano Miles O’Brien, especializado na cobertura de ciência e tecnologia para canais de TV como a CNN, a PBS e o Discovery Science. Apresentado também por ele, o documentário traz depoimentos inéditos de especialistas e de agentes da linha de frente da tecnologia, personalidades que ajudaram a criar sistemas e aparelhos que moldam o mundo contemporâneo. Entre eles, conta-se Mustafa Suleyman, cofundador da DeepMind, empresa de inteligência artificial, que explica: “A inteligência artificial é uma ferramenta para nos ajudar a entender o mundo ao nosso redor, prever o que pode acontecer e, em seguida, criar soluções que ajudem a melhorar nosso mundo”.
O documentário apresenta um panorama completo do desenvolvimento dessas ferramentas. Desde os códigos nazistas decifrados por Alan Turing, o matemático considerado pioneiro na ciência da computação, passando pelo emblemático duelo de xadrez entre Garry Kasparov e o DeepBlue, computador criado pela IBM, descobrimos como mentes brilhantes ajudaram a ensinar as máquinas a entender padrões, desembocando no Chat GPT, símbolo da inteligência artificial neste século.
Além de poder ajudar em atividades mais simples como a escrita de cartas e redações escolares, a inteligência artificial também se faz presente em áreas mais complexas. O documentário mostra como computadores podem ser programados para ajudar no combate a incêndios florestais, a identificar e diagnosticar doenças como câncer e até a desenvolver medicamentos.
“Não haverá necessidade de investir tanto na descoberta pré-clínica, portanto os medicamentos serão mais baratos. E você pode ir atrás dessas doenças que, de outro modo, seriam negligenciadas pois não precisará investir tanto para obter um remédio que seja viável”, afirma a química teórica Petrina Kamya.
No entanto, nem tudo são flores. A influência de notícias falsas e a dependência provocada por aparelhos tecnológicos são algumas das preocupações de especialistas, que alertam para os perigos que máquinas mal programadas e o desregulamento do setor podem causar.
“À medida que nos aproximamos de sistemas de inteligência artificial cada vez mais capazes, que podem até se tornar mais fortes que os humanos em muitas áreas, eles se tornam cada vez mais perigosos. Desligar é a coisa mais segura a se fazer, antes que ela fique tão poderosa que nos impeça de desligar a tomada”, avalia o cientista da computação Yoshua Bengio, da Universidade de Montreal.
“A Revolução da Inteligência Artificial” tem 52 minutos de duração e é produzida pela NOVA Production. O filme também pode ser visto no CurtaOn – Clube de Documentários, disponível no Prime Video Channels, da Amazon, na Claro tv+ e no site oficial da plataforma (CurtaOn.com.br). A exibição é no dia temático das Sextas de História e Sociedade, 28 de fevereiro, às 23h.
Segundas da Música – 24/02
22h15 – “Meu Amigo Fela” (Documentário)
Fela Kuti foi o criador do afrobeat — cruzamento entre os ritmos africanos tradicionais e a música ocidental — e uma figura poderosa do movimento dos direitos negros. O documentário apresenta uma nova perspectiva sobre o músico nigeriano, já que sua narrativa é conduzida pelo amigo íntimo e biógrafo oficial de Fela, Carlos Moore, com um olhar intimista sobre a vida do músico. Entre as pessoas entrevistadas, estão seus filhos, mulheres e os ativistas políticos que foram influenciados por sua mensagem e sua música. Além de retratar a história de Fela, o documentário apresenta um contexto político e social da Nigéria e do continente africano durante o século XX, em que o pan-africanismo e a luta pela independência e pela igualdade eram temas recorrentes. A produção faz um paralelo entre a vida e obra de Fela e outras lideranças negras do mundo, como Malcolm X e Martin Luther King, mostrando a importância da luta pelos direitos civis e pela libertação dos povos oprimidos. Direção: Joel Zito Araújo. Duração: 94 min. Classificação: 14 anos. Horário alternativo: 25 de fevereiro, terça-feira, às 2h15 e às 16h15; 26 de fevereiro, quarta-feira, às 10h15; 1° de março, sábado, às 16h15; 2 de março, domingo, às 22h15
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Terças das Artes – 25/02
22h30 – "Instantes Cruzados ” (Série) - Episódio: Casa Grande e Senzala - INÉDITO E EXCLUSIVO
Maurício Hora, fotógrafo e líder cultural do Morro da Providência, revisita o legado da fotografia como ferramenta de resistência. Suas imagens refletem as disparidades sociais e raciais, ecoando a divisão entre Casa Grande e Senzala, assim como Pierre Verger, ao abordar a luta cultural e social nas periferias brasileiras. Diretor: Sergio Bloch Duração: 27 min Classificação: 10 anos Horários alternativos: 26 de fevereiro, quarta-feira, às 2h e às 16h; 27 de fevereiro, quinta-feira, às 10h; 1° de março, sábado, às 18h; 2 de março, domingo, às 10h
Quartas de Cena e Cinema – 26/02
21h20 – “Bergman 100 Anos” (Documentário em duas partes) – Episódio 1
Em 1957, algo extraordinário aconteceu: um diretor sueco de 39 anos realizou uma produção cinematográfica sem precedentes, envolvido em seis projetos ao mesmo tempo. Ele assinou alguns dos maiores clássicos da história do cinema, produziu uma série de espetáculos para o teatro e o rádio e dirigiu diversos filmes de TV. Em termos de cineastas contemporâneos, Ingmar Bergman permanece em grande parte inigualável, e sua vida é revelada neste documentário feito para a celebração de seu centenário em 2018. Direção: Jane Magnusson Duração: 59 min Classificação: 12 anos Horários alternativos: 27 de fevereiro, quinta-feira, às 1h20 e às 15h20; 28 de fevereiro, quinta-feira, às 9h20; 1° de março, sábado, às 21h; 2 de março, domingo, 12h30
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Quintas do Pensamento – 27/02
21h45 - “Ziraldo – Era Uma Vez Um Menino” (documentário)
O filme retraça a trajetória e a obra de Ziraldo, por meio de depoimentos e entrevistas concedidos por ele ao longo de mais de quarenta anos, e de sua vasta produção artística. Uma história onde vida e arte estão entrelaçadas, contada por sua própria voz e emoção. No documentário ele faz reflexões sobre seu processo de criação, seus personagens, família, política e seu país. Direção: Fabrizia Pinto Duração: 100 min. Classificação: A Livre Horários alternativos: 28 de fevereiro, sexta-feira, às 1h45 e às 15h45; 1º de março, sábado, às 12h30; 2 de março, domingo, às 20h15; 3 de março, segunda-feira, às 9h45
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Sextas de História e Sociedade – 28/02
23h– “A Revolução da Inteligência Artificial” (Documentário)
Ferramentas de Inteligência Artificial como o Chat GPT parecem pensar, falar e criar como humanos. Mas o que elas estão realmente fazendo? De curas de câncer a iniciativas de tomada de controle no estilo Exterminador do Futuro, os principais especialistas exploram o que a IA pode fazer e o que está por vir. Duração: 52 min Classificação: Livre Horários alternativos: 1° de março, sábado, às 3h00; 4 de março, domingo, às 11h00
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Sábado - 01/03
22h10 – “Rio, Negro” (Documentário)
A partir de entrevistas e amplo material de arquivo, a narrativa busca desvelar como a população negra forjou trajetórias individuais e laços comunitários em uma cidade-diáspora marcada pelas disputas em torno do projeto “civilizatório” das elites brancas. Direção: Fernando Sousa, Gabriel Barbosa. Duração: 98 min Classificação: 12 anos
Domingo - 02/03
18h40 – “O Bom Cinema” (Documentário)
Uma escola católica, um momento político conturbado e um grupo de cineastas transgressores. O filme revela o surgimento do Cinema Marginal e a criação da primeira escola superior de cinema de São Paulo, chave desse movimento. O Bom Cinema é um mergulho na busca pela autonomia da criação artística e na valorização do cinema brasileiro. Direção: Eugênio Puppo Duração: 81 min Classificação: 12 anos