Neste domingo (12), o seriado documental Estádios Históricos visita o famoso Conde Rodolfo Crespi, ou Estádio da Rua Javari, sede esportiva do Clube Atlético Juventus na Mooca, bairro da zona leste de São Paulo. O terceiro episódio inédito da atração produzida pela TV Brasil vai ao ar às 18h30.
Com uma construção inglesa e tombado pelo patrimônio histórico desde 2004, o Estádio da Rua Javari reúne sempre uma multidão em seus jogos. Atualmente, tem capacidade para receber quatro mil pessoas.
No entanto, em julho de 1941, o local registrou a presença de mais de 15 mil torcedores. A marca aconteceu em um jogo entre Juventus e Corinthians, quando houve a reinauguração do campo após a construção das arquibancadas de concreto e tribunas, mantidas até hoje.
Inaugurado em 26 de abril de 1925, o Estádio Conde Rodolfo Crespi foi adquirido da família Crespi pelo Juventus em 1967. Sua área é de aproximadamente 15 mil metros quadrados e as dimensões do campo são de 105 metros de comprimento por 69,30 metros de largura.
A história do Estádio da Rua Javari reúne outras curiosidades. Uma delas se deve ao fato de Pelé ter afirmado que seu gol mais bonito foi marcado no campo da Rua Javari, durante um jogo do Campeonato Paulista realizado em agosto de 1959 contra o Juventus.
Sobre a produção
Série documental própria da TV Brasil, o programa Estádios Históricos destaca tradicionais espaços do futebol nacional que são celeiros de craques. Em 13 episódios de 26 minutos, o seriado revela bastidores dos gramados e de seus clubes por meio de entrevistas, imagens de arquivo, registros atuais e animações.
O conteúdo da produção realizada pela emissora pública entra no ar aos domingos, às 18h30. A atração também pode ser acompanhada no app TV Brasil Play e em horário alternativo na telinha, durante a madrugada de domingo para segunda, às 2h.
A primeira temporada celebra a memória esportiva ao percorrer campos de futebol em várias cidades dos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro para lembrar de construções que foram e outras que ainda são palco do esporte que é paixão nacional.
A obra destaca o patrimônio de grandes times e também de agremiações tradicionais que já não estão mais no auge. Em alguns casos, o espaço nas arquibancadas hoje é pequeno para a dimensão das torcidas, enquanto outros estádios já não recebem partidas e ficam em áreas residenciais das metrópoles.
Em cada programa, o público descobre detalhes dos estádios, características gerais, curiosidades culturais e célebres personagens do esporte que fazem parte da origem e da trajetória de cada arena. A série traz entrevistas com historiadores, jogadores, torcedores apaixonados, boleiros, jornalistas esportivos e artistas. Eles contam situações inusitadas e destacam as relações de amor com seus times e estádios.
A série documental da TV Brasil tem narração da jornalista Marília Arrigoni, apresentadora do Stadium, programa diário do canal, de segunda a sexta, às 19h40. A direção, roteiro e produção executiva do seriado Estádios Históricos são de Ingrid Gassert e Maíra de Assis.
Atrações paulistas
Em São Paulo, os destaques são campos com duelos marcantes e trabalho na formação de novos craques dos clubes que sediam seus jogos nos locais. A série visita o Canindé (Portuguesa), além do Estádio da Rua Javari (Juventus) e do Nicolau Alayon (Nacional).
A produção ainda vai até o litoral mostrar a Vila Belmiro (Santos) e percorre o município de Campinas para mostrar o Brinco de Ouro da Princesa (Guarani) e o Moisés Lucarelli (Ponte Preta), espaços que mobilizam o imaginário de torcidas do interior do estado.
Gramados cariocas
A cidade do Rio de Janeiro é a atração em seis edições da série Estádios Históricos ao celebrar o ambiente dos estádios de equipes históricas. A atração ainda vai até o Sul Fluminense registrar o Raulino de Oliveira (Volta Redonda).
Na capital, o seriado transita por lugares conhecidos de diversas torcidas do país como Laranjeiras (Fluminense), São Januário (Vasco), Gávea (Flamengo), Moça Bonita (Bangu), Luso-Brasileiro (Portuguesa) e Ronaldo Nazário (São Cristóvão).