(Foto: Rogério Pallatta/SBT)
Uma das maiores atrizes do Brasil, Luiza Tomé estará no The Noite desta quinta-feira (04). Natural de Itapipoca, no Ceará, conta que se mudou para Fortaleza aos dois anos de idade e declara: “minha infância foi muito gostosa. Soltava pipa, jogava bolinha de gude. E minha mãe brigava muito porque eu gostava de brincar com os meninos. Sempre achei os homens mais interessantes que as mulheres. Era mais divertido”. Falando da sua infância e a veia artística, explica: “minha mãe comprou uma televisão e os vizinhos todos iam assistir, era uma delícia. Um dia tentei desmontar a televisão porque queria fazer aquilo que aquelas pessoas faziam”.
Ela conta que foi para o Rio de Janeiro ainda criança, aos nove anos, logo após a morte do pai. Dali em diante, diz que estudou em colégios com escolas de teatro e recorda: “eu adorava não ser eu, às vezes, e ser a ‘Madalena’, o ‘Raimundo’, quem quer que fosse que eu pudesse criar outros universos e viver neles. Mas quando falei que ia ser atriz minha mãe disse que ia me internar”. Luiza relembra sua estreia na televisão, uma participação em Dancing Days, e declara: “nunca tinha feito televisão e não sabia como é que era o beijo. Acabou que eu fiz a cena, virou meu namorado e ficamos oito anos juntos”.
Ela também fala de sua personagem na novela “Corpo a Corpo” e revela: “sofri muito, eu não sabia nada, aí saía e ia chorar no banheiro. Disse que nunca mais ia fazer (novela) enquanto não entendesse daquilo. Aí voltei em ‘Tieta’, quatro anos depois”. Questionada sobre o sotaque nordestino explica: “depois tive que fazer várias aulas (para perder o sotaque) e fazer personagens não nordestinas”.
Sobre incidentes durante as gravações, revela: “fui atropelada, em ‘Armação Ilimitada’. Ao Kadu (Moliterno) sou eternamente grata, porque ele me salvou minha vida. Estava na marcação e vinha um Opala preto com quatro homens, só que o pneu do carro estava careca e tinha chovido. Iam passar em cima da minha cabeça e quando o Kadu viu ele pulou em cima de mim e a gente saiu rolando. E era meu ex-marido que estava dirigindo. Falei ‘você quer ficar viúvo?’. Achei que eu tinha morrido. Tinha sangue, quebrei três costelas. Ossos do ofício”. E conclui: “meu sonho é fazer uma malvada. Acho que tenho cara de boazinha, justiceira. Nunca me dão. Sou louca para fazer uma malvada ou uma alcoólatra. Quero exorcizar meu lado mau também”.