A Globo implantou uma tecnologia inovadora e sustentável nos Estúdios Globo, no Rio de Janeiro, para preservar a saúde dos seus colaboradores ao reduzir a proliferação da fêmea do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue e de outras doenças perigosas, como zika, chikungunya e febre amarela. A solução, chamada de Aedes do Bem™, foi desenvolvida pela empresa de biotecnologia britânica Oxitec, e envolve a liberação de mosquitos machos autolimitantes, que não picam e não transmitem doenças, e, ao se reproduzirem com fêmeas presentes no ambiente, geram apenas mosquitos machos diminuindo a população de fêmeas transmissoras de doenças na área tratada.
O objetivo desta ação é criar um cinturão de proteção para os funcionários de forma sustentável, dado que o Aedes do Bem™ é livre de componentes químicos tóxicos e não prejudica animais ou insetos benéficos que se encontram na fauna local. A ação começou a ser implantada no início de novembro de 2022, com potencial de proteger uma área de aproximadamente 200.000 m2 ao redor dos Estúdios Globo. Foram posicionadas 52 Caixas do Bem™, instaladas em pontos estratégicos de alta circulação de pessoas e de potenciais criadouros do mosquito. Cada caixa contém ovos do Aedes do Bem™ e uma fonte de alimento para sustentar seu desenvolvimento até a fase adulta. Para ativar a caixa, é necessária apenas a adição de água limpa, processo renovado a cada 28 dias e que acontecerá até maio de 2023, fim do período quente e chuvoso e de maior infestação.
Além de utilizar a solução Aedes do Bem™, o controle da propagação do mosquito Aedes aegypti e de outras espécies será complementado por outras técnicas, como inspeções para evitar focos de mosquitos. Essas iniciativas vão de encontro aos compromissos ESG #3 e #4 assumidos pela Globo em sua Jornada ESG, sendo eles “investir no bem-estar dos colaboradores” e “valorizar e proteger a biodiversidade, promover a consciência ambiental e respeitar os limites naturais do nosso planeta”.
Como funciona o controle
Os Aedes do Bem™ são mosquitos Aedes aegypti machos, que possuem uma característica autolimitante que impede que suas descendentes fêmeas cheguem à fase adulta. Eles não picam e nem transmitem doenças. Ao atingir a fase adulta, os Aedes do Bem™ saem da caixa e voam para o ambiente urbano para acasalar com as fêmeas do Aedes aegypti – que picam e transmitem doenças como a dengue, Chikungunya, zika, febre amarela e mais 100 arboviroses. Deste cruzamento, apenas os descendentes machos chegam à fase adulta, e herdam dos pais a mesma característica autolimitante. O resultado é a queda do número de fêmeas e um controle populacional do Aedes aegypti utilizando uma técnica que não prejudica pessoas, plantas e insetos benéficos.
Como é o ciclo tradicional de transmissão da dengue
A dengue e outras doenças são transmitidas por meio da picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectada com arbovirus. No ciclo de transmissão, a fêmea deposita seus ovos em recipientes com água. Ao saírem dos ovos, as larvas vivem na água por cerca de uma semana. Após este período, transformam-se em mosquitos adultos, prontos para picar as pessoas. Essa infecção ocorre quando o vírus da dengue circulante no sangue de uma pessoa é ingerido. O Aedes aegypti procria em velocidade extrema e vive em média 45 dias.
Globo adota controle inovador no combate ao mosquito da dengue nos Estúdios Globo
Reviewed by Pablo
on
março 06, 2023
Rating: