Marcelo Tas recebe a cantora Sophia Chablau no Provoca
Foto Julia Rugai |
VOCALISTA E GUITARRISTA DA BANDA SOPHIA CHABLAU E UMA ENORME PERDA DE TEMPO PARTICIPA DO PROGRAMA NA TERÇA (24/5), NA TV CULTURA
Nesta terça-feira (24/5), no Provoca, Marcelo Tas recebe a artista Sophia Chablau. A vocalista e guitarrista da banda Sophia Chablau e Uma Enorme Perda de Tempo fala sobre o cenário musical e as plataformas de streaming, gĂŞnero, o interesse por polĂtica e a dualidade entre escolas pĂşblicas e particulares. No ar Ă s 22h, na TV Cultura.
A banda foi recomendada pela revista americana SPIN como “artistas para se prestar atenção”. E, sobre o assunto, Sophia comenta: “Eu acho tudo uma incrĂvel doideira. (...) Quando rolou esse negĂłcio da SPIN eu falei: ‘eles nem falam minha lĂngua, sabe? E achei demais’. Eu descobri que a jornalista que colocou Ă© portuguesa. (...) E aĂ eu fiquei mais feliz ainda, porque pensei: ‘pĂ´, nĂŁo quer dizer que ela nĂŁo entendeu nada do que eu falei”.
Quanto Ă mudança de cenário nas plataformas musicais, a artista afirma que gosta de pensar que as plataformas de streaming tĂŞm seu lado positivo. “DelĂcia/LuxĂşria, que Ă© uma de nossas mĂşsicas, foi a 17ÂŞ mais escutada em uma rádio do MĂ©xico. E a Cidade do MĂ©xico Ă© quarta cidade que mais ouve nosso som. EntĂŁo Ă© uma coisa que talvez nĂŁo aconteceria anos atrás”, conta.
Sobre a realidade de escolas particulares x pĂşblicas, Sophia comenta: “Eu acho que a escola particular Ă© o grande ‘nĂŁo fale com estranhos’ do mundo. Que Ă© viver numa redoma de merda e uma coluna social esquisitĂssima. E eu odeio. (...) Meus filhos nunca vĂŁo estudar em escola particular”. A artista ainda acrescenta: "Acho que ninguĂ©m constrĂłi nada (por meio da escola particular), porque construir a rua Ă© estar lá, Ă© estar presente e com as pessoas".
Ao longo do programa, Tas também relembra o episódio em que, aos 8 anos, Sophia foi à uma sabatina num espaço público com o então prefeito Gilberto Kassab. Na época, fez uma pergunta sobre o gasto com CEUS, teatros e construção de espaços culturais para as crianças. Kassab não respondeu no momento, mas ligou para ela depois com a devolutiva.
A artista tambĂ©m comenta sobre o bombardeio de informações e possibilidades heteronormativas e cisgĂŞneras durante a infância. E, rumo ao final, comenta: “VocĂŞ nĂŁo dá possibilidade para as pessoas se sentirem bem e se construĂrem. (...) E acho que isso deprime o jovem, gera um sofrimento”.
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