Dias Gomes. Foto: Editora Globo
Dias Gomes, romancista, dramaturgo, autor de novelas e membro da Academia Brasileira de Letras, completaria 100 anos no dia 19 de outubro, quarta-feira. Em memória à sua obra, o Canal Brasil vai exibir neste dia, às 20h, o clássico de sua autoria “O Pagador de Promessas”. O filme dirigido por Anselmo Duarte é uma adaptação da peça homônima de 1960, que tornou-se o maior êxito cinematográfico da carreira de Dias Gomes. O longa foi também o primeiro filme brasileiro a receber uma indicação ao Oscar® e o único a ganhar a Palma de Ouro em Cannes, um dos mais prestigiados festivais de cinema do mundo.
Dias Gomes (1922-1999) foi um dos maiores dramaturgos e novelistas do país. Responsável pelos sucessos “O Bem Amado”, “Roque Santeiro” e “Saramandaia”, construiu uma carreira de sucesso não só na TV, mas também no cinema e no teatro. Aos 15 anos, escreveu a sua primeira peça, chamada “Comédia dos Moralistas”. A obra foi premiada no Concurso do Serviço Nacional de Teatro em 1939, embora nunca tenha sido encenada. Alguns anos depois, escreveu “Pé de Cabra”, que foi censurada durante o Estado Novo. Nos anos 50, passou a escrever radionovelas, mas acabou deixando de exercer essa função com a ditadura militar, em 64. Sua destreza para escrever acabou o levando para o cinema e a televisão pouco tempo depois e, em 1991, foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras. Em 1999, faleceu em decorrência de um acidente automobilístico.
Canal Brasil -- Homenagem a Dias Gomes
19 de outubro, quarta-feira, às 20h
Exibição do filme “O Pagador de Promessas” (1962) (98´)
Diretor: Anselmo Duarte
Elenco: Leonardo Villar, Glória Menezes, Rosa Dionísio Azevedo, Geraldo Del Rey, Roberto Ferreira, Norma Bengell , Othon Bastos, Antônio Pitanga , Gilberto Marques , Milton Gaúcho, José Arivaldo, Carlos Torres, entre outros.
Classificação: livre
Sinopse: Zé do Burro (Leonardo Villar) e sua mulher Rosa (Glória Menezes) vivem em uma pequena propriedade a 42 quilômetros de Salvador. Um dia, o burro de estimação de Zé é atingido por um raio e ele acaba indo a um terreiro de candomblé, onde faz uma promessa a Santa Bárbara para salvar o animal. Com o restabelecimento do bicho, Zé põe-se a cumprir a promessa e doa metade de seu sítio, para depois começar uma caminhada rumo a Salvador, carregando nas costas uma imensa cruz de madeira. Mas a via crucis de Zé ainda se torna mais angustiante ao ver sua mulher se engraçar com o cafetão (Geraldo Del Rey) e ao encontrar a resistência ferrenha do padre Olavo (Dionísio Azevedo) a negar-lhe a entrada em sua igreja, pela razão de Zé haver feito sua promessa em um terreiro de macumba.