‘Profissão Repórter’ acompanha alguns dos artistas mais consagrados do Brasil e registra como funciona a indústria da música no país

Foto: Globo/Divulgação

A indústria musical brasileira está em crescimento e tem se destacado no cenário mundial.  Gêneros como sertanejo, gospel e funk, são os responsáveis por posicionar o Brasil entre os 10 maiores mercados musicais. No ‘Profissão Repórter’ desta terça-feira, dia 22, Caco Barcellos e sua equipe acompanham os bastidores dos shows e gravações de artistas consagrados nos gêneros sertanejo, gospel e funk e mostram os desafios de quem ainda está na busca pelo sucesso. No primeiro semestre de 2024, 70% das músicas mais tocadas no país foram sertanejas. Para mergulhar fundo neste gênero musical, o programa passa cinco dias em Goiânia, cidade reconhecida como a capital do sertanejo. A região concentra uma parte significativa da indústria musical e atrai pessoas de diversos lugares com o sonho de se tornarem grandes compositores ou artistas de relevância nacional. Como a cantora Thauane, de 24 anos, que nasceu em São Paulo, tem família no Ceará, mas decidiu ir em busca do sucesso no município de Goiás. Dedicada à música desde os 17 anos, ela enfrentou dificuldades ao chegar à cidade, mas recentemente conseguiu assinar um contrato com um empresário, realizando um grande sonho. O sertanejo movimenta 87% da receita da indústria musical do país, refletindo a massificação do gênero no cenário brasileiro e seu impacto nas plataformas de streaming. O programa desta terça acompanha Polly Ferreira, editora de uma plataforma de músicas, e entrevista artistas em ascensão e outros já consolidados, como Felipe Araújo. Acompanha ainda os bastidores de um show da dupla Jorge e Mateus, referência do sertanejo atual, e explora o processo de composição de um grupo de amigos do interior do Pará, que foi para Goiânia com o objetivo de escrever músicas que se tornem ‘hits’. O gênero gospel está entre os quatro mais tocados em rádios e plataformas de música do Brasil. Os repórteres Caco Barcellos e Thiago Jock acompanham alguns dos artistas que fazem sucesso entre o público evangélico. No Rio de Janeiro, eles visitam uma feira que há 24 anos reúne artistas consagrados e novos talentos e conhecem o grupo de pagode Marcados. Juntos há 16 anos, os 11 integrantes, que começaram em São Luís do Maranhão, se mudaram há sete meses para São Paulo. No maior evento cristão da América Latina, Caco e Thiago registram o momento em que o cantor Eli Soares recebe um disco de ouro. A música mais recente dele foi ouvida 170 milhões de vezes, uma vitória para o mineiro de Belo Horizonte que desde a infância gostava de cantar na igreja. "Lembro até hoje a cara do pai quando eu disse que queria viver de música. Não, meu filho, procure um emprego, vá trabalhar, construir seu futuro", recorda Eli. Hoje, ele faz em média 18 apresentações por mês, emprega diretamente vinte profissionais e soma um milhão e duzentos mil seguidores nas redes sociais. O repórter Thiago Jock também acompanha os bastidores do show especial para crianças da cantora Aline Barros, que reuniu um público de mais de 10 mil pessoas. Aline é uma estrela do gospel, com 30 anos de carreira e mais de oito milhões de seguidores nas redes sociais. A cantora já ganhou oito vezes o Grammy Latino de música cristã de língua portuguesa. Em uma rua da periferia de São Paulo, um grupo de jovens canta e toca violão na calçada, competindo com o barulho dos carros. Em frente à maior produtora de funk do Brasil, eles estão em busca de uma oportunidade. "A gente fica aqui na esperança de ser ouvido, ser descoberto e fazer sucesso", diz um dos rapazes. Os repórteres Guilherme Belarmino e Talita Marchiori acompanham os trabalhos na produtora musical GR6, que funciona dentro de uma mansão e opera em escala industrial. São mais de 100 artistas com contrato assinado e uma média de 40 músicas e 15 videoclipes lançados por semana. Em um dos estúdios, a dupla conversa com MC Davi que, no ano passado, foi ouvido 740 milhões de vezes na maior plataforma de música do mundo. O ‘Profissão Repórter ‘também registra a participação do MC Don Juan e do MC IG no Rock in Rio. Juntos, eles foram ouvidos mais de três bilhões de vezes no último ano. No Rio de Janeiro, o programa acompanha a preparação de MC Poze do Rodo para um show. Com 25 anos, ele faz de cinco a seis shows por semana e cada um não custa menos do que 200 mil reais. Poze é cantor, empresário de sucesso, tem 15 milhões de seguidores nas redes sociais e viralizou ao pedir a namorada em casamento no palco do Rock in Rio. No início da carreira as letras das suas músicas eram todas no estilo proibidão. Criado na favela do Rodo, na zona oeste do Rio, ele diz que "cantava apenas o que via" e que as letras eram pesadas como a realidade da favela. À reportagem, ele revela nunca ter imaginado chegar aonde chegou por meio da música. O Profissão Repórter desta terça-feira, dia 22, vai ao ar logo após a estreia da série ‘As Aventuras de José & Durval’.