Cristina Naumovs explica por que as marcas precisam se posicionar frente às causas sociais
“Publicidade ativista” é o tema do “CNN Nosso Mundo” deste sábado, 11 de junho (23h45). A designer, diretora de criação e DJ Cristina Naumovs é a convidada para o debate com Glória Vanique, Letícia Vidica, Rita Wu e Lia Bock.
O termo “publicidade ativista” passou a ser usado recentemente para descrever uma nova estratégia de marketing na qual as empresas se posicionam publicamente sobre questões que não estão diretamente ligadas ao seu negócio. São temas como o antirracismo, a defesa do meio ambiente, da diversidade sexual e igualdade de gênero, entre outras causas. A neutralidade é algo que ficou no passado: segundo pesquisa da consultoria Accenture Strategy, 79% dos consumidores brasileiros querem que as empresas se posicionem sobre questões sociais e 76% disseram que compram de marcas alinhadas aos seus valores, seguindo uma tendência mundial. “As pessoas que estão do lado civilizado do mundo compram de marcas engajadas”, alerta Cristina.
A diretora de criação defende que, nesse momento, todo mundo precisa ter uma causa e que as empresas têm muita credibilidade junto ao seu público. “Hoje, as marcas são mais acreditadas que o governo nesse país. As pessoas realmente acreditam naquilo que as marcas estão falando”, diz. Segundo ela, os próprios consumidores pressionam para que as empresas se posicionem. “O consumidor está ficando mais treinado para pensar antes de comprar, e as marcas estão ficando mais espertas também,” ressalta.
Mas é preciso praticar o que é dito no discurso. Cristina Naumovs explica por que as marcas precisam ter coerência entre a mensagem divulgada por seus influenciadores e o que os empresários praticam no dia a dia. “As marcas são feitas por pessoas. Então, quem está sentado tomando decisões hoje é mais importante do que nunca. E o jeito que essa pessoa se posiciona no mundo, é fundamental... Então, não dá simplesmente para uma pessoa pública se dar um carimbo de head de inovação, sem um preparo. É preciso entender aquele negócio, aquele business, o nível de entrega, de autonomia”, afirma.
A entrevistada explica, ainda, que existe diferença entre ser uma marca focada no consumidor e focada nas pessoas. “As marcas deveriam ser focadas nas pessoas, mas elas estão focadas em quem tem dinheiro para comprar”, lamenta. E destaca que a criatividade pode ser um bom caminho: “O jeito de pensar as campanhas, o jeito de pensar as publicidades, ele ainda é humano. Eu acredito muito no poder da criatividade.”
O “CNN Nosso Mundo” vai ao ar aos sábados, às 23h45, pela CNN Brasil.