Irmãos Rodrigo e Felipe Simas entram em cena em ‘As Aventuras de José & Durval’, série original do Globoplay

Foto: Aline Arruda

Depois de conhecer um pouco da infância de Chitãozinho & Xororó, interpretados nos três primeiros episódios de ‘As Aventuras de José & Durval’, série Original Globoplay, por Pedro Tirolli e Pedro Lucas, é a vez de o público conferir Rodrigo Simas e Felipe Simas em cena. A partir de hoje, 25 de agosto, começa a fase adulta da produção dramatúrgica, carregada de hits da famosa dupla e mesclando emoção e diversão. A cada semana, até 22 de setembro, toda sexta tem episódio inédito no streaming da Globo. Rodrigo Simas é José/Chitãozinho, enquanto Felipe Simas dá vida a Durval/Xororó. “Nós não conhecíamos a história deles. Quando pegamos o roteiro, passamos a entender o contexto em que viveram, as dificuldades e superações. Não fazíamos ideia do que tinham passado para chegar aonde chegaram”, analisa Felipe sobre a trajetória dos músicos. Sobre fazerem essa dobradinha como irmãos também na ficção, Rodrigo destaca como a intimidade deles contribuiu para a trama e construção dos personagens. “Essa nossa cumplicidade da irmandade é refletida em cena, levamos isso para vivenciar a história deles. Foi uma experiência única, que vamos levar para o resto da vida. Como irmãos, como atores, como artistas”. E não foram só as memórias afetivas que ficaram guardadas das gravações, os Simas levaram com eles objetos que usaram em cena e têm um significado para lá de especial. Em entrevista, contam ainda quais os momentos mais marcantes do processo, a conexão que tiveram com Pedro Tirolli e Pedro Lucas e como foi a sensação ao descobrirem que interpretariam Chitãozinho & Xororó. Original Globoplay em parceria com a TV Globo e produção da O2 Filmes, 'As Aventuras de José & Durval' também conta com Andréia Horta, Marco Ricca, Màrjorie Gêrardi, Larissa Ferrara, Augusto Madeira, Thiago Brianti, entre outros. A série tem produção de Andrea Barata Ribeiro e Bel Berlinck, direção geral de Hugo Prata e direção de episódios de Hugo Prata e Kitty Bertazzi. Os roteiros são de Duda de Almeida, Dan Rosseto, Diogo Leite e Rafael Lessa, que assina como roteirista-chefe. Entrevista com Rodrigo Simas e Felipe Simas Como você descreve a série ‘As Aventuras de José & Durval’?      Rodrigo Simas: A série conta a história da dupla Chitãozinho & Xororó, sob um ponto de vista que muitas pessoas não conhecem ainda. É uma série que fala de amor, de relação entre os irmãos, com os pais, com a família. Fala muito de determinação e tenho certeza de que vai emocionar e divertir. Qual a importância da representação da vida de Chitãozinho & Xororó na dramaturgia?     Felipe Simas: Nós não conhecíamos a história deles. Quando pegamos o roteiro, passamos a entender o contexto em que viveram, as dificuldades e superações. Não fazíamos ideia do que tinham passado para chegar aonde chegaram. É uma série que também carrega uma mensagem de esperança, de dedicação com o seu sonho. Todo mundo que tiver um sonho e observar tudo o que eles fizeram durante sua trajetória, com certeza vai ser inspirado a não desistir. Qual foi sua reação ao descobrir que interpretariam a dupla?     Rodrigo Simas: Eu e Felipe ficamos emocionados, empolgados, cheios de gratidão. Acho que era uma vontade muito grande nossa de trabalharmos juntos. Se alguém me falasse há alguns anos que eu faria o Chitãozinho e, o Felipe, o Xororó, nunca acreditaríamos. Essa nossa cumplicidade da irmandade é refletida em cena, levamos isso para vivenciar a história deles. Foi uma experiência única, que vamos levar para o resto da vida. Como irmãos, como atores, como artistas. E como o fato de serem irmãos contribuiu para a construção dos personagens?    Felipe Simas: Trabalhar com o Rodrigo sempre foi o lugar mais seguro com relação ao projeto. Estar junto com o meu irmão nessa série me trouxe muita confiança. Desde o início, prometemos que toda vez que pegássemos o roteiro, estaríamos juntos, para entendermos, sentirmos e nos olharmos. Me lembro quando o Rodrigo assistiu a todos os episódios e me contou que sentiu que estávamos muito conectados. Ouvindo isso, entendi todo o processo que passamos e vivemos. Às vezes, nem parecia que estávamos em cena. Ficávamos 24 horas por dia juntos, tudo o que vivemos fez parte do processo de criação. Temos linhas artísticas enraizadas no mesmo lugar, com vertentes diferentes, cada um foi por um caminho, pela sua escolha. Só que nos reconhecemos muito pelo olhar, pelo toque, pelo abraço, pela respiração, pela fala. Vocês identificam semelhanças entre a família de vocês e a de José e Durval?     Felipe Simas: Acredito que são muitas as semelhanças entre as famílias Chitão e Xororó, José e Durval e a nossa família. Paramos para pensar naquela roda de violada, o pai (Mário) tocando violão, sendo o líder da roda. Lembramos da nossa roda de capoeira. Nosso pai (Beto Simas) formava uma roda, tudo bem que não era de violão, era berimbau, mas existia aquela energia. O círculo não permite que a energia trave, ela é quase um ciclo, é fluído. Vocês interpretam Chitãozinho & Xororó na fase adulta e não chegaram a contracenar com Pedro Tirolli e Pedro Lucas, os atores que revivem a infância da dupla. Teve troca entre vocês?     Rodrigo Simas: Eles são demais. Desde o primeiro encontro que tivemos com eles, sentimos como é impactante sua arte, a musicalidade que eles têm. E quando nos encontrávamos, literalmente, conseguíamos nos reconhecer neles. Essa conexão fez toda a diferença. Quando eu ia fazer alguma cena com lembrança do passado, já imaginava os dois fazendo. E são características parecidas também de personalidade, não só fisicamente. Guardaram algum objeto de lembrança das gravações?    Felipe Simas: Eu guardei dois pedaços de aplique, de uma cena de briga que fizemos. Me lembro que nos embolamos na lama e, no fim do dia, fomos para a caracterização, começaram a tentar desfazer o nó. Tentaram, tiraram vários apliques e sobraram dois completamente embolados. Achei significativo, cortei e guardei.      Rodrigo Simas: Também tenho a nossa paleta do dia em que tocamos “Evidências” em uma das cenas. É outra lembrança que vamos guardar para sempre, foi um dia muito especial. É um hino do Brasil e estávamos ali cantando. Olha a responsabilidade e o privilégio que tivemos nesse momento. Não tem ninguém que não cante junto quando toca essa música. Em toda essa trajetória da série, qual o momento mais marcante?    Rodrigo Simas: A série significa muito para nós. É a realização de um sonho estar representando e dando vida a uma personalidade, a um artista. Ainda mais, fazer isso ao lado do meu irmão. Foi muito especial, acho que fomos felizes e sabíamos. Nos olhávamos e, em vários momentos, tivemos picos de felicidade, que nunca mais voltarão. Mas aproveitamos e são momentos que levaremos para o resto da vida.     Felipe Simas: Foram vários momentos em que realmente nos olhamos e compartilhamos sensações que, como o Rodrigo disse, jamais serão revividas, mas jamais serão esquecidas. Com o meu irmão eu realizei um sonho que eu não sabia que tinha.