Foto: Globo/Divulgação |
No mês em que é celebrado o Dia dos Povos Indígenas, o ‘SP2’, da TV Globo, exibe uma série de reportagens sobre a história dos povos originários em São Paulo. Conduzida pela repórter Indianara Campos, ‘Memórias Indígenas’ se debruça, a partir deste sábado, dia 6, sobre a construção histórica dos nativos na capital paulista; a resistência do maior grupo étnico indígena na cidade, os guarani; o apagamento de passagens importantes; e a preservação de tradições. “Nossa equipe fez um trabalho aprofundado de pesquisa durante meses, com leitura de livros, busca de arquivos, conversas com historiadores, arqueólogos e pesquisadores. E o mais bacana é que nós conseguimos trazer histórias e relatos inéditos, além de documentos e fotos que nunca foram mostrados. Ouvimos indígenas que dão a sua versão, um lado que não foi contado nos livros de história, que muita gente ainda não conhece. Eu tenho certeza de que essas reportagens vão transformar a visão da sociedade com relação à história do nosso país, a história que nós vivemos e a história dos nossos povos indígenas”, destaca Indianara. A primeira das quatro reportagens da série, que será exibida em sequência aos sábados durante todo o mês de abril no telejornal, aborda a diversidade dos povos indígenas, as várias etnias que passaram por São Paulo e as que permanecem até hoje. A equipe vai à Hospedaria do Brás e ao Arquivo Público do Estado mostrar como foram registradas as passagens desses povos no fim do século XIX e início do século XX. Imagens inéditas de famílias inteiras que iam até a capital cobrar por terras e quase nunca eram atendidas. O ‘SP2’ também visita a Opy, casa de reza em Guarani, construída em plena cidade universitária. Estudantes e professores indígenas se reúnem para manter a cultura viva naquele espaço que já foi um dos maiores aldeamentos da cidade. No segundo episódio, ‘Memórias Indígenas’ joga luz sobre a maior batalha indígena da história do país, negligenciada nos livros de história: o Cerco de Piratininga. A reportagem reconstrói a batalha com ajuda de atores indígenas. O telejornal também mostra detalhes escondidos sob as paredes da Capela de São Miguel Paulista, a mais antiga da cidade, como as pinturas parietais, feitas por indígenas no século XVII. E conta ainda a história do Sítio Lítico do Morumbi, que através de escavações em meio a prédios conseguiu estabelecer uma data para a passagem dos povos originários na capital, há pelo menos 3.800 anos. Na terceira reportagem, a equipe visita aldeias no Jaraguá e em Parelheiros para mostrar como a cultura do maior grupo étnico indígena, os guarani, ainda resiste na capital em meio à especulação imobiliária e falta de apoio. A reportagem narra ainda como o preconceito ainda é vivo em pleno século XXI e como os guarani lidam com isso no dia a dia. A equipe também conhece a primeira exploração de ouro do Brasil, nas cavas de Jaraguá, onde portugueses usavam mão de obra indígena escravizada. No último episódio, a série aborda a tentativa de reparação histórica com os povos originários. A equipe vai até o Museu das Culturas Indígenas, na Água Branca, onde a repórter Indianara Campos, que é da etnia "puri", conversa com os "mestres de saberes" do museu sobre o que eles pensam do futuro. São guias indígenas de diversas etnias que comungam o mesmo espaço. ‘Memórias Indígenas’ também conta a história do povo Pankararu, que vive numa favela no Real Parque, na Zona Sul de São Paulo, e ajudou a construir o estádio do Morumbi e o Palácio dos Bandeirantes. Agora, décadas depois, a arte pankararu vai ser exposta pela primeira vez na sede do governo paulista. “Trazer as memórias indígenas e todo esse projeto à tona, trouxe também a memória da minha ancestralidade à tona. Então, foi um processo de descoberta pessoal da minha própria ancestralidade e daqueles a quem eu devo honrar e me lembrar. Isso me emocionou bastante”, conta a repórter Indianara Campos. A série ‘Memórias Indígenas’ vai ao ar no ‘SP2’, na TV Globo, em quatro episódios sempre aos sábados, a partir do dia 6 de abril. |
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