Narrativas Negras Não Contadas entra em fase final com apresentação de dez projetos de curtas documentais
Narrativas Negras Não Contadas – Black Brazil Unspoken, programa da plataforma de Diversidade, Equidade e Inclusão da empresa – WBD Access, chega em fase final, com dez projetos de curtas documentais, após três meses de ciclo formativo remunerado com a participação de profissionais negros renomados no mercado, como Emílio Domingues, Everlane Moraes e mentoria da diretora, produtora e roteirista, Chica Andrade.
O programa, desenvolvido em parceria com a WIP Ventures - gestora de propriedades intelectuais e desenvolvedora de negócios no entretenimento - tem como objetivo gerar acesso e desenvolvimento para roteiristas e diretores da comunidade negra, que terão suas histórias produzidas e veiculadas nas plataformas da empresa. Esta é a primeira edição do programa fora do Reino Unido, onde já foram realizadas duas edições. WBD Access atua através de programas de desenvolvimento e mentoria, gerando oportunidades e exposição na mídia, operando como um poderoso canal que conecta talentos de grupos subrepresentados aos nossos conteúdos e marcas.
“É uma grande honra estar envolvida em um programa como esse, que tem um propósito tão importante de representatividade e gerar oportunidades reais para que esse profissionais de fato contem as suas histórias, do seu próprio ponto de vista”, comenta Adriana Cechetti, Diretora de Conteúdo de Produções de Não-Ficção da Warner Bros. Discovery para o Brasil, que teve a chance de conversar com os participantes durante o ciclo formativo sobre o que torna uma produção de não-ficção incrível para a WBD. “Estamos muito animados com o resultado desses projetos, cada um com uma identidade e narrativa muito forte.”
A Warner Bros Discovery selecionará ao menos três curtas documentais dentre os dez projetos apresentados, que serão desenvolvidos, produzidos e lançados pela companhia ainda em 2024. Conheça abaixo os 10 participantes do programa:
- André Sandino: é cineasta com formação cineclubista. Iniciou seus estudos na área audiovisual em 2004 através de cursos livres e escolas populares de audiovisual como o Cine Maneiro no Rio de Janeiro. O carioca já participou em diferentes funções de diversos filmes de curta metragem, três filmes de longa-metragem, além de séries para a Web. Também co fundou e coordenou diferentes cineclubes, além de participar ativamente da Associação de cineclubes do Rio de Janeiro, Ascine-RJ e do Conselho Nacional de cineclubes, CNC.
- Carol Rocha: é diretora nascida em uma favela da zona leste de São Paulo. Mulher negra e queer, está desde 2016 no audiovisual e passou pelos cursos de direção e roteiro na academia internacional de cinema. Em 2018, co-fundou a produtora PUJANÇA, que trabalhou apenas com profissionais negres e LGBTs, e no mesmo ano fez seu primeiro trabalho internacional, fruto de um convite para registrar Camila Pitanga, Djamila Ribeiro e Nátaly Neri refazendo os passos de Mandela, na África do Sul. Mais recentemente, roteirizou e dirigiu um filme documental para a Disney, com 5 artistas brasileiros recriando 5 personagens negros da Marvel.
- Danielle Valentim: é mestre em Ciências das Artes e da Comunicação pela Universidade de Oldenburgo (Alemanha) e iniciou sua carreira trabalhando em emissoras de televisão como a TVU (Recife) e o canal alemão NDR. Há cerca de dez anos tem se dedicado aos setores executivo e financeiro de mostras de cinemas e de filmes de curta e longa metragem. Em 2020, lançou o curta experimental “Carta ao Mar” e em 2023 a série de interprogramas “Pretas de História”, exibidos nas TVs públicas de Pernambuco.
- Day Rodrigues: Diretora, roteirista, pesquisador audiovisual e professor multidisciplinar. Entre 2022 e 2023, foi coordenadora audiovisual e coordenadora de formação pedagógica do Curso Multimídia do Geledés – Instituto da Mulher Negra. Produziu, escreveu e dirigiu o documentário "O Corpo da Terra" (2023), exibido na 18ª Mostra Internazionale di Architettura: Laboratório do Futuro, como parte da exposição "Terra" (Pavilhão do Brasil). Também fez parte da equipe de direção das séries “O Enigma da Energia Escura” (Lab Fantasma), criada por Emicida e Evandro Fióti e finalista do Festival de Cinema de Nova York 2022 – e “Quebrando o Tabu” (Spray Filmes).
- Laís Ribeiro: é produtora, diretora estreante e advogada, vinda do Sapopemba, zona leste de São Paulo. Atua em projetos com grandes players e também desenvolve e fortalece diversos projetos audiovisuais autorais e independentes. Foi selecionada pelo PROAC/2023 para direção de seu curta Atelier, sobre um dos primeiros estúdios de rap do país e também foi selecionada pela Aldir Blanc/2021 para desenvolver Nuances, sobre miscigenação racial. Esteve na produção da série documental "Sócrates", dirigida por Walter Salles, com produção de Rodrigo Teixeira e também atuou na produção dos longas-metragens "Dystopia" e "Pai pátria", da diretora Petra Costa.
- Larissa Nepomuceno: é Pesquisadora Cinematográfica, Roteirista e Documentarista. Membra da APAN, formada em Cinema pelo Centro Europeu, em Artes Visuais pela UFPR e Mestre em Educação pela UFPR. Dirigiu os premiados "Megg - A Margem que Migra para o Centro" (2018) (Festival Guarnicê de Cinema), e "Seremos Ouvidas" (2020) (10+ Favoritos do Público - Festival de Curtas de São Paulo). Dirigiu “Emerenciana”(2023) (18º Fest Aruanda). Atuou como Diretora Assistente no longa-metragem "Nem Toda História de Amor Acaba em Morte" (em finalização). Foi semifinalista do Prêmio Cabíria de Roteiro - Categoria Série de Não Ficção com o roteiro do episódio piloto da série documental Seremos Ouvidas, prestou Consultoria no Lab de Projetos Documentais - VII ROTA Festival de Roteiro Audiovisual de 2023 e atualmente está desenvolvendo seu primeiro longa-metragem.
- Luciana Oliveira: graduada em Com. Social Hab. Audiovisual, Mestra em Cinema e Narrativas Sociais e doutoranda em Sociologia pela Universidade Federal de Sergipe.É co-idealizadora e diretora geral da EGBE - Mostra de Cinema Negro e cineclubista no Cineclube Candeeiro. Faz parte da Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro (APAN), integra o Fórum Permanente Audiovisual Sergipe e é sócia na Rolimã Filmes, onde atua como diretora e figurinista. Dirigiu os curtas-metragens "O corpo é meu" (2014), "Puerpério" (2021), "A mulher que me tornei" (2021), e "Espelho" (2022).
- Rayane Teles: “catingueira” do interior da Bahia e formada em Cinema e Audiovisual pela UESB e Mestre em Roteiro pela EICTV (Cuba). Escreveu e dirigiu o curta-metragem de ficção “O ovo”, que foi exibido em festivais Nacionais e Internacionais, como: Competitiva Nacional do XVIII Panorama Internacional Coisa de Cinema e 44° Durban International Film Festival, (África do Sul) e também dirigiu e co-escreveu o curta documental "Pinote", com passagens por alguns festivais. Atualmente faz parte da Rede Paradiso de Talentos, além de ser associada da ABRA e APAN.
- Robson Dias: começou sua jornada no setor audiovisual no Brasil como cameraman no jornalismo esportivo e editor de documentários. Após concluir o curso de Cinema pela PUC-Rio de Janeiro trabalhou alguns anos para as grandes produtoras cariocas como: Rio Cinema Digital, Grupo sal e Conspiração Filmes. Desde 2009, dirige seus próprios curtas-metragens, incluindo Pra Ingles Ver, que foi selecionado em diversos festivais. Atualmente, Robson é um dos diretores do projeto Eu Ouvi o Chamado do Manto, que retrata o retorno dos mantos tupinambá mantidos na Europa. Dirige o documentário Favela Tour, apoiado pelo edital de escrita e desenvolvimento do governo francês.
- William Souza: é um jovem diretor criativo e fotógrafo-filmmaker. Nos últimos anos tem se dedicado à colaboração em projetos de audiovisual voltados à música, cultura e documentários musicais. Colaborou com vários artistas, como Mariana Aydar, Rachel Reis, Luiz Lins, Barro, Shevchenko e Elloco, Martins, entre outros. Trabalhou em projetos notáveis, como o documentário do festival recifense Recbeat e o mini-doc imersivo “Cápsula de Respiração” fruto da parceria entre British Council e Oi Futuro.