Luso-Brasileiro, Vila Belmiro e Gávea são os próximos três destinos inéditos da temporada do seriado Estádios Históricos, atração documental produzida pela TV Brasil. O campo de futebol que sedia as partidas da Portuguesa, na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, é tema do episódio deste domingo (23), às 18h30. As edições do programa ficam disponíveis para o público no app TV Brasil Play.
Palco do futebol carioca, o gramado do Luso-Brasileiro recebe os jogos da Portuguesa pelas competições estaduais, mas também atende a confrontos nacionais de outros grandes times do estado, como o Flamengo e o Botafogo. Duelos da primeira divisão do Brasileirão e partidas da Copa Sul-Americana já foram disputadas no campo da Zona Norte do Rio.
As sedes da Portuguesa passaram por muitos bairros da cidade, mas foi na Ilha do Governador que o tradicional clube encontrou sua verdadeira casa e fidelizou a torcida. Inaugurado em 2 de outubro de 1965, o estádio ocupa as dependências do Jóquei da Guanabara e ajudou a consolidar a Lusa no cenário esportivo.
De lá saiu a equipe que venceu o Real Madrid em 1969, na casa do clube espanhol, o imponente Estádio Santiago Bernabéu, localizado na capital do país europeu. A Associação Atlética Portuguesa ganhou várias vezes título de menor expressão como os da segunda divisão estadual e da Copa Rio, entre as principais conquistas da agremiação. O espaço físico da Lusa na Ilha do Governador ainda abrigou outras práticas esportivas como turfe e futebol americano.
No gramado do Luso-Brasileiro foi criada a zebra, o símbolo do time montado pelo técnico Gentil Cardoso. Hoje, a Portuguesa realiza boas campanhas no Campeonato Carioca e trabalha sua base para fortalecer o elenco principal. O estádio oferece boa estrutura para o clube rubro-verde usufruir.
A produção da TV Brasil sobre o Luso-Brasileiro entrevista personalidades ilustres da Portuguesa e torcedores apaixonados pela simpática equipe. A série documental Estádios Históricos percorre as dependências da agremiação para revelar curiosidades de sua trajetória esportiva.
Intervenções para aumentar capacidade
Com capacidade para cerca de 6 mil torcedores, a arena já foi ampliada em algumas ocasiões com estruturas temporárias. A iniciativa ocorreu algumas vezes nos anos 2000 para temporadas em que os rivais Flamengo e Botafogo não tinham à disposição o Maracanã, o Nilton Santos e o Caio Martins.
Conhecido também como Estádio dos Ventos Uivantes, por causa das fortes rajadas de ventos na região, o Luso-Brasileiro teve sua estrutura definitiva aumentada para cerca de 16 mil pessoas, com a doação de cadeiras utilizadas na Arena do Futuro, palco das partidas de handebol durante as Olimpíadas do Rio de Janeiro em 2016.
Atualmente, o estádio da Portuguesa carioca é o quarto maior complexo de futebol do Rio de Janeiro. Com a redução e desativação da Laranjeiras e Gávea para jogos oficiais ao longo das últimas décadas, o Luso-Brasileiro só é menor que grandes templos do estado como Maracanã, Nilton Santos e São Januário.
Sobre a produção
Série documental própria da TV Brasil, o programa Estádios Históricos destaca tradicionais espaços do futebol nacional que são celeiros de craques. Em 13 episódios de 26 minutos, o seriado revela bastidores dos gramados e de seus clubes por meio de entrevistas, imagens de arquivo, registros atuais e animações.
O conteúdo da produção realizada pela emissora pública entra no ar aos domingos, às 18h30. A atração também pode ser acompanhada no app TV Brasil Play e em horário alternativo na telinha, durante a madrugada de domingo para segunda, às 2h.
A primeira temporada celebra a memória esportiva ao percorrer campos de futebol em várias cidades dos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro para lembrar de construções que foram e outras que ainda são palco do esporte que é paixão nacional.
A obra destaca o patrimônio de grandes times e também de agremiações tradicionais que já não estão mais no auge. Em alguns casos, o espaço nas arquibancadas hoje é pequeno para a dimensão das torcidas, enquanto outros estádios já não recebem partidas e ficam em áreas residenciais das metrópoles.
Em cada programa, o público descobre detalhes dos estádios, características gerais, curiosidades culturais e célebres personagens do esporte que fazem parte da origem e da trajetória de cada arena. A série traz entrevistas com historiadores, jogadores, torcedores apaixonados, boleiros, jornalistas esportivos e artistas. Eles contam situações inusitadas e destacam as relações de amor com seus times e estádios.
A série documental da TV Brasil tem narração da jornalista Marília Arrigoni, apresentadora do Stadium, programa diário do canal, de segunda a sexta, às 19h40. A direção, roteiro e produção executiva do seriado Estádios Históricos são de Ingrid Gassert e Maíra de Assis.
Atrações paulistas
Em São Paulo, os destaques são campos com duelos marcantes e trabalho na formação de novos craques dos clubes que sediam seus jogos nos locais. A série visita o Canindé (Portuguesa), além do Estádio da Rua Javari (Juventus) e do Nicolau Alayon (Nacional).
A produção ainda vai até o litoral mostrar a Vila Belmiro (Santos) e percorre o município de Campinas para mostrar o Brinco de Ouro da Princesa (Guarani) e o Moisés Lucarelli (Ponte Preta), espaços que mobilizam o imaginário de torcidas do interior do estado.
Gramados cariocas
A cidade do Rio de Janeiro é a atração em seis edições da série Estádios Históricos ao celebrar o ambiente dos estádios de equipes históricas. A atração ainda vai até o Sul Fluminense registrar o Raulino de Oliveira (Volta Redonda).
Na capital, o seriado transita por lugares conhecidos de diversas torcidas do país como Laranjeiras (Fluminense), São Januário (Vasco), Gávea (Flamengo), Moça Bonita (Bangu), Luso-Brasileiro (Portuguesa) e Ronaldo Nazário (São Cristóvão).