Os dois posam juntos (Foto: Lourival Ribeiro/SBT)
Considerado a oitava maravilha do mundo pela crítica europeia, Edson Cordeiro estará no The Noite desta quarta-feira, 05 de outubro. Dono de dois discos de ouro e uma indicação ao Grammy Latino, chega elegantemente vestido e conta que customizou a própria roupa: “aí a gente valoriza a roupa e fica diferente, ninguém tem igual. Minha mãe é costureira, bordadeira. Até quatro anos minha mãe ainda tinha oficina”. Falando da infância e juventude, comenta: “eu era evangélico e era proibido cantar tudo que não fosse evangélico, só ouvia as músicas... a Gretchen. Morria de vontade de fazer e não podia, tudo pecado. Por isso sou assim agora”.
Recordando a pandemia, diz: “cantava na internet, fazia lives, mas tive a ideia de fazer as pessoas rirem, porque descobri que isso estava me salvando. Cantar todo mundo sabia que eu cantava”. Assistindo as dublagens bem humoradas que fez em suas redes sociais, declara: “eu via e achava que era fácil, cada dublagem quatro horas”. Sobre o marido Oliver, que é alemão, revela em tom de brincadeira: “estou ensinando português aos poucos para ele, porque agora tem a crise energética na Alemanha, está um frio danado lá e não vai ter aquecimento, vou ter que trazê-lo para cá”. Com bom timing cômico, Edson diz que não pensa em trabalhar apenas com humor e explica: “só humor, talvez não. Mas teatro, porque eu vim do teatro. Fiz muito antes de ser cantor”.
Ao falar de aparência, avalia: “as pessoas não querem saber por que você canta isso ou aquilo, mas o porquê de você cortar o cabelo. Cheguei à conclusão de que querem congelar a juventude delas em mim, como se o artista tivesse a obrigação de parar no tempo em que o conheceram, daquela foto que eles têm do CD. Fico achando que, se você mantém o mesmo cabelo, parece um quadro que envelhece e a moldura fica igual, denuncia a idade. Não que eu adore envelhecer, mas aceito o tempo”.
O convidado ainda é desafiado por Danilo para avaliar qual dos dois consegue cantar ‘Galopeira’ por mais tempo.
Edson relembra um assalto que sofreu há algum tempo no Brasil e diz como reagiu: “estava na Vila Mariana, com uma amiga, e veio um cara com uma faca para nos assaltar. Não achei que ia encantá-lo com meu canto, mas que as pessoas iam abrir as portas e as janelas e iam sair para ver o que estava acontecendo.... Eu cantando e as pessoas abrindo as portas (gritando) ‘cala a boca!’”.