Ediane Maria participa do Estação Livre para falar sobre desigualdade e preconceito no trabalho doméstico

Foto Larissa Marques

Em primeira edição do ano, o Estação Livre desta sexta-feira (10/2) fala sobre trabalho doméstico. Por muitos anos omitida, a discussão acerca da modalidade traz um leque de questões a serem debatidas – principalmente de cunho trabalhista e preconceituoso. Com apresentação de Cris Guterres, o programa vai ao ar às 22h, na TV Cultura.

O Brasil é o país com mais trabalhadores domésticos no mundo, com cerca de 5,6 milhões de pessoas, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Porém, a realidade de muitos destes é encarada no dia a dia arduamente. Mesmo com novas leis, surge a dúvida: há dez anos da PEC das Domésticas, o que mudou na vida das pessoas que trabalham nesse setor?

No estúdio, Cris recebe as ex-domésticas Ediane Maria e Veronica Oliveira, hoje, deputada estadual e comunicadora, respectivamente, para falar sobre o tema. A deputada do PSOL destaca a desigualdade: “Elevador de serviço é para levar lixo, cachorro e a empregada doméstica? Por que nós não podemos ocupar esses espaços?”. Enquanto a comunicadora fala sobre a banalização da profissão: “Eu sempre falo que que quem ajuda é parente. A doméstica está lá para trabalhar”.

A reportagem do Estação ainda comenta sobre os resquícios da escravidão presentes na função, como são retratados na TV e no cinema, a história de Laudelina Campos de Mello, o estereótipo da profissão e apresenta o coletivo audiovisual Nós Madalenas.