Fernando Haddad, Raquel Landim, Débora Bergamasco e Thais Herédia. Foto: Divulgação/CNN Brasil
O ministro da Fazenda Fernando Haddad se propõe a atuar como um "mediador" para acalmar os ânimos entre governo e mercado nas polêmicas em torno de interferências em empresas como a Petrobras e a Vale. Ele também já admite encaminhar ao Congresso Nacional uma proposta de meta fiscal abaixo do superávit de 0,5% do PIB prometido para 2025. As declarações foram dadas em entrevista à CNN Brasil feita nesta terça-feira (26), no gabinete de Haddad, no Ministério da Fazenda, em Brasília. O “CNN Entrevistas – Edição Especial Fernando Haddad”, será exibido nesta quarta-feira, 27, no CNN 360º., a partir das 16h. A entrevista com Haddad foi feita pelo trio de jornalistas Raquel Landim, Thais Herédia e Débora Bergamasco.
"Eu estava distante desse debate, estou menos distante desse debate, quero fazer esse tipo de mediação. Não vejo nenhum problema em corrigir a rota quando estivermos passando uma mensagem equivocada", disse o ministro.
Haddad foi questionado pelas jornalistas Raquel Landim, Thais Heredia e Débora Bergamasco sobre episódios recentes em que o governo provocou ruídos no mercado, como a polêmica em torno da distribuição de dividendos da Petrobras e a sucessão no comando da mineradora Vale.
"O que eu e minha equipe pudermos fazer para pacificar os ânimos, esclarecer e passar mensagens construtivas e eventualmente corrigir rota, é obrigação do Ministério da Fazenda", afirmou.
Meta fiscal abaixo do superávit de 0,5% do PIB
Durante a conversa, o ministro também abordou questões referentes à política fiscal. De acordo com ele, será encaminhada ao Congresso Nacional uma proposta de meta fiscal abaixo do superávit de 0,5% do PIB prometido para o ano que vem.
Haddad citou a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia e de municípios, o futuro do Perse (programa para o setor de eventos), as compensações tributárias e julgamentos em tribunais superiores como elementos que podem mudar a trajetória das contas públicas em 2024 e em 2025.
"As pessoas imaginam que o resultado primário depende só do Executivo. Isso é um erro", argumentou o ministro.
Serviço
CNN Entrevistas – Especial Fernando Haddad
CNN 360º, quarta-feira, 27, a partir das 16h.
Reapresentação às 23h30 e no sábado,30, às 18h30