MULHERES DIABÓLICAS/Cortesia da MUBI
Distribuidora global e serviço de streaming com curadoria, a MUBI apresenta, durante o mês de outubro, o especial CLAUDE CHABROL: UMA NOVA ONDA DE SUSPENSE, dedicado a um dos cineastas mais ecléticos do cinema francês. Os oito thrillers de sua fase pós-Nouvelle Vague reúnem personagens moralmente ambíguos em meio a um fascinante estilo naturalista e zombador.
Além dos já disponíveis A Teia de Chocolate, Rien ne va plus, The Color of Lies, Ciúme - O Inferno do Amor Possessivo, Masques, Inspector Lavardin e Cop au vin, a programação exibe, a partir de 8 de outubro, Mulheres Diabólicas, estrelado por Isabelle Huppert (A Professora de Piano). A atriz tornou-se uma protagonista tipicamente chabroliana, com expressões frias que escondem impulsos psicológicos sombrios. Adultério, obsessão e assassinato são temas recorrentes em seus suspenses, que revelam segredos envoltos em uma sofisticada mise-em-scène.
Confira a programação:
Mulheres Diabólicas (1995) – Disponível a partir de 8 de outubro
Sophie (Sandrine Bonnaire, O Acontecimento) trabalha como empregada doméstica de uma família rica. Depois de ser incentivada pela amiga Joanne (Isabelle Huppert) – funcionária dos correios - a se rebelar contra os patrões, Sophie é demitida. Unidas por seus segredos, as duas decidem se vingar. Vencedor do Top 10 de melhores filmes da revista Cahiers du Cinema, em 1995, também garantiu a Isabelle Huppert o prêmio de melhor atriz no Festival de Veneza, no mesmo ano.
A Teia de Chocolate (2000) – já disponível
Neste estudo de personagem estrelado por Isabelle Huppert, um pianista volta a se casar com sua primeira esposa, a chocolateira Mika. Mas, por trás de toda a civilidade burguesa, impulsos obscuros se formam silenciosamente. O filme rendeu à Isabelle o prêmio de melhor atriz no Lumière Awards e no Festival de Montreal.
Rien ne va plus (1997) – já disponível
O 50º filme de Chabrol acompanha um casal de vigaristas com seus golpes astutos e a personagem de Isabelle Huppert, apunhalando homens pelas costas, em figurinos maravilhosos. Com humor sombrio, o filme é repleto de personagens desordenados. Destaque em festivais internacionais, garantiu ao cineasta o prêmio de melhor diretor em San Sebastián.
The Color of Lies (1999) – já disponível
Raramente simples, como costumam ser os thrillers de Chabrol, este conto trágico não é só um estudo de personagem, mas o retrato de uma comunidade dilacerada pela dor e desconfiança. A cinematografia pitoresca nos engana de forma agradável, enquanto a traição borbulha sob a paisagem fortuita.
Ciúme - O Inferno do Amor Possessivo (1994) – já disponível
Com roteiro de Henri-Georges Clouzot (As Diabólicas), o ousado longa expõe hipocrisias masculinas. Paul comprou um hotel à beira-mar na França e, trabalhando com sua bela esposa – Emmanuelle Béart (8 Mulheres) –, começa a desconfiar dela, desenvolvendo um turbilhão destrutivo de ciúme.
Masques (1987) – já disponível
Recheada de belas refeições, destacando a gastronomia como o pecado e o prazer da burguesia, a trama acompanha Roland, que se passa por jornalista, para entrevistar um apresentador de TV – que provavelmente é o responsável pelo desaparecimento de sua irmã. Indicado a duas categorias no César Awards, entre elas, a de melhor atriz coadjuvante para Bernadette Lafont (A Mãe e a Puta).
Inspector Lavardin (1986) – já disponível
A sequência de Cop au vin coloca as hipocrisias católicas na berlinda. O inspetor Lavardin (Jean Poiret, O Último Metrô) viaja até uma pequena cidade costeira para investigar a misteriosa morte de um escritor católico, provinciano e rico. Ao chegar, descobre que a viúva Hélène (Bernadette Lafont) é uma antiga paixão, que ele não via há 20 anos.
Cop au vin (1985) – já disponível
Esta comédia prova porque os mistérios de assassinatos são tão reconfortantes, ainda mais com esses ingredientes: vilarejo repleto de segredos, mortes misteriosas e um detetive brilhante e amargo (o inspetor Jean Lavardin). Aos poucos, revela a podridão escondida sob a respeitabilidade provinciana. Foi exibido em festivais internacionais, como Cannes e Toronto.
CLAUDE CHABROL: UMA NOVA ONDA DE SUSPENSE
Um especial MUBI