Carreira de sucesso, inspirações, amizade com Marília Mendonça, saudades de Cristiano Araújo, desejos para o futuro, relacionamento atual... Felipe Araújo abre o jogo no Pod Pai Pod Filho
(Foto: Divulgação/SBT)
Um dos cantores de maior sucesso da nova geração da música sertaneja, Felipe Araújo vai abrir o jogo e contar sobre a sua trajetória em entrevista a Téo José e Alê no Pod Pai Pod Filho desta segunda-feira, 5 de fevereiro,
Vindo de uma família de músicos, Felipe Araújo conta que desde muito cedo teve contato com o universo musical, primeiro em bandas de rock, depois compondo, aos 14 anos e, aos 15, formando sua primeira dupla, com João Pedro, quando lançou o hit ‘Arrocha com Tequila’, que estourou em Goiânia.
Destaque no cenário sertanejo, o cantor relembra o início da carreira, seus sucessos que estouraram em todo o Brasil, sua relação de amizade com Marília Mendonça, o irmão Cristiano Araújo e muito mais.
Confira abaixo algumas declarações de Felipe Araújo:
Paixão pela música sertaneja
“Sou apaixonado pela música sertaneja. Para mim, tem a cara do Brasil. Gosto de outros estilos também, como rock e pagode. Um pouco de tudo, mas o sertanejo sempre foi o meu preferido”.
Música mais marcante da carreira
“Atrasadinha tem números mais expressivos, mas, se a gente pegar o momento que lancei a Mala é Falsa, foi a minha primeira música de trabalho que o Brasil inteiro conheceu. Já tinha trabalhado muitas outras, mas nenhuma tinha estourado a nível de Brasil. Ela me fez ser conhecido e me fez sentir pela primeira vez a experiência e a sensação de ver todos cantando uma música minha”.
Primeiro DVD com vários convidados
“Foi muito importante esse projeto. Nele já tive a participação do Henrique & Juliano, Jorge & Matheus, Zezé Di Camargo & Luciano, que são os meus maiores ídolos na música sertaneja. O Leonardo, Simone e Simaria... Aquele DVD foi maravilhoso, muito especial para mim e me trouxe muitos presentes”.
Talento de Marília Mendonça
“A Marília foi um grande fenômeno. Com certeza, ela é a maior artista mulher que a gente tem na nossa música sertaneja”.
“Me recordo da primeira vez que eu ouvi a voz da Marília. A gente era da mesma idade, acho que ela era 20 dias mais nova do que eu. Meu irmão era muito fã dela. Ela era compositora de vários hits e tinha só 16 anos. A gente ouvia as músicas que ela mandava e era algo surreal. A gente arrepiava e ela nem tinha lançado carreira como cantora e a gente falava: ‘Que talento que essa menina tem’. O Cristiano ia montar os repertórios e eu ajudava muito. A gente só queria ouvir as músicas da Marília, como a ‘É Com ela que eu Estou’, que o Cristiano gravou. Ela compôs nessa época várias músicas para o João Neto & Frederico, Henrique & Juliano, Jorge & Matheus... Na voz da Marília, qualquer coisa ficava boa”.
Grande amizade com Marília Mendonça
“Ela sempre foi incrível. Conforme foi amadurecendo, foi ficando cada vez melhor. A gente tinha um convívio muito legal. Uma grande amiga que eu fiz nessa vida e que vai ser minha amiga para sempre. Hoje, tenho um baita relacionamento com a mãe e o irmão dela. São pessoas que eu respeito, admiro e gosto demais. O Murilo (Huff) também”.
Morte do irmão Cristiano Araújo
“Estava em Goiânia. Tinha show no Alabama, que, para quem não conhece, é um bar aqui em Goiânia. Tive show na mesma noite. Por isso não fui para Itumbiara. Em junho, era São João no Nordeste e ele estava o mês todo lá. Esse era o único show que ele iria fazer aqui. Fez em Salvador na noite anterior, veio pra Itumbiara e iria voltar para Caruaru em Pernambuco. Ele estava voltando mais rápido porque queria aproveitar um tempo para ficar com os filhos antes de voltar para o Nordeste e foi quando aconteceu o que aconteceu”.
“Terminei meu show por volta das 2h da manhã, fui para casa dormir e umas 4h30 começam a me ligar para falar que o Cristiano tinha sofrido um acidente. Tomei um banho rapidão, fui para o hospital esperar e até 7h não tínhamos noção do que estava acontecendo. Só tivemos quando o helicóptero chegou com ele. Dali para frente, vivi as piores experiências da minha vida naquele dia. Coisas que não gosto nem de lembrar. Eu meio que deletei da minha cabeça, minha própria mente deletou”.
Local do velório
“Nunca mais eu fui lá no Oscar Niemeyer. Sou apaixonado por cinema e tem até uma sala nova lá, que todos dizem que é a melhor de Goiânia e eu nunca nem fui. Não consigo”.
Pensou em parar a carreira após a morte do irmão?
“Não. O Cristiano sentia muito orgulho de mim. Sempre que estávamos juntos ele mostrava para a galera as músicas que eu estava compondo na época... Ele gravou algumas delas no último DVD lá em Cuiabá. Sempre quis continuar, tanto por mim, mas por saber que ele queria isso para a minha vida e pela minha família toda. A música foi muito importante para gente nesse processo. Todos os shows, o público e os fãs que fomos criando por todo o Brasil e que nos apoiam até hoje. Se não fosse tudo isso que tem acontecido na minha vida e da minha família, estaríamos passando por problemas psicológicos”.
Críticas a ele e Murilo Huff
“Tanto eu quanto ele (Murilo), tentamos fazer o nosso trabalho sem vincular de nenhuma forma com o que aconteceu. A história do Murilo está sendo tão bem escrita, ele está conquistando tantas coisas, justamente por isso. Ele nunca precisou e nem quis se aproveitar de nada, assim como eu. Só quis fazer o meu trabalho, assim como antes disso tudo acontecer”.
“Algumas pessoas, com maldade, julgam e falam que nos aproveitamos dessa situação para nos tornarmos o que nos tornamos, mas, na verdade, não. Já fazíamos isso há muito tempo. Ninguém conhece ou lembra das vezes que tocávamos nos bares. Hoje, vendo onde ele está chegando, é motivo de orgulho. Inclusive, nossos filhos são amigos. São pessoas que eu amo demais e tenho certeza de que a Marília, onde quer que esteja, está muito feliz com tudo o que tem acontecido, assim como o Cristiano também”.
Como quer estar e ser lembrado no futuro
“Fico vendo toda a história do Zezé Di Camargo & Luciano, Leonardo, Daniel, Chitãozinho & Chororó... Esses caras, no começo, estavam na luta que a gente do novo sertanejo está hoje. Fico vendo quantas pessoas eles influenciaram e inspiraram. Sou uma pessoa totalmente inspirada em Zezé Di Camargo & Luciano e Leandro & Leonardo. Se eles não existissem, com certeza, eu e o Cris não teríamos sido cantores. Começamos a gostar mesmo do sertanejo por conta dos CDs do Zezé Di Camargo & Luciano, por exemplo”.
“Meu sonho é daqui 20 ou 30 anos poder olhar para trás e ver que inspirei outras pessoas como eles me inspiraram, perceber que fiz algo importante para a música sertaneja e brasileira”.
Atual relacionamento
“Nos conhecemos há dois anos e meio e namoramos há dois. A Lara é uma pessoa que tem uma cabeça muito boa. A família dela é muito legal, incrível. É uma menina muto bem-criada e me acompanha na maioria dos lugares que eu vou. Tomara que dê certo para gente ficar junto”.
O podcast completo com o Felipe Araújo estará disponível no YouTube do SBT Sports e no próprio canal do “Pod Pai Pod Filho” a partir das 19h (de Brasília) desta segunda-feira (5).