“Só tenho um vício, o Sport Club Corinthians Paulista”, Mano Língua conta loucuras que já fez pelo Timão em entrevista ao Pod Pai Pod Filho
(Foto: Lourival Ribeiro/SBT)
Seu nome de batismo é Rodrigo Parente, mas todos o conhecem como Mano Língua, o fanático torcedor do Corinthians, que faz jus a música entoada nas arquibancadas pela Fiel, “Aqui tem um bando de loucos”. Nesta segunda-feira (30) ele vai estar no Pod Pai Pod Filho, ao lado dos apresentadores Téo José e Alessandro, para contar algumas das loucuras que já fez pelo Timão.
“Nunca usei droga. Só tenho um vício, o Sport Club Corinthians Paulista”, conta.
Nascido em Ribeirão Preto, Mano Língua vive há muitos anos no Rio de Janeiro. Se mudou para tentar a vida artística, mas acabou indo para outro ramo. Vendia cachorro-quente nas ruas, quando começou a aprender a fazer sushi observando as pessoas trabalhando em um restaurante japonês. Com o tempo, abriu um delivery em sua casa mesmo e, em seguida, um restaurante na Tijuca. Na pandemia, porém, o empreendimento acabou quebrando.
“Minha vida sempre foi de altos e baixos. Ganhava de um lado e perdia de outro, seguindo o Corinthians. Com a pandemia, tiraram a empresa que estava no Maracanã, infelizmente eu saí e quebrou o meu restaurante também. Fui para o fundo do poço”, afirma.
“Me arrepia. Ainda na pandemia, meu filho, com 13 anos, falou para focarmos no delivery. Em casa, no Morro dos Prazeres, fiz um bar só para corintianos verem os jogos. Levei os meus funcionários para trabalhar lá, porque tive que vender o ponto do meu restaurante. Eu, minha mulher, minha filha e meu filho comigo saímos panfletando e o delivery bombou... Fiquei devendo 520 mil na pandemia, hoje devo estar devendo menos de 100 mil e continuo pagando. Só não acabei de pagar por causa desse meu vício”, acrescenta.
Há décadas, Mano Língua viaja de moto ou do que for possível para acompanhar o Corinthians. Neste ano, por exemplo, percorreu cerca de 10 mil quilômetros para assistir o Timão contra o Independiente del Valle, no Equador. O clube alvinegro, inclusive, se sensibilizou com a história e tentou viabilizar de alguma forma o seu retorno, mas ele não aceitou.
“Foi até bom você tocar nesse assunto. Hoje, estou até evitando ficar na arquibancada. Em Fortaleza, já vieram dois em cima de mim. Eu não falo mal da diretoria nos meus vídeos. Fiz amizade com muita gente. Frequente o Parque São Jorge e tomo cerveja com um e outro. Quando estava na estrada, indo para o Equador, o Duílio me mandou mensagem perguntando se precisava de algo. Nunca pedi ajuda para diretor nenhum. Ganhei dois ingressos do Corinthians na minha vida porque não consegui comprar, postei e o Duílio disse que iria me dar e da outra vez foi o Wagnão (vice-presidente), mas nunca fui de pedir nada. Ganhei uma camisa do Alessandro e do Duílio, mas deram de boa vontade. Muitos acham que eu recebo algum dinheiro da diretoria. Se eu te mostrar a minha conta, vivo negativo pelo vício que tenho de ir atrás do Corinthians. A maioria entende, mas tem torcedor que não”, lamenta.
“Você acha que eu estou satisfeito com a diretoria? Não estou! Eles erraram demais.... Mas, como pessoa, (o Duílio) é um belo de um ser humano. Ouve todo mundo, aceita as opiniões, mas vive errando”, completa.
Apesar do fanatismo, Mano Língua diz ter poucos jogadores como ídolos. “Nunca fui de idolatrar jogador. Só o Sócrates, porque a gente bebia cerveja junto em Ribeirão, e o Sheik, que comeu meu sushi algumas vezes lá no Rio e sou apaixonado por ele. Aquela camisa dele toda suja, aquilo representa a raça que poucos jogadores têm”, finaliza.
Essas e muitas outras histórias malucas de Mano Língua poderão ser conferidas no YouTube do SBT Sports e no próprio canal do “Pod Pai Pod Filho” a partir das 19h (de Brasília) desta segunda-feira (30).