Talento ousado de David Bowie é exaltado no documentário ‘O Homem que Mudou o Mundo’

Documentário traz imagens de shows de Bowie e entrevistas (Crédito: Divulgação/Curta!)


O nome David Robert Jones pode passar batido por muita gente, mas não David Bowie. No documentário ‘Bowie: O Homem que Mudou o Mundo’, somos apresentados às intimidades, ideais, problemas e sonhos que construíram um dos mais completos e influentes artistas do século XX. Divido em dois episódios, a produção estreia com exclusividade no canal Curta!.

O documentário usa imagens de arquivo, entrevistas antigas com o músico, depoimentos de amigos como Suzie Ronson, produtores como Laurence Myers, e jornalistas como Kris Needs, para reconstruir as obras e personagens inventados por Bowie. Se nunca foi fácil defini-lo e tampouco o rotular, a diretora Sonia Anderson apresenta as múltiplas faces do artista, criadas ao absorver as influências ao seu redor e destinadas, elas mesmas, a se tornar referência.

David Bowie demorou a surgir como uma das figuras mais importantes e emblemáticas da música. Sua primeira banda, quando ainda sequer utilizava o nome artístico de Bowie, tocava blues, a primeira de suas muitas identidades musicais, sempre inovadoras e artisticamente provocantes e performáticas.

“Ele contrastava com o fundo monocromático. As novas bandas de rock ainda usavam jeans, ficavam de costas para o público nos longos solos de guitarra e tal. Acho que ninguém deu tanta importância à ideia de como apresentar as músicas quanto o David”, ressalta o apresentador da BBC Music Bob Harris.

O documentário mostra como, ao longo de sua carreira, ele sempre foi ousado e revolucionário. Sem temer mudar de rotas, mantinha a qualidade em todos os seus trabalhos e a versatilidade, que se tornava ainda mais evidente quando ele deixava a música de lado e experimentava novas áreas das artes, como cinema e teatro.

“Adoro olhar para mim mesmo e para os ambientes em que costumo estar com os olhos de alguém que não está envolvido em nenhuma linha artística específica. Então surge como uma espécie de manifestação eclética. Ainda sou fã de tudo”, afirma Bowie.

Para muitos, os personagens criados por Bowie eram uma forma dele lidar com seus problemas, com a fama e com a timidez. Uma vez dentro de suas roupas e fantasias, aquele homem intrigante e um pouco misterioso se tornava mais próximo dos fãs.

Batalhas legais, problemas com drogas, romances, polêmicas. Tudo é discutido no documentário, que vai desde os primeiros acordes na escola, até o último álbum, lançado às vésperas de sua morte, em 2016, por causa de um câncer no fígado. Para alguns, um último símbolo de ousadia.

“Ele alcançou o objetivo de todo músico, que é morrer e lançar um álbum três dias antes de sua morte. Não tem como ser mais descolado”, diz Dana Gilliespie, atriz e amiga de Bowie.

‘O Homem que Mudou o Mundo’ é uma produção da Screenbound Productions e A2B Media, em dois episódios de 45 minutos. O documentário também pode ser assistido no CurtaOn – Clube de Documentários, disponível no Prime Video Channels, da Amazon, na Claro tv+ e no site oficial da plataforma (CurtaOn.com.br). A estreia é no dia temático Segundas da Música, 03 de fevereiro, às 21h30.


‘Rio, Negro’ aborda o papel da população negra na formação do Rio de Janeiro

Cada canto do Rio de Janeiro, antiga capital da República e do Império, guarda — ou expõe — a contribuição da população de origem africana na formação da cidade. Essa participação ativa dos negros na construção social e cultural carioca é, por vezes, apagada da historiografia, mas o documentário “Rio, Negro”, de Fernando Sousa e Gabriel Barbosa, propõe trazê-la à tona.

Através de um vasto material de arquivo e de entrevistas, o documentário mostra que o que entendemos como as marcas sociais, culturais e estruturais do Rio de Janeiro é algo indissociável da presença dos negros e negras que vivem na capital carioca desde os tempos do Brasil colonial. Entre os entrevistados, estão a Ialorixá Mãe Menininha de Oxum, a arquiteta e vereadora Tainá de Paula, o historiador Luiz Antônio Simas, os escritores Helena Theodoro e Haroldo Costa e o carnavalesco Leandro Vieira.

O longa considera o Rio como uma cidade-diáspora, onde afrodescendentes foram forjando trajetórias individuais e laços comunitários, sempre em disputa com os projetos “civilizatórios” das elites brancas. A ideia é conscientizar o público de que a história do Rio de Janeiro e a do Brasil estão intimamente ligadas à história da população negra brasileira. Sendo assim, não é de se surpreender que ela exerça tantas influências e que haja também um triste legado dos tempos da escravidão.

“Estamos falando de uma cidade de fato negra. A capital negra da América. Não por acaso, a gente está falando do principal porto de desembarque de escravizados do planeta. Então, a porta de entrada de escravizados para todo o Brasil, mas principalmente para o Sudeste, era o Rio de Janeiro”, analisa o historiador Eduardo Possidonio, um dos depoentes do documentário.

“Rio, Negro” pode ser assistido também no CurtaOn – Clube de Documentários, disponível na Claro TV+ e em CurtaOn.com.br. . O documentário também pode ser assistido no CurtaOn – Clube de Documentários, disponível no Prime Video Channels, da Amazon, na Claro tv+ e no site oficial da plataforma (CurtaOn.com.brA exibição é no dia temático “Sextas de História e Sociedade”, 7 de fevereiro, às 21h45.


Segundas da Música - 03/02

21h30 - “Bowie: O Homem que Mudou o Mundo” (Série) - Episódio: As Origens - INÉDITO NO CANAL

Apenas verdadeiras lendas do rock são conhecidas por uma palavra. Tal como acontece com ‘Elvis’, todos conhecem o nome do artista de rock mais criativo e influente de todos os tempos: BOWIE. Bowie estava em estado de revolução permanente, reinventando constantemente sua personalidade e seu som. Ele desafiou qualquer rótulo que a indústria musical tentasse colocar nele. Direção: David Palser Duração: 45 min Classificação: 10 anos Horários alternativos: 4 de fevereiro, terça-feira, às 1h30 e às 15h30; 5 de fevereiro, quarta-feira, às 9h30; 8 de fevereiro, sábado, às 17h; 9 de fevereiro, domingo, às 22h

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Terças das Artes - 04/02

22h - “Arte da Diplomacia” (Documentário)

Londres, 1944: em meio aos bombardeios da Segunda Guerra Mundial, a Arte Moderna brasileira era apresentada ao mundo pela primeira vez. Um gesto de diplomacia cultural que ficou esquecido por décadas, que uniu territórios e definiu o papel do país na luta contra o nazifascismo. Direção: Zeca Brito Duração: 90 min Classificação: 14 anos Horários alternativos: 5 de fevereiro, quarta-feira, às 2h e às 16h; 8 de fevereiro, sábado, às 17h; 9 de fevereiro, domingo, às 22h

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Quartas de Cena e Cinema - 05/02

21h30 - “O Cinema e a Segunda Guerra” (Série) – Episódio: “Cinema, Som e Nazismo”

A Segunda Guerra Mundial e o cinema estão inextricavelmente ligados. Os filmes, nesse período, foram feitos para aumentar a moral do público e como uma forma altamente eficaz de propaganda. Apesar dos perigos dos bombardeios, a frequência ao cinema aumentou durante os anos de guerra, pois o público procurava qualquer chance de escapar da dura realidade da época. E muito depois do fim da guerra, os diretores continuaram a retornar ao assunto, a ponto de grande parte do conflito ter sido levado para a tela grande; os horrores e o heroísmo; as grandes batalhas e as incríveis histórias pessoais. Este episódio analisa as consequências da Primeira Guerra Mundial e alguns dos primeiros filmes feitos quando a indústria cinematográfica finalmente chega. “Nada de Novo no Front” e “A Grande Ilusão” foram os primeiros a discutir o assunto, ambos sendo antiguerra. Nos EUA, Chaplin ousa enfrentar a censura norte-americana com sua obra-prima “O Grande Ditador”. Direção: Lyndy Saville Duração: 52 min Classificação: Livre Horários alternativos: 6 de fevereiro, quinta-feira, às 1h30 e às 15h30; 7 de fevereiro, sexta-feira, às 9h30; 8 de fevereiro, sábado, às 21h30; 9 de fevereiro, domingo, às 12h30 e às 16h45

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Quintas do Pensamento - 06/02

20h - “Lobo do Lobo e a Literatura Latino-Americana” (Série) - Episódio: “Conceição Evaristo”

Conceição Evaristo admirava como sua mãe criava e contava naturalmente suas próprias histórias enquanto costurava bonecas de pano para as filhas. Um dia, porém, sua mãe era a personagem. Na busca por compreender melhor este movimento e consolidar a sua escrita, cunha o termo escrevivência: uma literatura de autoria negra, fundamentada na vida de mulheres negras. Direção: Daniel Augusto Duração: 52 min Classificação: Livre Horários alternativos: 7 de fevereiro, sexta-feira, às 0h e às 14h; 8 de fevereiro, sábado, às 19h20; 9 de fevereiro, domingo, às 10h30; 10 de fevereiro, segunda-feira, às 8h

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Sextas de História e Sociedade - 07/02

21h45 - “Rio, Negro” (Documentário)

“Rio, Negro” é um documentário que apresenta um olhar sobre a história do Rio de Janeiro. A partir de entrevistas e amplo material de arquivo, a narrativa busca desvelar como a população negra forjou trajetórias individuais e laços comunitários em uma cidade-diáspora marcada pelas disputas em torno do projeto “civilizatório” das elites brancas. Direção: Fernando Sousa, Gabriel Barbosa. Duração: 98 min. Classificação: 12 anos. Horários alternativos: 8 de fevereiro, sábado, às 1h45; 9 de fevereiro, domingo, às 13h30; 10 de fevereiro, segunda-feira, às 15h45; 11 de fevereiro, domingo, às 9h45; 1° de março, sábado, às 22h10

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Sábado - 08/02

22h30 - “Ney À Flor da Pele” (Documentário)

“Ney - À Flor da Pele” é um documentário de longa-metragem centrado no impacto das perfomances de Ney Matogrosso na cultura brasileira, desde a segunda metade do século XX até a atualidade. Uma antologia audiovisual, toda composta por imagens de arquivo. Direção: Felipe Nepomuceno. Duração: 70min. Classificação: 14 anos.

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Domingo - 09/02

20h30 - “Clarice Niskier - Teatro dos Pés à Cabeça” (Documentário)

Uma homenagem ao Teatro a partir da trajetória de Clarice Niskier que fez de seu ofício o seu próprio estilo de vida. Como eixo central, entrevistas com os três diretores com quem Clarice desenvolveu longas parcerias: Domingos Oliveira, Eduardo Wotzik e Amir Haddad. Direção: Renata Paschoal Duração: 70 min Classificação: 12 anos

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Talento ousado de David Bowie é exaltado no documentário ‘O Homem que Mudou o Mundo’ Talento ousado de David Bowie é exaltado no documentário ‘O Homem que Mudou o Mundo’ Reviewed by Portal TV e Streaming on janeiro 30, 2025 Rating: 5
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