Trailer oficial: https://www.youtube.com/watch?v=IcSpuXF-8M8
Todos Nós Desconhecidos já está disponível nos cinemas! Produzido pela Searchlight Pictures, o filme acompanha Adam (Andrew Scott), um escritor que leva uma vida pacata e monótona em Londres. Após um encontro casual com seu misterioso vizinho Harry (Paul Mescal), ele acaba tendo seu ritmo cotidiano balançado e se vê perdido. À medida que os dois se aproximam, Adam é levado de volta à casa de sua infância, onde descobre que seus pais falecidos (Claire Foy e Jamie Bell) estão vivos e parecem ter a mesma idade do dia em que morreram, há mais de trinta anos.
Escrita e dirigida por Andrew Haigh, a produção mostra como o amor pode curar até mesmo as feridas mais profundas. Confira, abaixo, um pouco mais dos temas retratados em Todos Nós Desconhecidos.
O luto que carregamos
Em uma noite de Natal, os pais de Adam saíram de casa e não voltaram mais. Quase 40 anos depois, o personagem de Andrew Scott carrega consigo o fantasma do luto, que o persegue como se já fizesse parte dele. "As memórias nos definem, elas definem o que nos tornamos, nosso caráter - tanto para o bem quanto para o mal. Mergulhei fundo nas minhas memórias de crescimento. Foi um experimento doloroso, mas catártico”, comenta Andrew Haigh, diretor do filme. Ele ainda acrescenta: "De muitas maneiras, o filme é sobre como você integra a dor emocional em sua vida. Essa dor nunca vai desaparecer, sempre vai encontrar um esconderijo, mas isso não significa que você não possa seguir em frente."
Enfim, a aceitação!
Pelo fato de perder seus pais muito cedo, Adam nunca teve a oportunidade de se conectar com eles, nem mostrar seu verdadeiro “eu”. Em Todos Nós Desconhecidos vemos o protagonista tentando recuperar o tempo perdido, contando a sua mãe e pai suas dores e anseios, e buscando a aceitação que sempre desejou. "Ele [Adam] está ansioso para ver seus pais novamente e para ser conhecido por eles. Talvez encontrá-los novamente traga conforto e um fechamento após a terrível perda”, explica Haigh.
Após alguns encontros, o personagem de Andrew Scott finalmente consegue o acolhimento que buscava, podendo, enfim, seguir em frente. "De certa forma, é tudo sobre amor e conexão. Amor familiar e amor romântico", conclui o produtor Graham Broadbent.
O amor pode curar
Com à medida que Adam e Harry se aproximam, o personagem de Scott começa a tentar se conectar com seus pais e curar feridas que o tempo ainda não fechou. Se sentindo amado pela primeira vez em anos, ele consegue se entregar para uma paixão avassaladora e pura que nunca sentiu antes. "Ver Adam e Harry se conectando parece muito autêntico, real e apaixonado. Eles gostam um do outro", explica Paul Mescal. "Ambos são fundamentalmente pessoas muito boas, mas se sentem muito isolados e o filme é essencialmente sobre encontrar conexão. Eles se conectam verdadeira em um mundo que parece impessoal ou frio.”
Já para Haigh, o filme vai muito além de uma relação à dois: "Todos nós fomos crianças e a maioria vai perder os pais primeiro. Muitos de nós seremos pais e teremos filhos que se tornarão adultos em um piscar de olhos. Muitos de nós encontraremos e perderemos e, esperançosamente, encontraremos o amor novamente, mesmo que ele não dure uma eternidade. E todos nós entendemos a complexidade e a importância dessas relações. Espero que, quando [o público] sair do cinema, sinta mais do que qualquer coisa o poder do amor".
Todos Nós Desconhecidos já está em cartaz nos cinemas.