Elza Soares, Naná Vasconcelos, Gonzagão e Banda Mantiqueira: Especial de Fim de Ano SescTV celebra a diversidade da música brasileira


Na contagem regressiva para 2023, na noite de réveillon, o Especial Fim de Ano SescTV levará aos amantes da boa música brasileira uma programação especial de quatro espetáculos que serão exibidos na grade do canal SescTV e que trazem um recorte da pluralidade e exuberância de nossos artistas e instrumentistas, percorrendo os mais diversos e autênticos gêneros musicais brasileiros.

Direto do acervo do SescTV, que contém centenas de atrações com acesso gratuito e sem necessidade de cadastro, cronologicamente o primeiro destaque é o show que, em abril de 2015, no Sesc Santana, reuniu a Banda Mantiqueira, o super grupo liderada pelo maestro Nailor Proveta, e a cantora Anaí Rosa.

A programação segue com o registro de uma noite mágica em 2016, o espetáculo de lançamento da edição em vinil do álbum A Mulher do Fim do Mundo, um dos trabalhos mais elogiados e premiados da eterna diva Elza Soares (1930 - 2022), apresentado ao público do Sesc Pinheiros em outubro daquele ano.

Dois grandes tributos também compõem a grade do Especial Fim de Ano SescTVViva Naná, é uma homenagem ao genial percussionista pernambucano Naná Vasconcelos (1944 – 2016) realizada no Sesc 24 de Maio, e que também reuniu, em  junho de 2018, a violonista e cantora Badi Assad, a Orquestra de Objetos Desinventados, quarteto de música experimental que extrai som de instrumentos inusitados, e o Grupo Voz Nagô, septeto vocal feminino idealizado por Naná.

No tributo Gonzaga Rei, quatro grandes talentos contemporâneos os cantores, Otto, Lirinha, Uli Costa e Mariene de Castro, cercados de grandes músicos, revisitam e resignificam o legado atemporal do Rei do Baião, Luiz Gonzaga (1912 – 1989), em show realizado no Sesc Pompeia, em agosto de 2019.

Saiba mais detalhes dos quatro espetáculos:


Viva Naná – Badi Assad, Orquestra de Objetos Desinventados e Voz Nagô

Um dos maiores percussionistas do Brasil, mundialmente reconhecido desde os anos 1970, Naná Vasconcelos influenciou músicos de várias gerações e, em 2004, teve o primeiro contato com a cantora e violonista Badi Assad, que então lançava o álbum Verde e pode contar com a colaboração de Naná em quatro composições de sua autoria, e também na releitura de Bachelorette, da cantora islandesa Bjork.

No espetáculo Viva Naná, dirigido pelo músico Caíto Marcondes e realizado dois anos após a morte do artista, Badi divide a homenagem com outros dois expoentes da herança musical de Naná Vasconcelos, a Orquestra de Objetos Desinventados e o Grupo Voz Nagô. Idealizado pelo percussionista, o septeto vocal feminino, que traz na essência a ancestralidade do maracatu, é formado pelas cantoras Ana Fabíola, Paula Guedes, Manu Nascimento, Nalva Silva, Preta Ana, Negra Dany e Ninha Menezes. Em Viva Naná, elas também estão acompanhadas do percussionista Aduni Guedes.

Fortemente influenciados pela estética experimental de Naná Vasconcellos, os músicos da Orquestra de Objetos Desinventados extraem polirritmia e sons inusitados por meio de instrumentos criados por eles como as zarpas, constituídas de componentes de vidros que, movidos pela fricção das mãos, emitem notas sonoras a partir do nivelamento da água em seu interior, emitindo sons que se assemelham aos instrumentos de cordas e de sopros. O quarteto é formado por Pax Bittar, Daniel Alfaro, Eduardo Scaramuzza e Leonardo Rocha.

O repertório de Viva Naná reúne temas autorais dos artistas, do repertório de Naná e clássicos do forró e da MPB, como: Vastidão Púrpura, (Pax Bittar), Brisa Violeta (Eduardo Scaramuzz), Sou do Bem e Nizinga (Naná Vasconcelos), Asa Branca (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira), Ai Que Saudade D´Ocê (Vital Farias), Waves e Você Não Entendeu Nada (Badi Assad) e Feminina (Badi Assad e Simone Soul).


Elza Soares – A Mulher do Fim do Mundo

No espetáculo, que marcou o lançamento em vinil do aclamado CD de 2015, Elza Soares se apresenta na companhia dos músicos e compositores Kiko Dinucci, Marcelo Cabral, Rodrigo Campos, Romulo Fróes, Felipe Roseno e Guilherme Kastrup, baterista e percussionista que assina a produção musical do álbum. O show conta também com a participação especial do cantor Rubi.

A Mulher do Fim do Mundo foi o 32º álbum de carreira da cantora e o primeiro produzido somente com músicas inéditas. Compostas por, entre outros, José Miguel Wisnik, Rômulo Fróes e Celso Sim, as canções jogam luz em temáticas urgentes como a violência doméstica contra as mulheres, o combate ao racismo e a exaltação à negritude. O disco ganhou os prêmios APCA, Rolling Stone Brasil, o Prêmio da Música Brasileira de Melhor Álbum do Ano e o Grammy Latino de 2016, na categoria Melhor Álbum de Música Popular Brasileira. A versão do show exibida pela SescTV também inclui depoimentos exclusivos da cantora sobre sua impressionante trajetória musical.


Gonzaga Rei

Em 2 de agosto de 1989, o Brasil perdeu, aos 76 anos, um dos maiores patrimônios de sua música popular, o Rei do Baião, Luiz Gonzaga. Para lembrar os 30 anos de saudades do Mestre Lua e celebrar seu valioso legado, em agosto de 2019 o Sesc Pompeia foi palco do espetáculo Gonzaga Rei, emocionante homenagem, que reuniu dois jovens conterrâneos de Mestre Lua – Lirinha e Otto –, e duas destacadas cantoras e compositoras da cena contemporânea – a baiana Mariene de Castro e a paulistana Uli Costa, vocalista da banda Sandália e Prata.

Dirigido por Romi Atarashi, o espetáculo revisita clássicos eternizados por Gonzagão como: Olha Pro Céu (Luiz Gonzaga e José Fernandes), Vem Morena (Luiz Gonzaga e Zé Dantas), Festa (Gonzaguinha), A Morte do Vaqueiro (Luiz Gonzaga e Nelson Barbalho), Pagode Russo (Luiz Gonzaga e João Russo), Dezessete e Setecentos (Luiz Gonzaga e Miguel Lima), Baião, Asa Branca Respeita Januário (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira).

O repertório de Gonzaga Rei também é intercalado por depoimentos dos cantores, que falam da emoção de prestar tributo ao sanfoneiro e reafirmam a importância do legado imenso de Luiz Gonzaga para a música brasileira.

Com direção musical do guitarrista Rovelson Pascoal, os arranjos de Gonzaga Reique dão nova roupagem aos clássicos do Rei do Baião, são interpretados por: Bruno Marques (bateria), Fernando Nunes (baixo), Michelle Abu (percussão), Ricardo Prado (sanfona), Zé Pitoco (sopro e percussão), Jonas Moncaio (cello), Tiago Paganini (primeiro violino), Kleberson Buzo (segundo violino) e Everton Souza (viola).


Banda Mantiqueira e Anaí Rosa

Clarinetista e saxofonista, o maestro Nailor Proveta fundou a Banda Mantiqueira em meados dos anos 1980, a partir de outros dois grupos que integrou: a Banda Aquarius e o Sambop Brass. A experiência de assinar arranjos ao lado do trompetista Walmir Gil abriu caminho para criação da Mantiqueira, que, além dos dois amigos, atraiu talentos influenciados por big bands brasileiras e internacionais como as de Severino Araújo, Count Basie e Duke Ellington. Desde às origens, a Mantiqueira celebra o repertório de grandes compositores, como Pixinguinha, Cartola e Tom Jobim.

O show em conjunto com Anaí Rosa reúne clássicos da MPB, como As Rosas não Falam (Cartola), Folhas Secas (Nelson Cavaquinho, Alcides Caminha e Nourival Bahia), Incompatibilidade de Gênios (João Bosco e Aldir Blanc), É Luxo Só (Ary Barroso e Luiz Peixoto) e Mas, que Nada! (Jorge Ben Jor).

A Banda Mantiqueira é formada pelos seguintes músicos: Ubaldo Versolato (sax barítono, flauta e flautim), Cássio Ferreira (sax tenor e flauta), Josué dos Santos (sax tenor e flauta), Vinicius Dorin (sax soprano e flauta), Valdir Ferreira (trombone de vara), François de Lima (trombone de válvulas), Odésio Jericó (trompete e flugelhorn), Nahor Gomes (trompete e flugelhorn), Walmir Gil (trompete e flugelhorn), Celso de Almeida (bateria), Pedro Ivo (contrabaixo elétrico), Jarbas Barbosa (guitarra elétrica), Fred Prince e Marcio Forte (percussão).

Elza Soares, Naná Vasconcelos, Gonzagão e Banda Mantiqueira: Especial de Fim de Ano SescTV celebra a diversidade da música brasileira Elza Soares, Naná Vasconcelos, Gonzagão e Banda Mantiqueira: Especial de Fim de Ano SescTV celebra a diversidade da música brasileira Reviewed by Pablo on dezembro 21, 2022 Rating: 5
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