Débora Oliveira e Thais Herédia entrevistam Márcio Leite, presidente da Anfavea. Divulgação/CNN Brasil
O CNN Entrevistas desta semana traz como convidado Márcio Leite, presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), que responde às questões das jornalistas Thais Herédia e Débora Oliveira. No programa, gravado nos estúdios da CNN Brasil em São Paulo e que será transmitido neste sábado, 20, às 18h30, o dirigente reclama do nível alto de juros, para um setor que historicamente tinha 70% das suas vendas por meio de financiamento. Agora, porém, a Anfavea vê boas perspectivas de aumento de vendas com a queda das taxas de juros.
De acordo com Leite, o setor tão representativo na economia vive um bom momento: “Nós representamos 20% do PIB industrial e o momento é um momento muito bom porque o setor precisa de previsibilidade. A palavra mágica para esses investimentos é previsibilidade e as políticas que foram anunciadas recentemente e todo o debate que ocorreu nesses últimos meses nos levaram a uma política de estabelecer um novo marco regulatório que acaba atraindo esses investimentos, além do potencial do Brasil.”
Ele vê o País ainda com índices de mobilidade por habitante muito baixo e portanto com grande potencial, o que fez com que as montadoras, as fabricantes, de uma forma geral, colocassem os investimentos no Brasil.
Leite destaca que taxa de juros alta prejudica o aumento de vendas do País, onde atualmente apenas 30% das vendas ocorrem em virtude de crédito: “Historicamente, no mercado, 70% das nossas vendas eram financiadas e hoje apenas 30% são financiadas. Por quê? Porque o crédito está escasso e alto, estamos falando em torno de 25% como custo de financiamento”.
“O setor gasta em torno de R$ 5 bilhões por ano com estrutura para administrar estrutura com burocracia tributária; eu não estou dizendo com custo em pagamento de impostos. Mas o custo para administrar a burocracia tributária”, afirma o dirigente.
No entanto, o presidente da Anfavea vê sinais bem positivos: “O que nós estamos enxergando é aumentar o volume de produção, naturalmente, os custos começam a acomodar, e uma redução nas taxas de juros, e isso acaba apontando também para uma redução também na prestação para o consumidor. E, além disso, a política recente que é o marco legal das garantias; então isso também vai fazer com que o crédito seja mais acessível para a população e com um custo mais baixo. E isso, naturalmente, vai se traduzir em aumento de vendas.”
Serviço:
CNN Entrevistas
sábado, 20 de abril, às 18h30, na CNN Brasil