(Reprodução SBT/Foto: Gabriel Cardoso)
Na madrugada desta sexta-feira (05), o PodC Mais se apresenta na TV aberta, pela primeira vez, proporcionando ao telespectador o melhor do entretenimento, harmonizando a informação com a diversão. Comandado por Laura Portiolli, o mais novo lançamento do SBT PodNight estreia através de um bate-papo exclusivo com Celso Portiolli, que, durante o episódio, compartilha sua história de vida.
Nascido em Maringá, o apresentador do Domingo Legal relembra sua infância modesta no interior repleta de brincadeiras de rua. No decorrer do diálogo, Celso conta como foi parar em Ponta Porã. “Meu pai, primeiro, foi para Ponta Porã e deixou a minha mãe com os filhos em Maringá. Ele ia e voltava, do Paraná até o Mato Grosso do Sul. Era muito longe porque a estrada era de terra, ainda, e meu pai trabalhava lá (...) quando ele melhorou um pouquinho de vida, ele levou todo mundo. Aí, aos 7 anos, eu me mudei para Ponta Porã. E eu fiquei lá um bom tempo”. A partir daí, sua juventude foi marcada por dificuldades como a timidez excessiva e a época em que foi expulso da escola. “Você falar para a filha que foi expulso de uma escola”, brincou.
Ele explica que houve um problema referente a uma prova na qual a sua professora distribuiu folhas a mais. “Foi uma injustiça comigo. (...) Na verdade foi um problema numa prova lá que a professora distribuiu uma prova a mais (...) Queria sair logo da sala de aula, eu peguei e passei a minha prova para um amigo e falei: "Entrega as duas”. E, na verdade, acabou amassando a minha prova e eu fiquei sem. Aí eu tentei um jeito de voltar a minha prova para as provas da professora (...) Acabei ficando sem nenhuma. E aí me convidaram a se retirar da escola”. A partir da postura traumática da representante da instituição em ofendê-lo, a chave do esforço abriu sua mente para sua condição com dislexia. “Mudou minha vida porque caiu a ficha, que eu era realmente hiperativo, eu tenho dislexia (...). Eu era inquieto na sala de aula. E, ali, a diretora falou uma frase muito pesada para mim que eu falei: “Poxa vida, agora eu vou mostrar para ela que eu não sou nada disso”.
Sempre traçando metas, sendo uma delas trabalhar com Silvio Santos, Celso narra sua ida a Curitiba para estudos admitindo que, naquela época, já tinha paixão pelo rádio, chegando a fazer testes para integrar em alguma delas. Sem êxito em nenhuma de suas tentativas na cidade, chegou a iniciar faculdade de Engenharia Civil, a qual largou para cursar Comunicação Social em Uberaba. Antes mesmo de efetuar a matrícula, o apresentador explica como tinha conquistado seu primeiro lugar na rádio e as mudanças de sua vida até chegar em São Paulo pela primeira vez, com seu melhor amigo Joaquim e seu irmão. “Eu lembro até hoje quando cheguei em São Paulo pela primeira vez, eu peguei carona num fusca, e eu sentado na parte do traseiro do fusca (...) passando na Paulista, assim, olhando as antenas da rádio, olhando aquela imensidão de cidade (...)”, relembrou.
Descreveu a reviravolta quando teve que voltar para Ponta Porã: “Antes dos 21 anos de idade, que era a minha meta, eu abri o microfone de uma grande rádio de São Paulo. Eu fiquei um tempo na Bandeirantes, fiz A Hora do Ronco, que era primeiro lugar (...) E, depois de um tempo, eu decidi largar tudo o e fui trabalhar com o meu pai, de volta em Ponta Porã porque ele estava precisando de ajuda. Eu saía do ar e ficava muito triste, porque eu fazia apresentação e eu achava um serviço muito leve. Abrir microfone, fazer mixagem, anunciar música e meu pai no pesado. Então aquilo estava me fazendo mal e eu larguei tudo e fui trabalhar com meu pai. Larguei o meu sonho (...)”.
Ele fala sobre sua trajetória no SBT:
Foi nesta época que Celso Portiolli ficou sabendo sobre a procura de ideias promovida pelo Câmeras Escondidas. Ao invés de mandar uma carta sugerindo sua ideia, ousou ao enviar uma fita de VHS para a emissora de Silvio Santos se apresentando e contando sua trajetória. “Era para mandar carta. Mas como eu tinha, em casa, uma VHS para gravar a família, eu coloquei em cima de livros com meu estúdio de fundo, fiz a fita e falei 50 minutos do que eu queria (...) depois 11 ideias para as Câmeras Escondidas. Eu fiz exatamente o que vocês fazem, no YouTube, hoje. Eu fiz há 30 anos”, ressaltou.
“Quando o SBT me ligou, eu não acreditei. Os caras falaram: “Olha, sete ideias foram aprovadas e vão te pagar tanto por ideia. Você tem mais ideias?” eu falei “Não, não desliga não. Eu quero um emprego aí”. Por coincidência, Celso declara que Joaquim – o que veio para São Paulo com ele – tinha feito uma ligação perguntando sobre a existência da fita e comunicou que estava trabalhando na emissora. Ao pedir uma cópia, o apresentador do Domingo Legal não esperava que seu vídeo fosse parar nas mãos de Silvio Santos através do amigo. “Quem falou para mim que o Silvio Santos tinha assistido, que a família toda assistiu unida, foi a Daniela Abravanel. Ela falou que, aquela fita, eles tinham assistido em casa”.
Em seu primeiro contato com o dono do baú, Celso destaca: “Quando ele me chamou para conversar e trabalhar no SBT, ele me entregou o dinheiro, parou a gravação e foi falar comigo atrás das câmeras. “Quanto que você ganha na sua cidade?” fez várias perguntas, mas perguntou também sobre dinheiro. E eu falei: “Silvio, eu ganho 2500 reais” (...) E ele falou “Mas você ganha muito bem. Eu te pago 500 reais”. Estiquei a mão e falei “Negócio fechado”. Ele detalha o começo da sua trajetória na TV aberta, no qual vinha de sua cidade em Mato Grosso do Sul para a capital paulista. Mesmo enfrentando dificuldades, o apresentador ressaltou seu amor pela área da comunicação: “Eu nunca fiz nada por dinheiro. Sempre fiz tudo por amor”.
No PodC Mais, Laura exibe a primeira edição do Passa ou Repassa apresentado por Celso Portiolli., onde conta as dificuldades que sofreu após assumir o lugar de Angélica na atração: “Você sabe que foi um dos piores dias da minha vida, né?! Porque quando eu entrei no palco para fazer, pela primeira vez, eu parei no lugar errado (...) o diretor abriu as caixas de som e falou “Oh meu filho, você parou no lugar errado”. Aí 250 alunos me vaiaram, na minha primeira gravação”.
Durante o episódio, a podcaster brinca com o apresentador na dinâmica “Verdadeiro ou Falso”, onde são abordados assuntos como 11 de setembro, seu cargo de vereador, curiosidades sobre a família Portiolli e sua relação com Silvio Santos:
“É um cara muito sério, muito respeitoso, tem palavra, não precisa de contrato. É o cara que dá oportunidades, mas não é bolinho não. Tem que trabalhar bem, tem que ser trabalhador e tem que ser correto”. Também revelou o desejo para que o comunicador retorne às telinhas do canal: "Ele é o cara que ensinou todo mundo a fazer televisão", declarou.
Sobre Laura Portiolli:
Laura Portiolli é graduada em Moda e possui uma personalidade forte, porém tímida. Além de ser fã de séries e filmes, ela aprecia viagens, passeios com a família e amigos, e pratica atividades físicas regularmente. Nascida no dia 26 de junho de 2000, é primogênita do apresentador Celso Portiolli, e teve a quem puxar quando o assunto é entretenimento. Admiradora da carreira do pai, ousou em pensar grande ao se dedicar a arte da comunicação por meio do PodC Mais.
De acordo com ela, o podcast surgiu de forma espontânea e com um enredo cômico. “A história começou com a criação do PodC e, um dia, estava eu, em casa, de pijama, e meu pai me perguntou se queria fazer um podcast e questionou: “Por que você não tenta?”. Ainda, no começo, fiquei receosa até porque era algo muito novo para mim, mas fui lá e tentei. Fiz o piloto e deu certo”, destacou.
Vendo sua primeira estreia na TV brasileira, a filha do apresentador do Domingo Legal revela os bastidores sobre o início da sua carreira como produtora de conteúdo online. “No começo, usava ficha, queria me esconder atrás das fichas e até do microfone. Mas ao longo dos meses, passei a me acostumar mais com as pessoas que vão lá e comecei a entender que, para elas, também não era fácil responder as perguntas”. Também declarou que fica ansiosa ao recepcionar seus convidados por ser entusiasta dos talentos de cada um deles, ressaltando o desafio em manter um bom bate-papo durante todo o episódio. Apesar disso, conseguia superar suas metas.
“O PodC Mais é bem jovem, feito para internet e agora também feito para televisão. Não deixará de ser jovem. Até porque é a essência dele”. Em meio às produções nacionais desse formato, a admiração aos hosts do PodC, Pod Delas, Venus, Flow, Podpah e TicaracatiCast, elas, igualmente, se tornam seu ponto de referência e são inspiração para dar continuidade no projeto. Ao completar o primeiro aniversário do canal no YouTube neste mês de julho, Laura Portiolli destaca que o PodC Mais oferece uma abordagem leve e dinâmica ao conversar com as jovens celebridades das mídias. No último ano, tem sido destaque por sua capacidade de proporcionar aos espectadores uma visão mais intimista e descontraída referente a trajetória dos famosos que marcam presença em cada uma de suas edições.
Migrando da web para as telinhas, a podcaster enfatizou a responsabilidade atual com um público maior e o desejo de atingir as expectativas do público com as suas, valorizando também seus interesses com o trabalho. “Espero que o público se motive com as histórias de cada pessoa que passar por lá, que passem a admirar e levar consigo um pouco da experiência particular de cada um como forma de inspiração”.
O PodNight vai ao ar de segunda a sexta, logo após a exibição do “Operação Mesquita”.