(Foto: Lourival Ribeiro/SBT)
Psiquiatra, palestrante e autora de vários best-sellers, Ana Beatriz Barbosa vai deixar o The Noite desta terça-feira (11) ainda mais interessante. Lançando o livro “Felicidade”, que aborda a felicidade através da ciência, filosofia e ações práticas, diz que este é seu primeiro livro que não aborda transtornos mentais. “Não acredito em receita pronta para nada. Acho que (o livro) é um grande convite a repensar a vida. Tem pessoas que acham que vai vir um salvador da pátria na vida ou na política e isso é uma ‘fake news’. Felicidade é algo individual. Não existe felicidade coletiva, existe uma alegria coletiva, prazer coletivo, mas felicidade é você exercer a condição vital do ser humano”, declara. “Todos os animais ou plantas têm pré-determinado, como um software que já vem pronto para rodar, então a macieira vai dar maçãs, o sol vai aquecer, o rio vai dar no mar. A grande diferença desse bichinho, que somos nós, é que a gente vai ter que achar (nossa função), não vem pré-determinado... Nós temos dons e talentos desde cedo”, completa.
Segundo Ana, algumas práticas podem fazer o cérebro produzir certas substâncias: “hoje a gente sabe que a felicidade não é mais ‘tão genética’ assim. O que faz com que a gente tenha uma grande chance de ‘malhar’ a nossa felicidade”. Falando sobre o conceito de reencarnação, opina: “acho que existem várias formas de vida. Que a gente não acaba com a morte física, não tenho a menor dúvida. Porque é muita complexidade. Como a coisa continua depois? Não sei. Acho que alguns voltam.... Não é da natureza (humana) pensar na morte. É como se a gente sempre tivesse ‘sido’ e vai continuar ‘sendo’”. A convidada fala sobre livre arbítrio e comenta: “somos parte da natureza. A grande maioria dos animais, tirando a gente, não têm livre-arbítrio. A felicidade para eles é se reproduzir e passar o gen para frente. Ser um ser humano é usar de sabedoria, virtudes e valores para ser uma pessoa melhor. Se você cumprir isso, realizou sua função vital”.
Sobre inveja, explica: “não existe a tal da inveja branca. O invejoso é aquele cara que quer o que você tem e quer que você deixe de ter. Na admiração eu não quero que você perca nada para eu poder ter. O invejoso sempre tem uma ideia de que, se você não existisse, o que você tem, seria dele por direito”. Brincando a respeito do fato de ter muitas obras publicadas, diz: “é falta do que fazer”. E conta qual seu método para produzir tanto: “eu antes vou me interessando por um determinado assunto. Nunca escrevi sob encomenda. Vou ‘engravidando’, cada um é um filho. Quando sento, que já está tudo meio que na minha cabeça, já sei tudo que quero falar e aqueles itens vão se transformar em capítulos. Escrevo de seis a sete horas por dia. Eu morro para o mundo e isso leva, mais ou menos, uns três ou quatro meses”.