No Arena dos Saberes, na TV Cultura, Tiago Abravanel conta que hoje não faria papel de Tim Maia em musical
Divulgação TV Cultura
Nesta quinta-feira (31/10), Gabriel Chalita conversa com o ator e cantor Tiago Abravanel e com a consultora de etiqueta Lúcia Aché, no Arena dos Saberes. Edição inédita do programa na TV Cultura vai ao ar às 20h.
Entre diversos assuntos, Tiago Abravanel conta sobre sua relação com o teatro: “Me considero um cara muito privilegiado por amar o que eu faço hoje e poder ter crescido nesse lugar, eu cresci na coxia do teatro (...)”. E completa ao falar de música: “A música, ela sempre foi um instrumento da dramaturgia pra mim. (...) Eu acredito que a minha voz cantada, ela tá ligada ao intérprete Tiago muito mais do que ao cantor Tiago”.
Sobre o musical Tim Maia, revela: “(...) Certamente hoje eu não teria nem mandado material pra fazer teste pro espetáculo Tim Maia, por eu ser um homem branco. E a gente entender que as oportunidades pra pessoas pretas e pra pessoas brancas, infelizmente, não são iguais, então por que que eu tiraria a oportunidade de um ator e um cantor preto de fazer o papel do Tim Maia?”.
O ator e cantor também diz que hoje tem consciência do cenário, não se arrepende porque mudou a vida dele e foi importante para o mercado. “Mas sem dúvida nenhuma, hoje se tivesse que voltar a peça eu não faria, eu faria uma homenagem ou algo assim, mas entendo que vivemos novos tempos e a gente precisa prestar atenção nesse lugar", completa.
Sobre a relação com seu avô, Silvio Santos, conta: “Eu tive a oportunidade de ouvir dele que eu era um grande artista e que ele tinha orgulho de saber que, independente do que eu fosse fazer ou da comparação que houvesse entre mim e ele, que somos pessoas diferentes. E durante muito tempo eu tinha medo de trabalhar como comunicador por ser neto do maior comunicador do país, e aí eu compreendi que o Silvio Santos só tem um”.
O artista ainda faz um passeio por seus personagens de musicais, conta curiosidades sobre cada um deles e apresenta canções, de Primavera e Não Quero Dinheiro, de Tim Maia, The American Dream, de Miss Saigon, e Eterno Pra Mim, de Hairspray.
Na mesma edição, Lúcia Aché dá dicas de etiqueta e diz: "Agora com a internet, redes sociais, as pessoas tendem a pensar: ‘ah, boas maneiras não precisa mais’. Precisa sim, é um grande diferencial".