Foto: Globo/Divulgação |
Com reportagem de Sandra Annenberg, o ‘Globo Repórter’, que vai ao ar nesta sexta-feira, 26 de maio, se debruça sobre as relações de pessoas de diferentes gerações – na sociedade, nas famílias e no trabalho. Em um dia de mar calmo na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, a apresentadora entrevistou Ricardo Bocão do jeito que surfista mais gosta: dentro d’água e em cima de uma prancha de SUP (stand up paddle). “Sou mergulhadora, mas sou não das pranchas. Fazer uma entrevista flutuando não é lá muito fácil, mas foi divertido. Eu ficava preocupada que as pranchas se afastassem. É claro que o mar ia nos levando. Por isso, de tempos em tempos, tínhamos que remar de volta ao ponto em que os cinegrafistas queriam que ficássemos”, explicou ela, que ainda contou com a cobertura de diferentes câmeras para captarem imagens cinematográficas: “Tinha um deles no Forte de Copacabana, pegando de longe, bem aberto, e outro num barquinho do lado da gente que também ia sendo levado pelas ondas… Enfim, foi uma aventura! Sem falar nas imagens do drone, maravilhosas! O resultado ficou lindo! A entrevista em si, ganhou outro ’balanço’ e ficou perfeita para ouvir um velho lobo do mar! Adorei fazer”. No papo com a jornalista, o veterano Ricardo Bocão lembrou da onda gigante e histórica que surfou em Nazaré, em 2022, com 68 anos, e falou das trocas de experiências com a mulher, Luciana, e com seu filho Bruce. “É necessário romper com estereótipos, conceitos e dogmas sobre idades, com toda a energia. Acredito que a maioria das pessoas estão vivendo um novo 60 anos nas maneiras como se vestem, como agem. Quando era mais novo, achava um cara de 40 um coroa. Mas a idade não define e deveria definir a gente”, defende ele. Além de explicar o conceito de etarismo, o programa vai mostrar como a reunião de pessoas diferentes gerações pode fazer a diferença. 78, 54, 19, 15 anos. A receita de sucesso da bateria nota 10 da Viradouro também passa pela composição diversa de seus ritmistas. É o que Sandra Annenberg vai abordar na conversa com Mestre Ciça, com 66 anos de vida e 35 de carnaval, e seu aprendiz, Caio Gonzé, de 15 anos. “Quando o vi, na mesma hora, pensei: ‘Esse garoto tem talento’. Conversei com a mãe dele, sugeri: ‘vamos colocá-lo numa escola de música!’ . No meu tempo, não tinha essa preparação toda. Mas conviver com um jovem igual ao Caio me faz bem. E não é porque sou mais velho que ele, que a minha ideia tem que prevalecer”, acredita Ciça, referindo-se ao aprendiz, que, hoje, já toca 15 instrumentos. Caio, que no próximo carnaval será o mestre de bateria da escola mirim da Viradouro, sabe a hora de sugerir inovações e a de ouvir a voz da experiência. “O Ciça aprende um pouco com as nossas ideias e nos ensina o que aprimorou na Sapucaí. Mas também tem a hora da bronca, do aprendizado. Se uma hora ele quiser relaxar, a gente vai ter que honrar o legado que ele está deixando aqui para gente”, se compromete o jovem ritmista. O ‘Globo Repórter’ vai ao ar na sexta-feira, 26 de maio, após ‘Terra e Paixão’. |
No 'Globo Repórter', um revigorante encontro de diferentes gerações
Reviewed by Pablo
on
maio 24, 2023
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