Foto Gelse Montesso |
Nesta terça-feira (27/9), no Provoca, Marcelo Tas conversa com o dramaturgo, escritor e antropólogo da beleza e do caos Fausto Fawcett. Eles falam sobre distopia, Rio de Janeiro, Brasil, eleições e muita mais. Vai ao ar na TV Cultura, a partir das 22h.
Tas pergunta até que ponto o que a gente vive, nós temos consciência que é uma distopia. “A crença humanista de que com tecnologia, com razão, progresso, nós vamos acabar com doença, com fome, essa fantasia, de que vamos chegar no ponto do Imagine All The People, como na música de John Lennon (...) eu acho que deu ruim. Tas indaga: Imagine não deu certo? Não dá, nós temos uma fantasia amorosa para a qual estaríamos destinados, uma adaptação cristã para o universo. O universo é conflito”, diz Fawcett.
Sobre o Brasil, o artista diz: “A minha vitalidade, o que eu vejo de vitalidade é justamente o fato de ser um território de ficção científica trash. Aqui é um laboratório, como é a Índia, a Nicarágua, o Iraque (...) eu não tenho nenhuma confiança absoluta nos partidos, mas as pessoas estão mesmo zumbis”.
Ainda no Provoca, Marcelo questiona: “O que você não quer que aconteça nas eleições? E Fawcett responde: “Que não aconteça as eleições, porque a possibilidade é grande. Pelo menos faz a festa sinistra da democracia, pelo menos isso, apesar da minha descrença ontológica (...) como nós dissemos aqui, está muito complicado e temos a vitória absoluta dos centrauros, metade homem, metade cargo, que só quer saber do seu pombal, seu curral”.
Sobre Fausto Fawcett
Escritor, dramaturgo, compositor, artista multimídia formado em jornalismo pela PUC do Rio. Nascido e criado em Copacabana, referência para sua obra.