É hoje! Diretor e produtora falam sobre a série ‘BBB: O Documentário - Mais que uma espiada’ que estreia na Globo


Chegou o dia de embarcar na história do reality show mais assistido do país! Na série ‘BBB: O Documentário - Mais que uma espiada’, que estreia hoje e vai ao ar até o dia 10 de janeiro em quatro episódios, o público vai reencontrar ex-participantes que marcaram o programa, relembrar os melhores bordões e memes, além de entender um pouco mais sobre como o programa influenciou, e foi influenciado, por diversas transformações sociais ao longo dos anos no Brasil e no mundo.

Com depoimentos inéditos, curiosidades dos bastidores de diferentes temporadas, análises de tendências e a retrospectiva de momentos impactantes, a produção ainda explora as mudanças na forma de fazer e consumir televisão, e a força cada vez maior das novas dinâmicas promovidas pelas redes sociais. Entre os entrevistados, estão nomes como Grazi Massafera (BBB5), Sabrina Sato (BBB3), Cida (BBB4), Pedro Bial, Boninho, Dourado, Kleber Bambam (BBB1), Ariadna (BBB11), Juliana Alves (BBB13), Gil do Vigor (BBB21), Ana Paula (BBB16), Manu Gavassi (BBB20), Solange (BBB4), o ex apresentador Thiago Leifert, Jean Wyllys (BBB5), Thelma Assis (BBB20), Juliette (BBB21), o cantor Paulo Ricardo, Tadeu Schmidt e muitas outras figuras indispensáveis para contar a trajetória do game.

‘BBB: O Documentário - Mais que uma espiada’ tem direção e roteiro de Bruno Della Latta, redação de Elli Cafrê e produção de conteúdo e assistência à direção de Amanda Prada. A direção de gênero é de Mariano Boni.

Confira a entrevista com Bruno Della Latta, diretor da série

1. Como surgiu a ideia de criar um documentário sobre o BBB?
A ideia surgiu de uma conversa com meu namorado sobre como as novelas no Brasil sempre foram retratos de seu tempo e como elas influenciam a sociedade. Esse é um tema amplamente debatido no meio audiovisual, na academia e na sociedade. Muito já se falou, por exemplo, sobre o impacto da série Malu Mulher para a emancipação feminina ou de como a novela Vale Tudo foi um retrato do final dos anos 80. Mas nunca se analisou e documentou como o reality show de maior sucesso no Brasil, o Big Brother, impacta e é impactado pela sociedade ao longo desses 22 anos no ar.

2. Qual, na sua opinião, é a importância de se produzir um documentário sobre a história do BBB?
A televisão está profundamente enraizada na cultura nacional e quase todo brasileiro tem a grade de programação da TV Globo na cabeça. Sabemos que durante as noites é possível assistir a três novelas e ao JN, há sempre um filme ou programa de humor durante a semana, e domingo é dia de programa de auditório e Fantástico. Desde que sou criança, é assim. Talvez a grande novidade nas últimas décadas tenha sido o surgimento do reality show. Esse formato de programa surgiu na década de 70, teve exemplos na década de 80 e 90, mas só com a aproximação dos anos 2000 conseguimos atingir um nível tecnológico que tornou viável, inclusive economicamente, ter câmeras espalhadas num ambiente gravando as pessoas 24 horas. Quando o Big Brother chega ao Brasil, torna-se um fenômeno instantâneo. Isso aconteceu também em outros países, mas acredito que aqui o sucesso foi ainda mais relevante, justamente pela relação que o país tem com a TV. Muitos jovens brasileiros já se imaginaram dentro do programa. É inegável a importância desse produto, e foi muito interessante estudar suas transformações e os personagens que foram testemunhas dessas mudanças.

3. Qual/Quais entrevistas você destacaria? Por quê?
Esta certamente é a pergunta mais difícil. Temos entrevistas muito boas com personagens icônicos do programa, como Gil do Vigor, Tina, Juliette, Kleber Bambam, Grazi Massafera, Diego Alemão, Ana Paula Renault. Conversamos com Jean Wyllys, que há anos não fala sobre o Big Brother. Fizemos entrevistas muito fortes com Fernando Fernandes, Solange e Ariadna. São entrevistas muito diferentes entre si, mas que revelam lados dos personagens ainda pouco explorados.

4. O que mais na história do BBB te surpreendeu? 
Fiquei surpreso com o impacto que o programa tem na vida dos participantes e de muitos espectadores que se identificam com alguém confinado. Também me surpreendi com a dimensão do BBB nas redes sociais nos primeiros meses do ano. Existem palavras e expressões que ficaram conhecidas e importantes debates sociais que foram desencadeados pelo programa.

5. O documentário destaca a evolução do formato em diversidade. Por que era importante trazer o assunto? 
Minha principal motivação ao fazer esse documentário era apresentar uma perspectiva nova sobre um produto amplamente debatido e conhecido. Olhar sob a ótica da diversidade me pareceu original, e é importante trazer esse debate, seguindo a linha dos principais projetos que já dirigi e roteirizei. A diversidade é um dos pontos abordados no episódio 2. O projeto é dividido em 4 episódios, e cada um tem um formato e ritmo próprios. O primeiro tende a ser mais engraçado, o segundo mais emocionante, o terceiro tem momentos muito dramáticos e o quarto mistura todas as emoções. Cada episódio foca mais em um aspecto — cultural, social, midiático. No final, creio que temos uma boa "receita" que reflete o Brasil.

Confira a entrevista com Amanda Prada, assistente de direção e produtora de conteúdo da série

1. Qual sua relação pessoal com o BBB? Por que essa história te interessa? 
Eu comecei a assistir o BBB por curiosidade, especialmente pelo interesse em novos formatos. Como produtora do programa Fantástico desde 2009, no núcleo de séries e realities, comecei a notar que os assuntos discutidos no BBB eram frequentemente debatidos nas nossas reuniões de pauta. A partir disso, voltei a assistir, mas dessa vez para estar por dentro dos temas apresentados. Virei fã e, desde então, nunca mais parei. Quando fui convidada para produzir o documentário, percebi o grande desafio que teria, especialmente porque o foco do projeto era muito mais amplo do que o programa em si. Era uma análise das evoluções culturais, sociais e comportamentais do país nos últimos 22 anos. Dado o significado desse ano para a emissora e a importância do programa Big Brother Brasil tanto para a audiência quanto para os aspectos comerciais, não poderia ficar de fora.

2. Quais foram as etapas de criação, concepção e pré-produção? Foram nessas etapas que o roteiro foi construído? 
A ideia do documentário foi do diretor Bruno Latta, que a apresentou em junho de 2024. Em julho do mesmo ano, começamos a fase de produção e gravação, que foi feita em tempo recorde. O primeiro mês foi dedicado à pesquisa, onde investigamos os participantes mais marcantes, histórias que se destacaram, a evolução dos perfis dos participantes ao longo dos anos e episódios que ganharam destaque na mídia. Também contratamos pesquisas exclusivas e conversamos com especialistas em comportamento e diversidade para entender como o programa reflete e influencia a sociedade. A partir dessas análises, finalizamos o roteiro detalhado e partimos para a fase de gravações, que durou dois meses.

3. Como descreveria o clima geral do documentário? 
O documentário tem um clima de reflexão, diversão e muita emoção. Ele provoca uma análise profunda, ao mesmo tempo em que traz momentos leves e emocionantes.

4. Como você definiria o documentário? 
Eu definiria o documentário como um registro histórico e uma análise do comportamento e das mudanças da sociedade nos últimos 22 anos. É um alerta para o futuro, para que não cometamos os mesmos erros do passado como sociedade. Também é um chamado para quem vive em suas bolhas sociais, para que se abra ao novo, olhe para o lado e enxergue o mundo além das suas próprias crenças e relações como algo natural.
É hoje! Diretor e produtora falam sobre a série ‘BBB: O Documentário - Mais que uma espiada’ que estreia na Globo É hoje! Diretor e produtora falam sobre a série ‘BBB: O Documentário - Mais que uma espiada’ que estreia na Globo Reviewed by Pablo on janeiro 07, 2025 Rating: 5
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