No Dia das Mães, Lifetime estreia a produção nacional Elas, Divinas


Do ponto de vista da antropologia, um recém-nascido se torna um ser social e ganha um espaço no mundo somente depois de receber um nome, um lugar na comunidade e um pertencimento, alcançado por meio dos rituais de nascimento.

E o documentário Elas, Divinas, uma coprodução com a Elo Studios, que o Lifetime estreia no domingo 12 de maio, se aprofunda nas histórias íntimas e poderosas de cinco mulheres de diferentes orientações religiosas. São elas: Elka Andrello, artista digital, uma das primeiras mulheres VJs do Brasil e budista; Fabiola Oliveira, professora, coordenadora de um centro de acolhimento materno que dá apoio à famílias com filhos neurodivergentes e muçulmana; Cláudia Alexandre, Doutora e Mestre em Ciência da Religião pela PUC-SP, Umbandista e candomblecista, e Sacerdotisa de Umbanda; a Judia e rabina Fernanda Tomchinsky-Galanternik, formada em psicologia pela PUC-SP, e rabina pelo Seminário Rabínico Latino-americano “Marshall T. Meyer”, de Buenos Aires; e Alexya Salvador, evangélica e a primeira pastora transgênero da América Latina.

Ao abordar as simbologias, significados e elementos envolvidos nos diversos rituais, a produção, dirigida por Tuca Paoli, dá uma visão panorâmica e emocional das interações entre cultura e fé; e presta homenagem à força feminina, reconhecendo-a como um pilar da sociedade e guardiã de um legado ancestral.

Apresentado por Juliana Wallauer, do podcast Mamilos, o documentário explora temas como valores, perspectivas maternas, pertencimento, aspirações humanas, simbolismos, fé, família, espiritualidade, amor e cuidado. Suas histórias são propositalmente entrelaçadas, permitindo que a audiência testemunhe os temas universais de amor, resiliência e crescimento espiritual que ultrapassam as fronteiras religiosas.

Elas, Divinas tem o objetivo de criar um espaço de reflexão e diálogo para promover a empatia, jogando luz sobre mulheres que, embora pratiquem religiões diferentes, estão unidas por seus papéis como mães, buscando um significado mais profundo”, afirma Karen Santiago, vice-presidente de Conteúdo do Lifetime. “E para nós é um projeto muito especial, pois traz histórias poderosas de personagens fortes, além de abordar maternidade e fé religiosa”.


Juliana Wallauer

É apresentadora de podcasts (MamilosCódigo Aberto e Gente) e sócia do portal de conteúdo B9. Juliana se define como "mediadora de conversas autênticas" e alguns dos debates que ela já promoveu passaram justamente pela temática da religião. Com um histórico evangélico e um irmão pastor adventista, hoje ela se considera ateia, mas sempre aberta para criar pontes, no lugar de provar pontos. Juliana é habilidosa em transitar por conversas de uma forma curiosa e respeitosa, além de leve.


As personagens

Alexya Salvador – Evangélica

Alexya é a primeira pastora transgênero da América Latina. Realiza seus cultos na Igreja da Comunidade Metropolitana, no bairro da Santa Cecília, em São Paulo, onde promove que as mulheres tenham a voz e o espaço que historicamente lhes foram negados pelas doutrinas cristãs. Outro marco na trajetória de Alexya é ter sido a primeira mulher trans a adotar crianças. A pastora também produz conteúdo para as redes sociais, em que promove sua fé e defende a comunidade LGBTQIA+.

Fernanda Tomchinsky-Galanternik – Judia

Primeira brasileira a receber a ordenação rabínica na Congregação Israelita Paulista. Formada em Psicologia pela PUC-SP, hoje é Rabina na Comunidade Shalom, em SP. Tem um olhar contemporâneo da mulher na tradição judaica. Mãe de duas meninas.

Cláudia Alexandre – Candomblecista

Doutora e Mestre em Ciência da Religião pela PUC-SP. Pesquisadora de tradições de matrizes africanas e manifestações culturais afro-brasileiras. É cofundadora e dirigente do CECURE - Centro de Estudos Espiritualistas e do Templo de Umbanda Liberdade Tupinambá Paulistana. Jornalista, sambista e mãe da Rubiáh.

Fabiola Oliveira – Muçulmana

É professora e coordenadora de um centro de acolhimento materno que dá apoio a famílias que têm filhos atípicos, faz conteúdo decolonial e fala do islã pela ótica feminina nas redes sociais. Filha de família católica, se entendeu muçulmana quando morou na Nova Zelândia e teve contato com o islamismo. Hoje é convertida, usa véu, roupas apropriadas e reza cinco vezes por dia. Casada com um muçulmano, tem dois filhos.

Elka Andrello – Budista

Artista digital e uma das primeiras mulheres VJs do Brasil. Pratica o budismo desde os 30 anos, quando disse ter ouvido um chamado espontâneo para buscar a espiritualidade. Desde então, morou sete anos em Monastérios no Rio Grande do Sul (3 Coroas), Himalaia e Nepal. Sua filha Graziela nasceu em um monastério budista no topo de uma montanha, no Rio Grande do Sul, e passou a primeira infância acompanhando a mãe em suas viagens.


Ficha Técnica

Apresentação: Juliana Wallauer

Direção e Edição: Tuca Paoli

Roteiro, Pesquisa e Edição: Mariana Palumbo

Produção: Sabrina Nudeliman Wagon, Ruben Feffer e Flavia Feffer

Produção Executiva: Jatir Eiró, UPEX

Direção de Fotografia: Thais Taverna

Classificação Indicativa: livre


Especial Dia das Mães – Antes da estreia de Elas, Divinas, o canal exibe uma maratona com quatro Lifetime Movies sobre mães e maternidade, para tornar a data ainda mais especial. A partir das 16h, serão exibidas as produções Homem ao MarColorindo Meu Mundo com AmorMensagem do Céu e Coisas Para Fazer Antes de Morrer.

No Dia das Mães, Lifetime estreia a produção nacional Elas, Divinas No Dia das Mães, Lifetime estreia a produção nacional Elas, Divinas Reviewed by Pablo on maio 07, 2024 Rating: 5
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