Dr. Roberto Kalil recebe especialistas em asma, doença que mata sete brasileiros por dia, no CNN Sinais Vitais

Dr. Roberto Kalil recebe nesta semana, no CNN Sinais Vitais, os pneumologistas Renato Miranda, do Hospital das Clínicas de São Paulo, e André Nathan, do Incor (Foto: Divulgação/CNN Brasil)


O mundo tem hoje 340 milhões de pessoas com asma, com 20 milhões só no Brasil. Os sintomas são conhecidos: dificuldade de respirar, cansaço, chiado no peito. Trata-se de uma doença com alta incidência e mortalidade, que tem na poluição um de seus principais fatores de risco. “É uma doença muito mais frequente do que a gente imagina”, diz Renato Miranda, pneumologista do Hospital das Clínicas de São Paulo.

O médico explica que uma em cada 250 mortes seja por asma. “No Brasil, este número, que já foi de três por dia, hoje está em sete pessoas que morrem pelas crises todos os dias”, afirma. O também pneumologista André Nathan, do Incor, alerta para o efeito nocivo da poluição, que agrava os quadros da doença. “Temos partículas muito pequenas que ficam em suspensão, sobretudo nas cidades, além de muita fumaça, monóxido de carbono. E tudo isso é altamente inflamatório para o pulmão, mesmo para quem não tem asma”, diz.

A doença, que pode se apresentar de maneira leve, moderada ou grave, é caracterizada por uma condição inflamatória do pulmão e vem do nascimento. “Está todo mundo ali respirando ácaro, mofo e tudo bem. Mas o indivíduo que tem asma sofre mais com isso. O brônquio dele se fecha, e fica mais difícil de respirar”, diz Nathan. Ele observa ser mais comum que a asma surja na infância, e há um forte componente genético.

“Os gatilhos são sobretudo os alérgenos, aquilo que a gente está respirando o tempo inteiro. Ácaro, poeira, mofo, pelo de gato e de cachorro estão no ambiente, além de infecções virais ou bacterianas”, afirma Nathan. O diagnóstico é sobretudo clínico, mas existem alguns exames que ajudam a subsidiar o diagnóstico, como o de alergias ou a prova de função pulmonar.

O tratamento, em geral, é feito com medicações específicas para cada caso. “É importante frisar que existe o tratamento não medicamentoso, focando em condições associadas. Por exemplo, refluxo é uma condição que pode descontrolar a respiração em pacientes que estão acima do peso, com obesidade, principalmente”, explica Miranda. “E 25% do peso do travesseiro em um ano é ácaro. Em quatro anos, você está deitando só no ácaro”. O médico também aconselha economizar em tecidos como veludo, cortinas pesadas e sofás antigos na decoração de casa.

A asma, finaliza Nathan, é uma doença sem cura, “inerente ao indivíduo, ele nasceu com isso. E a gente tem ótimos medicamentos para controlá-la. Queremos que o indivíduo asmático tenha uma vida normal”.


Serviço

Sinais Vitais – CNN Brasil

Aos sábados, às 19h30.

Dr. Roberto Kalil recebe especialistas em asma, doença que mata sete brasileiros por dia, no CNN Sinais Vitais Dr. Roberto Kalil recebe especialistas em asma, doença que mata sete brasileiros por dia, no CNN Sinais Vitais Reviewed by Pablo on dezembro 13, 2024 Rating: 5
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