‘Profissão Repórter’ acompanha os desafios de mulheres na faixa dos 50 anos

Foto: Globo/Divulgação

Apenas 5% das contratações feitas por empresas entre os anos de 2022 e 2023 foram de profissionais com mais de 50 anos. Esse dado é oriundo da pesquisa "Etarismo e inclusão da diversidade geracional nas organizações", realizada pela Robert Half, consultoria global de soluções em talentos, em parceria com a Labora, startup que promove inclusão produtiva com diversidade geracional,. O ‘Profissão Repórter’ desta terça-feira, dia 20, conversa com mulheres sobre as dificuldades encontradas para retornar ao mercado de trabalho e mostra como a narrativa do envelhecimento feminino para mulheres na faixa etária dos ‘novos cinquenta’ tem trazido mais aceitação, segurança e liberdade. Desempregada desde 2021, Lúcia Moraes dos Santos, de 57 anos, já não consegue pagar todas as contas do mês. Ela acredita que a idade é mal vista pelos empregadores, que acabam preferindo candidatos mais jovens, já que apesar de ter participado de diversas entrevistas de emprego, ela nunca é chamada. Tânia Umbelino, de 53 anos, passa pela mesma situação. Ela foi demitida na pandemia, depois de trabalhar nove anos como analista financeira em uma empresa e há quase dois anos vive do dinheiro recebido na rescisão. Tânia já deixou de pagar a academia, diminuiu o plano do celular, não faz mais viagens e nem aceita convites de amigos e familiares para sair. "Eu passo o dia todo em casa procurando emprego", lamenta. A repórter Mayara Teixeira e o repórter cinematográfico Alex Gomes percorrem a cidade de São Paulo para conversar com pessoas com mais de 50 anos em busca de emprego e entender as dificuldades encontradas para retornar ao mercado de trabalho. O crescimento do número de divórcios na faixa etária dos 50 anos que, de acordo com dados do IBGE, é três vezes maior do que na década anterior, também está retratado pelo programa desta terça-feira. O repórter Chico Bahia e a repórter cinematográfica Talita Marchiori saem pela noite carioca para ouvir as mulheres na faixa dos 50 anos que, depois de viverem um longo casamento, aproveitam uma nova fase da vida. Rai Laurindo, de 54 anos, pagou a última parcela da prestação de sua casa própria há cinco anos. “Meu filho já não mora mais comigo e, depois que eu me separei, essa casa ficou toda pra mim!”, se diverte. Ela trabalha como cozinheira diarista, atende a cinco residências e se desloca por Niterói em sua bicicleta elétrica. “Depois que eu me separei, eu comecei a me cuidar melhor, faço academia, fiquei mais ativa. Hoje, eu acho que consigo aproveitar muito mais a vida”, conta. No ano passado, Rai viajou à Europa pela primeira vez. “Eu acho que depois dos 50 a gente já sabe melhor o que quer da vida e não perde muito tempo com bobagens. Eu sinto que estou no meu auge!”, afirma a cozinheira. Em 2024, a cantora, empresária e apresentadora Preta Gil registra mais um passo da sua história: o aniversário de 50 anos, que veio junto do retorno aos shows depois da descoberta e tratamento de um câncer e o fim do seu casamento de dez anos. As repórteres Sara Pavani e Nathalia Tavolieri acompanham os preparativos e os bastidores da festa que celebra sua nova fase. Na reportagem, Preta fala sobre liberdade e sobre ser uma nova referência para mulheres da sua idade. “Minha vontade é desconstruir o estereótipo da mulher de cinquenta anos. Quando a mulher sai do período fértil e entra na menopausa, ela era descartada e automaticamente colocada em um lugar de senhora, de vovó. E tudo isso eu sou, não deixo de ser nada disso. Mas eu estou com um ânimo e uma energia revigorada de quem sobreviveu e de quem quer viver mais cinquenta”, conta a cantora. O ‘Profissão Repórter’ desta terça-feira, dia 20, vai ao ar logo após o programa ‘Estrela da Casa’.