“A pressão e a convivência estavam pesando muito para mim. Então naquele momento desabei!” diz Nanda, sobre sua eliminação do Top Chef Brasil

Foto: Edu Moraes/Record TV


Nanda, representante de Porto Ferreira-SP de 26 anos, foi a eliminada desta semana do Top Chef Brasil. Depois de participar do Desafio de Eliminação em que tinha que cozinhar tapas espanholas (petiscos), ela teve o pior desempenho e deixou a competição nesta quinta-feira, 17/08.

Ela trabalha como professora de gastronomia, dando consultorias e serviços de personal chef. Formada em gastronomia desde 2017, tem pós-graduação em cozinha brasileira. Começou na área fazendo comida em casa. Abriu negócios, mas teve que fechar todos. A inspiração para entrar na gastronomia veio dos avós.

Na entrevista abaixo, a chef conta sobre sua participação e experiência no programa e analisa o que errou no prato que a eliminou.


Nanda, quando você viu que a prova seria de culinária espanhola você se desestabilizou? 

Quando eu soube que a prova era de cozinha espanhola sem dúvidas me desestabilizou, era uma cozinha que não costumo trabalhar e principalmente não tinha tanto repertório. Por mais que eu pudesse levar o boteco pelo lado brasileiro, todas as ideias que eu tinha eram muito elaboradas para fazer em 1h15. Confesso que por não saber a nomenclatura e principalmente a opção do espeto foi o que me eliminou. A hora que eu olhei para lado e vi que não necessariamente poderia ser espetinho, já era tarde demais (risos).

Você disse que já estava infeliz antes mesmo de apresentar seus pratos para os jurados. Por quê? 

Estava infeliz porque gostaria de ter cozinhado muito mais, ter mostrado muito mais minha cozinha. E ali em uma prova que teoricamente era uma cozinha de boteco, não me sai bem. Sei que poderia fazer um trampo bem melhor que aquilo, a apresentação não estava legal, e já estava mentalmente cansada. A pressão e a convivência estavam pesando muito para mim. Então aquele momento desabei.

O ponto da panceta foi o que te eliminou do Top Chef? 

Na verdade, não só o ponto em si que foi o fator crucial, mas meu receio de sempre ter que provar a minha capacidade. Fiquei com tanto receio de não voltar e talvez de não conseguir mostrar minha cozinha, que não foquei na prova e não fiz o que eu mais amo, minha cozinha raiz! Já fui para prova sem confiança, em um certo momento até achei que não entregaria meu prato, mas foram vários erros com misto de pressão. Não estava em uma vibe massa, e para mim cozinha é energia.

Se você pudesse escolher outros tipos de tapas, faria diferente?   

Se eu pudesse fazer outras tapas, sem dúvidas faria diferente sim! Mas ali na hora tudo é uma surpresa, temos que trabalhar com o que temos e usar a criatividade. Eu achava que era moleza até entrar e competir, ali todo mundo é bom, você tem que acreditar no seu trabalho e fazer sem dúvidas o melhor.

Como você define sua trajetória no Top Chef Brasil?  

Por um certo momento me senti antagonista da edição, porque não conseguia mostrar tanto meu trabalho conforme eu queria nas provas. Eu queria ter cozinhado muito mais, mas por outro lado, ali é um jogo e tem as circunstâncias do jogo. E não me arrependo de nada, aliás, sou extremamente grata por essa oportunidade linda. Fui a Nanda o tempo todo, não fui para ser personagem e sim para ser eu mesma.  Acho que deixei um pouco de mim ali, de alguma forma, poder estar ali representando tanta gente que confia e acredita no meu trampo, é lindo demais! Então sim, saio feliz e de cabeça erguida, com minha trajetória. Acredito que nada na nossa vida é por acaso e hoje meu ciclo se encerra no Top Chef para começar um novo mais lindo ainda. Acredito que é só o começo e muitas portas irão se abrir.  

Quem não se mostrou uma pessoa legal lá dentro? 

Confesso que ali em alguns momentos todos saímos da casinha, não é fácil lidar com jogo, pressão e ego. Não levo mágoa de ninguém, é claro que ali temos mais afinidades com uns do que os outros e faz parte do jogo.

Para quem fica sua torcida? 

Minha torcida é toda para a Jaja, uma amiga parceira que sem dúvidas foi meu maior presente no Top Chef! Gostaria muito que uma mulher ganhasse o programa, mas todos ali que chegarem até o final temos que bater palmas, porque não é fácil.  Mas sou team Jaja campeã e Lorena em segundo lugar.


Sobre o formato

Criado nos Estados Unidos em 2006, o Top Chef já foi adaptado para mais de 20 países, incluindo França, Itália, Portugal, Espanha, Holanda, Canadá e México, entre outros. Trata-se de um formato original da Bravo Media LLC, distribuído pela NBCUniversal. TOP CHEF BRASIL é apresentado por Felipe Bronze, com produção da Floresta, direção-geral de Eduardo Mendonça e direção do núcleo de realities de Rodrigo Carelli.

“A pressão e a convivência estavam pesando muito para mim. Então naquele momento desabei!” diz Nanda, sobre sua eliminação do Top Chef Brasil “A pressão e a convivência estavam pesando muito para mim. Então naquele momento desabei!” diz Nanda, sobre sua eliminação do Top Chef Brasil Reviewed by Pablo on agosto 18, 2023 Rating: 5
Tecnologia do Blogger.