A diretora da série, Paola Vieira, que também atua como co-roteirista e narradora, explica: “Lembrar o que existiu é um processo muito semelhante ao de imaginar o que não existiu ou o que não presenciamos. A memória arquiva junto, na mesma gaveta. Assim, as coisas imaginadas acabam se misturando às coisas vividas, porque na lembrança tudo tem uma textura parecida”.
O episódio na série faz a passagem entre memória individual e coletiva e da via de mão dupla entre ambas, muitas vezes indistinguíveis. E trata ainda das formas construção do imaginário coletivo — compartilhado entre familiares, conterrâneos e demais grupos. “A memória compartilhada coletivamente em cantos, em danças, em narrativas, oralidade é o que sustentou pequenas sociedades espalhadas pelo mundo afora, que nunca tiveram museus”, analisa o filósofo indígena Ailton Krenak, que completa com um oportuno gracejo: “Nós e os museus vamos todos virar pó. Já dizia a minha avó”.
A série conta com 13 episódios. Além de “Memória e Imaginação”, os outros capítulos discutem os seguintes temas: “As Primeiras Memórias”; “O Funcionamento da Memória”; “Memórias e Traumas”; “Memória e Oralidade”; “Memória dos Saberes e Fazeres”; “Memórias das Artes Visuais”; “Memória e História”; “Memórias Oficiais”; “Memórias Audiovisuais”; “Memórias Digitais”; “Os Apagamentos de Memória” e “O Labirinto da Memória”.
“A Persistência da Memória” é uma produção da Luni Áudio e Vídeo, a partir de um argumento de Bráulio Tavares, viabilizada pelo Curta! através do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). A série também pode ser assistida no CurtaOn – Clube de Documentários, streaming disponível no Prime Video Channels — da Amazon —, na Claro TV+ e no site oficial da plataforma. A estreia do episódio no Curta! é no dia temático Quintas do Pensamento, 15 de fevereiro, às 23h30.
Carnaval no Curta!: ‘Damas do Samba’ traz Beth Carvalho, Dona Ivone Lara e Alcione
Na segunda-feira de carnaval, o Curta! exibe o documentário "Damas do Samba", de Susanna Lira, sobre a participação feminina na história e na configuração atual desse gênero musical — um dos mais ouvidos durante os dias de folia. O longa retoma as origens do samba e relembra Tia Ciata. Sua casa, localizada na área conhecida como Pequena África, no Rio de Janeiro, foi palco das primeiras rodas de samba da cidade.
Com imagens de arquivo, entrevistas e muita música, o documentário conta histórias de cantoras e compositoras como Dona Ivone Lara, Clara Nunes, Leci Brandão, Jovelina Pérola Negra, Beth Carvalho, Clementina de Jesus e Alcione. O filme mostra também a importância das mulheres sambistas para o próprio carnaval, seja como cantoras, compositoras, passistas, bailarinas, musas ou operárias.
“Damas do Samba”, da Modo Operante Produções, pode ser assistida também no CurtaOn – Clube de Documentários, disponível no Prime Video Channels — da Amazon — na Claro TV+ e no site oficial da plataforma. A exibição no Curta! é no dia temático Segundas da Música, 12 de fevereiro, às 22h30.
Segundas da Música – 12/02
22h30 – “Damas do Samba” (Documentário)
O filme provoca uma reflexão sobre o papel da mulher no samba. Mulheres que são pastoras, compositoras, passistas, musas, tias, intérpretes e muitas outras mulheres que fazem parte da construção de uma identidade nacional mestiça. Uma retrospectiva do samba ao longo da história com enfoque no papel das mulheres em sua construção e composição. Direção: Susanna Lira. Duração: 75 min. Classificação: A 10 anos. Horários alternativos: 13 de fevereiro, terça-feira, às 02h30 e às 16h30; 14 de fevereiro, quarta-feira, às 10h30; 17 de fevereiro, sábado, às 22h30; 18 de fevereiro, domingo, às 16h20.
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Terças das Artes – 13/02
22h20 – "Bernardes” (Documentário)
Com narrativa não linear, o filme aborda de forma contundente a polêmica vida profissional e familiar do arquiteto, urbanista, designer, escritor, poeta e inventor Sergio Bernardes. Um homem de personalidade afiada e corajosamente inventiva, questionadora e extremamente bem-humorada. Diretores: Gustavo Gama Rodrigues e Paulo de Barros. Duração: 85 min. Classificação: Livre. Horários alternativos: 14 de fevereiro, quarta-feira, às 2h20 e às 16h20; 15 de fevereiro, quinta-feira, às 10h20.
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Quartas de Cena e Cinema – 14/02
21h20 – “Moto Contínuo — Uma Imersão na São Paulo Companhia de Dança” (Documentário)
Quanta musculatura física e emocional é necessária para um corpo flutuar? Inês Bogéa, diretora artística da São Paulo Cia. de Dança, e sua equipe trabalham para compreender e realizar o que é o balé em todas as suas possibilidades. Do clássico ao contemporâneo, a companhia se adapta e evolui a cada montagem com diferentes coreógrafos e suas distintas linguagens. Entre salas de ensaio, palcos e bastidores, o documentário apresenta depoimentos das múltiplas vozes que constroem o corpo de uma companhia disposta a superar até uma pandemia para se manter em movimento. Duração: 88 min. Classificação: Livre. Horários alternativos: 15 de fevereiro, quarta-feira, às 01h20 e às 15h20; 16 de fevereiro, quinta-feira, às 9h20; 17 de fevereiro, sábado, às 14h20.
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Quintas do Pensamento – 15/02
23h30 – “A Persistência da Memória” (Série) – Ep.: “Memória e Imaginação” – INÉDITO
Falsas memórias, lembranças imaginadas. Lembranças reinterpretadas na vida adulta. A imaginação ajuda a costurar (inventar) memórias pessoais, coletivas e sociais. A cultura e a dificuldade de separar memórias individuais e coletivas (o dentro e o fora). O componente inventivo da imaginação presente em toda e qualquer memória (costuras narrativas). Direção: Paola Vieira. Duração: 26 min. Classificação: A Livre. Horários alternativos: 16 de fevereiro, sexta-feira, às 3h30 e às 17h30; 17 de fevereiro, sábado, às 20h30; 18 de fevereiro, domingo, às 12h.
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Sextas de História e Sociedade – 16/02
21h – “Ôrí” (Documentário)
“Ôrí” documenta os movimentos negros brasileiros entre 1977 e 1988, passando pela relação entre Brasil e África. O filme enfoca o quilombo como ideia central de um contínuo histórico e apresenta, como fio condutor, a história pessoal de Beatriz Nascimento, historiadora e militante negra, falecida prematuramente no Rio de Janeiro, em 1995. Diretor: Raquel Gerber. Duração: 93min. Classificação: Livre. Horários alternativos: 17 de fevereiro, sábado, às 1h; 18 de fevereiro, domingo, às 14h30; 19 de fevereiro, segunda-feira, às 15h.
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Sábado – 17/02
21h – “Viagem Através do Cinema Francês” (Série) - Episódio: “O Cinema sob a Ocupação Alemã” - INÉDITO
Nesta série, o cineasta Bertrand Tavernier investiga os grandes diretores, atores, roteiristas e diretores de fotografia do cinema francês. Neste episódio, vemos o espírito de resistência e a imigração de novos diretores, forçados a deixarem seus países por motivos políticos: Victor Tourjanski, Robert Siodmak, Jean-Paul Le Chanois, Albert Valentin e André Cayatte. Direção: Bertrand Tavernier. Duração: 52 min. Classificação: 10 anos. Horários alternativos: 18 de fevereiro, domingo, às 12h30.
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Domingo – 18/02
21h30 – “Todas as Melodias” (Documentário)
Luiz Melodia tinha música até no nome. Nasceu no Rio de Janeiro, mais precisamente no Morro de São Carlos, no Estácio, no dia 7 de janeiro de 1951. Apesar de ter crescido no meio do samba, não era um sambista. Não rejeitou suas origens musicais, mas foi além. Assimilou uma musicalidade que absorvia vários estilos e criou uma forma muito particular de composição. O filme tem o ritmo e a força de sua poesia urbana. Através de shows memoráveis, entrevistas com pessoas importantes na vida do músico e contando com a participação do biografado de forma espontânea, apresenta a trajetória deste artista que carregava um estilo inquieto, elegante, sofisticado e carismático. Direção: Marco Abujamra Duração: 90 min. Classificação: Livre.
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Reviewed by Pablo
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fevereiro 08, 2024
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