O apresentador Marcio Gomes e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Foto: Iara Morselli/CNN Brasil
O CNN Talks – braço de eventos da CNN Brasil – realizou nesta segunda-feira, 3 de junho, o “CNN Talks - Próximos Passos para a Transição e Transformação Energética no Brasil”, que reuniu autoridades governamentais, empresários e especialistas para debater o papel de absoluto destaque do Brasil no cenário global da transição energética.
Como protagonista, o País desempenha posição relevante na geopolítica global em prol da energia mais rentável e sustentável. Na abertura do evento, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o governo Lula quer buscar o desenvolvimento sustentável “sem exageros”. Em sua fala, o ministro disse que “não passará a boiada” na gestão, negando que normas ambientais serão feridas. “Temos que praticar boa política, sentar na mesa e buscar soluções para os problemas da sociedade. Sem exageros, buscaremos o desenvolvimento sustentável, seguro e com frutos sociais”, afirmou Silveira.
Dados mostram que o Brasil subiu duas posições e agora é o 6º maior produtor de energia solar do mundo. Só em 2023, o país fechou o ano com mais de 37 gigawatts disponíveis de capacidade operacional. Os investimentos em energia limpa aumentaram quase 50% de 2019 a 2023, atingindo US$ 1,8 TRI no ano passado, segundo a AIE (Agência Internacional de Energia).
Já o segundo o painel da noite, “Inovação e sustentabilidade: a mineração na era da descarbonização”, trouxe para o centro do debate a questão do Pará e o trabalho de todo o Estado comandado por Helder Barbalho para a comercialização de crédito de carbono. “Precisamos descarbonizar nossa estratégia econômica. Quando você descarboniza você gera crédito e passa a ter uma grande oportunidade econômica para o Estado, que é a de crédito de carbono. Nós passamos a ter uma nova commoditie: o carbono”, afirma Barbalho. Sobre a realização da COP30 em Belém, o governador voltou a afirmar que o evento será único, visto sua realização na Amazônia. O governador reiterou que a marca da solenidade será “A COP das Florestas”.
Durante o evento também foram divulgados dados de uma pesquisa feita pela CNN Brasil, que evidencia a atenção do público pelo assunto: 37% dos telespectadores do canal afirmam ter interesse em transição energética. Já no site da emissora, 41% dos usuários buscam pelo tema.
Para o CEO da Cemig, Reynaldo Passanezi Filho, discutir a transição energética é discutir o futuro. “O Brasil é um país com a matriz muito limpa, e isso representa oportunidades inclusive para os negócios”, disse. O executivo pontuou ainda sobre a oportunidade do país no segmento da transição energética, ressaltando que 100% do consumido pela Cemig vem de fontes renováveis e limpas.
O encontro, mediado e conduzido pelo jornalista Márcio Gomes, contou também com a presença de Ana Toni (Secretária Nacional de Mudanças do Clima); Rodolfo Saboia (Diretor-Geral da ANP); Márcio Lima Leite (Presidente da Anfavea); Vander Costa (Presidente do Sistema Transporte); Raul Jungman (Diretor-presidente do IBRAM - Instituto Brasileiro de Mineração); Luís Roberto Pogetti (Presidente do Conselho Administrativo da Copersucar); Paulo Emílio (Presidente da Associação Brasileira de Hidrogênio); Marcos Madureira (Presidente da Abradee); Rafael Tello (Head de Sustentabilidade na Ambipar).