“Por meio do padrão de beleza a gente define quem vive e quem morre”, diz Carol Barreto, designer de moda, no Provoca

Foto Lara Asano


Nesta terça-feira (4/4)Marcelo Tas conversa com a artista, designer de moda e criadora do projeto Modativismo, Carol Barreto. Eles falam sobre padrão de beleza, moda, racismo e a materialidade do racismo, machismo, e muito mais. Vai ao ar na TV Cultura, a partir das 22h.

Carol comenta no Provoca sobre os padrões seguidos na moda, como a tabela antropométrica que são as medidas físicas de uma pessoa. “Aquele GG que está em uma tabela antropométrica, para definir uma roupa, é a materialidade do racismo de uma maneira tão contundente, que não tem como vestir as corporalidades brasileiras (...) o desenho que se replica nessa tabela é de um corpo branco caucasiano, nem de um corpo branco brasileiro, então as curvas do meu quadril, a circunferência da cintura, não serão acomodadas”, explica.

A artista fala ainda sobre a experiência da inadequação. “Eu acompanhava mulheres ao provador e compartilhava do constrangimento, sendo uma mulher magra (...) ‘esse GG não me veste, o problema é meu, eu sou feia, eu não deveria existir’ (...) várias questões que a gente sabe que esse processo de inadequação vai impingindo na nossa cabeça”.

Tas pergunta para a artista o que é o padrão de beleza. “É uma discussão muito complexa, por meio do padrão de beleza a gente define quem vive e quem morre. A maneira como eu sou parada numa abordagem policial é completamente diferente do carro que está à frente, com um grupo de garotos brancos, mesmo tomando álcool (...) a primeira coisa é a imagem”, conta.

“Por meio do padrão de beleza a gente define quem vive e quem morre”, diz Carol Barreto, designer de moda, no Provoca “Por meio do padrão de beleza a gente define quem vive e quem morre”, diz Carol Barreto, designer de moda, no Provoca Reviewed by Pablo on março 31, 2023 Rating: 5
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