Em novembro, SescTV exibe os cinco episódios finais da série “Feito Torto Para Ficar Direito”, apresentada pelo navegador Amyr Klink
Após ter estreado no Sesc TV em setembro, a série documental “Feito Torto Para Ficar Direito” dá continuidade à programação em novembro com a exibição dos últimos cinco documentários, todos com 40 minutos de duração. Escrita e dirigida por Bhig Villas Boas e Vanessa Leal, a produção é apresentada pelo navegador Amyr Klink e brinda o público com um amplo panorama do patrimônio naval brasileiro e seus protagonistas. Além de explicar as características de navegabilidade de cada região e as técnicas utilizadas por mestres carpinteiros, a série traz à tona outros aspectos, como a necessidade de se preservar a cultura náutica transmitida de geração a geração e os diferentes aspectos socioambientais que determinam o curso de navegação das embarcações.
Em 16/11 (às 15h30) será exibido “Navegar (E Viver) É Impreciso”. Neste episódio, o telespectador é convidado a voltar às origens, em Portugal. Do outro lado do Atlântico, o documentário visita estaleiros ainda ativos e acompanha o último mestre carpinteiro naval, na Vila do Conde, em seu esforço para sistematizar e documentar a técnica de construção de naus e caravelas. Destaque do episódio, Mestre Samuel mostra os pontos em comum entre os barcos tradicionais do Brasil e de Portugal e explica como tudo aconteceu.
“Cultura Marinheira”, que poderá ser vista em 23/11, às 15h30, viaja para outra extremidade do Brasil para apresentar os barcos tradicionais do Rio Grande do Sul, seus mestres carpinteiros, os estaleiros e a história do mestre que se formou engenheiro e hoje ensina a sua arte na UFRG. Neste episódio ainda é possível acompanhar um passeio pela Lagoa dos Patos na última canoa de pranchão ainda em navegação. Descoberta pelo pesquisador Lauro Barcelos e restaurada pelo mestre José Vernetti, a Canoa Tradição é a única embarcação tombada pelo IPHAN no sul do Brasil.
Para encerrar a série, “Sobre Homens, Barcos e Baleias” (30/11, às 15h30) prossegue a viagem pelo Sul e chega a Santa Catarina, que ainda hoje possui uma expressiva frota de barcos tradicionais. Além dos botes utilizados na pesca semi-industrial, por lá ainda podem ser vistas algumas baleeiras e as canoas de borda, que são embarcações largamente utilizadas na tradicional pesca da tainha. Como destaque do episódio, embarcações centenárias, como a Canoa Ana Rosa, primeira canoa utilizada na pesca da tainha no Farol de Santa Marta, há mais de 200 anos.