Penúltimo episódio do Doc Investigação segue pista de brasileiro mais velho na lista de procurados da Interpol
Foto: Divulgação/RECORD
No próximo domingo (10/03), o PlayPlus disponibiliza para seus assinantes o 11º episódio do Doc Investigação. Desta vez, a série true crime do streaming da RECORD, conta a história de Cirilo Barros, um pistoleiro que cometeu assassinatos na Bahia e em Roraima.
A repórter Thais Furlan embarca com a equipe do Doc Investigação para Coribe, no oeste da Bahia, onde refaz os passos de Cirilo. O matador, foragido desde 2012, está hoje com 75 anos e é o mais velho na lista de procurados da Interpol - Organização Internacional de Polícia Criminal.
“Acredita-se que ele possa estar escondido lá...”, diz Thais sobre a viagem à Bahia. A jornalista conversou com autoridades locais que até hoje seguem investigando o paradeiro do pistoleiro. Além disso, ela também localizou parentes do bandido e das vítimas dele.
“Cirilo Barros tem um perfil de ser um exímio atirador. É um instinto realmente de uma pessoa que tem o dom de ser criminoso, de matar”, analisa o delegado Alexandre Cunha.
À queima roupa
Na cidade baiana de Coribe, onde nasceu e chegou a ser eleito vereador, Cirilo Barros sempre teve fama de matador profissional. Até hoje a população do local fala dele com temor.
Foi lá que o atirador cometeu pelo menos três assassinatos, de um pai e seus dois filhos, na frente da mãe dos rapazes. A mulher namorava com o sobrinho de Cirilo e, numa discussão banal, ele matou o ex-marido dela e os filhos, atirando à queima roupa e fugindo em seguida.
Thais Furlan consegue localizar a irmã do fugitivo e tem uma conversa desconcertante com ela, que fala sorrindo sobre a personalidade explosiva de Cirilo. “Não tenho notícias dele, faz tempo, desde que fugiu. Era valente, se tocasse no calo dele... o revólver falava”, diz a senhora, achando graça.
Crime e fuga em Roraima
Após cometer o triplo assassinato, Cirilo Barros fugiu de Coribe rumo à Roraima. Thais Furlan segue então para Boa Vista (RR), onde ele cometeu outro crime, desta vez a mando de um empresário da região. O pistoleiro executou Francisco Mesquita, conhecido como Chico da Meta, que atuava no ramo da aviação comercial. A morte foi encomendada por Vibaldo Nogueira Bastos, concorrente de Chico nos negócios.
Desta vez houve testemunhas e Cirilo foi detido junto com o mandante. Acontece que os dois conseguiram escapar da prisão, em uma fuga cinematográfica. Vibaldo morreu ao tentar deixar o país, mas o pistoleiro fugiu para a Venezuela e nunca mais foi localizado.
Pistas do condenado foragido
Mesmo sem ser visto pela polícia há quase 12 anos, o matador foi condenado à revelia a 21 anos de prisão pelo crime cometido em Roraima. Ele passou a integrar a Divisão Vermelha da Interpol no dia 11 de maio de 2017, cinco anos após a fuga da penitenciária agrícola de Monte Cristo.
A repórter da série refaz o percurso feito por Cirilo até a fronteira com a Venezuela, em busca de pistas que possam levar ao criminoso. Durante a reportagem, a equipe do Doc Investigação descobre que o matador esteve recentemente em Brasília, e já não se preocupa mais em esconder os sinais que deixa por onde passa.
Ainda que foragido, Cirilo faz sua declaração anual de imposto de renda. Ele também esteve em uma consulta médica, em uma clínica em Brasília, mas a polícia não consegue colocar as mãos no pistoleiro.
Advogado do matador
Thais consegue um encontro com o advogado do criminoso, que entre outras revelações fala o que acha que se passa na cabeça de seu cliente. “A essa altura, eu acho que ele deve ter feito a opção dele, né? Qual o melhor? Morrer na cadeia ou passar o resto dessa existência que Deus lhe concedeu assim, fugindo,” opina o advogado de Cirilo, Jeremias de França e Silva.
Este 11º episódio do Doc Investigação, o penúltimo da série true crime, estará disponível no PlayPlus a partir de domingo (10/03). Os outros dez primeiros casos abordados na produção também podem ser acessados no streaming da RECORD. E na próxima semana, para fechar esta temporada, a história contada será a de Gil Rugai, condenado pela morte do pai e da madrasta, crime ocorrido em 2004, em São Paulo.