Foto: Beatriz Damy |
As dificuldades que a comunidade LGBTQIA+ enfrenta são muitas. Ao tentar lutar pelos seus direitos, pessoas LGBTQIA+ ainda são frequentemente expostas ao preconceito, exclusão e hostilidade. Como forma de jogar luz a essas situações, a TV Globo exibe, no dia 21 de junho, o ‘Falas de Orgulho’ em comemoração ao Dia Internacional de Orgulho LGBTQIA+, celebrado no dia 28 de junho. “Formamos uma equipe majoritariamente LGBTQIA+ para discutir quais assuntos gostaríamos de abordar no programa. Entre os muitos tópicos possíveis, optamos por temas transversais às várias existências presentes nesta grande sigla e chegamos a uma tríade importante de pautas: trabalho, direitos e orgulho. Se o trabalho dignifica o homem e as pesquisas apontam que este é um dos principais valores do brasileiro, porque muitos LGBTQIA+ então sendo privados deste direito?”, comenta Antonia Prado, diretora do programa. Com apresentação de Leilane Neubarth e roteiro de Veronica Debom, o ‘Falas de Orgulho’ é um convite para que a sociedade reveja seus conceitos e reflita sobre as situações de medo e desrespeito que as pessoas LGBTQIA+ passam simplesmente por serem quem são. E para abrir um diálogo transparente e horizontal com o telespectador, Leilane traz para o programa sua credibilidade como jornalista, além de sua representatividade de gênero e orientação sexual. “Para mim, como jornalista bissexual, é muito importante poder emprestar minha credibilidade, de mais de 40 anos informando os brasileiros sobre os fatos mais relevantes do Brasil e do mundo, para levar ao país a realidade da nossa comunidade LGBTQIA+. Estou imensamente feliz com essa missão e consciente da responsabilidade que me foi oferecida, para trabalhar no sentido de quebrar preconceitos e ajudar a diminuir a discriminação”, conta Leilane. No primeiro experimento, o ‘Falas de Orgulho’ aborda as dificuldades que a comunidade LGBTQIA+ vive no mercado de trabalho, onde 79% dos homens trans e 90% das mulheres trans relatam já ter sofrido discriminação. Os personagens do experimento contam um pouco da sua trajetória no trabalho, seus desafios e situações constrangedoras que viveram ao estar ocupando espaços que não foram, a priori, desenhados para eles. No segundo, doze voluntários fazem uma "corrida de privilégios" para ver quem realmente consegue alcançar a dignidade no país. “Nesse experimento, vemos as consequências do preconceito de uma forma mais ampla. Queremos mostrar o quanto o dia a dia das pessoas LGBTQIA+ é ferido por esses preconceitos que passam muitas vezes desapercebidos por heterossexuais. A ideia é fazer com que essas pessoas enxerguem como coisas que, para elas, são dadas e tomadas como naturais, acabam sendo usurpadas de toda uma camada da sociedade”, explica Veronica. Pelo quarto ano consecutivo, o Brasil é o país que mais mata LGBTQIA+. Não por acaso, inúmeras pessoas que fazem parte da comunidade vivem uma vida de medo e aprisionamento, que, na maioria das vezes, afeta seus relacionamentos. Para deixar essa realidade mais clara, o programa reforça a crítica e evidencia a quantidade de cuidados, precauções e todo um arsenal cansativo de defesa que é necessário para se namorar sendo LGBTQIA+, além de contrapor isso com a facilidade do cotidiano romântico heterossexual. Orgulho acima de tudo Mas nem tudo são dores. O ‘Falas de Orgulho’ se propõe a ir além da denúncia para mostrar à sociedade toda a beleza de uma comunidade potente, cheia de talentos, força e acolhimento. O programa vai falar, celebrar e cantar a muitas vozes toda a alegria e amor que resistem nas vidas de pessoas LGBTQIA+ para exaltar o orgulho de ser quem se é. Para coroar esse momento de virada do especial, onde a dor dá lugar à potência e ao orgulho, o cantor Thiago Pantaleão fala sobre a importância do acolhimento da família, seja ela de sangue ou escolhida. Ao lado de sua mãe, o artista faz uma convocação a todos os pais de pessoas LGBTQIA+. No final do episódio, Thiago celebra o orgulho da sua trajetória cantando uma música que fala sobre a coragem de amar. “Trabalho, família e uma vida digna sem medo ou preconceitos devem ser direitos de todos, sem exceção. Se cada brasileiro entender essa mensagem e se unir ao coro das muitas vozes que existem dentro da sigla LGBTQIA+, teremos um mundo muito mais justo e leve para todos, sem ferir o direito de ninguém”, diz Antonia. Durante os intervalos do especial, será exibida uma cartela da Para Quem Doar, plataforma da Globo que conecta quem quer ajudar com quem precisa de ajuda, estimulando doações do público para as instituições que apoiam a causa LGBTQIA+ cadastradas na plataforma, como a Casa Dulce Seixas, que participa do programa. O ‘Falas de Orgulho’ tem direção de Antonia Prado, roteiro de Veronica Debom, produção de Ana Luisa Miranda e Fernanda Neves, e direção de gênero de Mariano Boni. Projeto Falas é ampliado com o ‘Falas de Acesso’ em 2024 ‘Falas de Orgulho’ é o terceiro especial do Projeto ‘Falas’, série de especiais que abordam as principais efemérides do ano na grade de programação da TV Globo, alinhada à jornada ESG da empresa. O primeiro foi ‘Falas Femininas’, exibido no Dia da Mulher, e o segundo, ‘Falas da Terra’, apresentado em 15 de abril em celebração ao Dia dos Povos Indígenas (19 de abril). Estão previstos mais três programas que vão ao ar nas datas sociais que marcam o Dia de Luta da Pessoa com Deficiência (21 de setembro), que será produzido pela primeira vez pela emissora, o Dia do Idoso (1º de outubro) e o Dia da Consciência Negra (20 de novembro). |
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