ĂšLTIMOS

Prestes a estrear em Renascer, Almir Sater fala sobre o retorno de Rachid

Foto: Globo/Paulo Barros

Uma figura quase mĂ­tica reaparecerá na cidade depois de trĂŞs dĂ©cadas. Trata-se de Rachid (Gabriel Sater/Almir Sater), o libanĂŞs que salvou a vida do jovem JosĂ© InocĂŞncio (Humberto CarrĂŁo) quando ele teve o corpo despelado na primeira e mais impressionante tocaia que enfrentou na trama de ‘Renascer’. No capĂ­tulo que vai ao ar amanhĂŁ, dia 23, Rachid (Almir Sater) chega no bar de Norberto (Matheus Nachtergaele) em busca de abrigo. Conversa vai, conversa vem, e o dono da venda fica abismado ao descobrir que o libanĂŞs existe e que foi ele quem costurou a pele de JosĂ© InocĂŞncio.

Diante da informação, Norberto trata de promover o reencontro de Rachid e José Inocêncio (Marcos Palmeira) e leva o forasteiro até a fazenda Jequitibá-Rei. José Inocêncio e Rachid se abraçam, emocionados e surpresos por estarem juntos novamente. O fazendeiro, claro, faz questão de receber Rachid com toda a pompa e o apresenta para Inácia (Edvana Carvalho), Mariana (Theresa Fonseca) e José Augusto (Renan Monteiro), que escutam a história mais uma vez, agora contada pelo próprio libanês. Mas o primogênito expõe sua desconfiança sobre a façanha e leva um fora de José Inocêncio. Rachid aproveita a ida até a fazenda e sonda com Inácia sobre a família de Maria de Santa (Duda Santos), deixando-a desconfiada.

‘Renascer’ Ă© uma novela escrita por Bruno Luperi baseada na obra de Benedito Ruy Barbosa. A direção artĂ­stica Ă© de Gustavo Fernández, direção geral de Pedro Peregrino e direção de Walter Carvalho, Alexandre Macedo, Ricardo França e Mariana Betti. A produção Ă© de Betina Paulon e Bruna Ferreira e a direção de gĂŞnero de JosĂ© Luiz Villamarim.

Abaixo, Almir Sater comenta sobre o trabalho em ‘Renascer’:

A sua parceria com a famĂ­lia Ruy Barbosa vem de longos anos com trabalhos em ‘Pantanal’, na original e no remake, ‘O Rei do Gado’ e atualmente em ‘Renascer’. O que levou vocĂŞ a aceitar mais esse trabalho e retomar a parceria com Bruno Luperi?
Quando eu ouvi falar sobre a possibilidade de um remake de ‘Renascer’ pela primeira vez eu ainda estava gravando ‘Pantanal’. Falei para o Bruno Luperi, autor, que eu lembrava que meus parentes árabes ficaram felizes com a referĂŞncia ao LĂ­bano na primeira versĂŁo da novela, e com a atuação do saudoso Luis Carlos Arutin como 'Rachid'. Naquela Ă©poca eu já me imaginava no personagem e gostava de imitá-lo. Quando foi confirmado que teria uma nova versĂŁo da novela, o Bruno me ligou e perguntou se eu gostaria de 'brincar de Rachid' de novo. Fiquei muito honrado com o convite, porque Ă© um personagem importante e faz parte da nossa memĂłria afetiva. Estou buscando dar o meu melhor e muito feliz com a oportunidade.

Rachid retorna à trama após 30 anos de paradeiro desconhecido. O que essa volta significa para história e de que forma ele será recebido pelos outros personagens?
O Rachid (Gabriel Sater) aparece logo no primeiro capítulo da novela e volta só depois de 30 anos. Porém, durante esse tempo, o personagem é lembrado e citado inúmeras vezes. Ele é uma figura importante na trajetória do José Inocêncio, por isso seu retorno legitima a história de seu despelamento. A partir do momento que ele volta, suas vidas vão se entrelaçando e, aos poucos, a novela vai apresentar a história de vida dele. A chegada do Rachid é um momento de muita felicidade para todos, especialmente para José Inocêncio.

AlĂ©m da mudança de visual, vocĂŞ fez algum processo de preparação para viver o personagem? 
Geralmente, quando assumimos um personagem, damos muita importância para o que o texto nos diz sobre ele. A partir daí, vamos imaginando e dando vida a essa pessoa. Rachid tem leveza, bom humor, inocência, vivacidade e um sotaque carregado. Então busquei olhar para trás, lembrar dos meus parentes e meus vizinhos, que também eram imigrantes, trazer para o personagem seus sotaques e costumes. Eu realmente estudei e me dediquei nesse ponto. Treinei a prosódia e minha esposa (Ana Paula) me ajudou muito.

E a questão da composição do sotaque libanês
O sotaque é um detalhe muito importante porque você não vai usá-lo apenas por um momento e sim ao longo de toda a novela. É preciso estar atento porque ao relaxar um pouco ele pode sumir. É necessário estudar e ter atenção para evitar falhas.

Como foi a troca com o Gabriel, que interpretou o personagem na primeira fase de ‘Renascer’? 
Gostei muito da participação do Gabriel. Foi um capítulo bem difícil, emblemático, que apresentava o início da trajetória daquele protagonista. E o Rachid composto por ele, chegou montado no burro, cantando em árabe, tocando alaúde e ele fez isso muito bem.

Você também irá tocar o alaúde em cena. Possuía familiaridade com o instrumento ou teve que aprender para a novela? Ele difere muito das violas tradicionais?
O personagem toca alaúde (instrumento de corda palhetada ou dedilhada formado por uma caixa de madeira em forma de meia pêra). É um presente que ele ganhou de seu pai. Eu não toco alaúde, mas tenho muita familiaridade com instrumentos de corda. Para gravar as cenas eu o afinei de uma forma que ele soasse melhor de acordo com a minha concepção. Estudei sobre esse instrumento escutando algumas músicas turcas também. Mas o Rachid aparecerá tocando apenas em momentos específicos, é algo bem pessoal.

O que o pĂşblico pode esperar de Rachid em ‘Renascer’? 
Pode esperar um personagem divertido e muito diferente de tudo que eu já fiz. Eu me vejo no espelho caracterizado e levo um susto (risos). É quase irreconhecível. Mas é ótimo poder se dedicar ao lado de ator, sem vaidades. Eu conversei bastante com o Bruno Luperi sobre isso e achamos importante essa entrega de alma ao personagem. Tenho buscado fazer isso.

Nenhum comentário