O convidado e Danilo (Foto: Rogerio Pallatta/SBT)
O bate-papo de Danilo Gentili nesta quarta (30) é com Daniel Cady. Nutricionista, conta que trabalhou 14 anos com nutrição clínica, em consultório, além de ser atleta de natação. Com quase 2 milhões de seguidores no Instagram e um canal no YouTube onde dá dicas de nutrição, comenta sobre o jejum intermitente: “é uma estratégia que pode funcionar para algumas pessoas, mas não posso generalizar. A mesma coisa sobre comer de três em três horas, depende de cada pessoa. Procuro, nas redes sociais, esclarecer”. E completa: “alimentação é um remédio. Sempre falo que a prevenção e o tratamento das doenças começam na cozinha”.
Ele não aprova as dietas rígidas e esclarece: “jamais separei o prazer de comer com a questão da saudabilidade. Isso é um grande erro. Procuro mostrar com meu trabalho que tudo é contexto. Tenho um filho adolescente e a coisa que ele mais gosta é comer hambúrguer. Eu vou com ele. Meu filho foi o cara que mais me ensinou a ter equilíbrio na relação com a comida. De não ser muito restritivo, não privar”. Segundo Daniel, seu filho Marcelo foi o responsável por tornar a rotina alimentar da casa mais flexível. “Criei ele em uma bolha, comendo de tudo muito saudável. Porque lá em casa eu que faço as compras e organizo o rango todo. Não entrava nada em casa com muito açúcar ou muito sal. Ele comia super bem e eu me orgulhava disso”, declara.
Cady comenta que a virada aconteceu quando o primogênito entrou na escola e teve contato com todo tipo de comida. “Chegou uma hora que ele falou ‘meu pai, quero levar coisa de pacotinho. Quero abrir’. Já estava rolando um bullying de ‘olha o macaquinho, que só come banana’. A gente precisa ter flexibilidade e essa visão mais acolhedora”. E revela: “levei ele para um aniversário, ele correndo, brincando. Dormiu no carro. Quando cheguei em casa, carreguei para o elevador e começou a cair um monte de brigadeiro e casadinho do bolso. Caiu a ficha de que eu estava privando-o demais. Toda privação vai gerar, lá na frente, uma compulsão. Depois conversei com ele e ele estava levando para guardar, esconder. Aí eu me senti mal e falei ‘a partir de hoje eu que vou leva-lo para tomar sorvete’”.
O convidado fala ainda sobre seu curso “Missão Possível”, o hobby de criar abelhas e o casamento com Ivete Sangalo. Sobre este último, conta que não usa aliança por já tê-la perdido algumas vezes. “Não gosto de usar acessório”, justifica, mostrando em seguida que guarda o objeto na carteira. “Tenho aqui a terceira, para não me deixar mentir”. A respeito do meme “quem é essa aí, papai?!”, finaliza: “até hoje tenho minhas dúvidas que ela falou brincando, mas, tipo assim, ‘tô ligada’. Sou um cara sossegado, tranquilo. Isso jamais iria passar na minha cabeça”.