Foto: Divulgação
“Quando eu namorei a Bia virou um incômodo para as pessoas", revela a artista
Com brincadeiras da infância, muitas gargalhadas e grandes revelações, o “À Prioli” deste sábado, 07 de maio (23h), recebe Camila Pitanga. A atriz se soltou com Gabriela Prioli: cantou, se emocionou e se divertiu. Mas também falou de questões sérias e profundas, como a participação da mulher brasileira na política. “Acho que a gente tem que estar no Congresso, a gente tem que estar no Senado”, afirmou, alertando que ainda é muito baixa a percentagem de mulheres em cargos eletivos.
Camila Pitanga disse que cultura é a possibilidade de convivência com o diferente, para ter mais diversidade, e criticou: “O ataque à cultura é uma maneira de você fazer uma lavagem cerebral, de você controlar. Quando você tem uma massa amorfa, quando você tem um gado, todo mundo repetindo as mesmas besteiras, as mesmas basófias de negação da realidade, você tem mais controle.” A artista saiu em defesa das cotas para afrodescendentes, afirmando que “o advento das cotas contribui para o Brasil democrático, anti-racista”.
Ao falar sobre o pai, o ator Antônio Pitanga, declarou que ele sempre foi sua inspiração e contou que o sobrenome “Pitanga” foi uma escolha dele: "Originalmente, eu nem era a Camila Pitanga e, quando eu tinha vinte e poucos anos, foi um ato simbólico importante comigo e com meu irmão, ele mudou a certidão para de fato ficar formalizado, para continuar, perdurar na nossa família”, lembrou.
O tema sexualidade também foi debatido. A atriz, que não aceitou proposta para posar nua, disse que adora os corpos, mas as revistas masculinas atendem uma demanda que não lhe interessa. “Para mim, bate num outro lugar, que é de me sentir objetificada”, explica. Sobre a vida amorosa, ela falou do recente namoro com a artesã Bia Coelho. “Eu estava tão feliz, depois eu comecei a perceber o incômodo dos outros e isso de uma maneira me afetou, Mas depois que se tornou público, acabou”, conta.
Camila orienta a filha Antônia a não tentar agradar todo mundo. “Se você ficar em função de agradar as outras pessoas, você não vai ser você mesma”, alerta. Mas afirma que isso não é um problema da menina de 13 anos, porque “Antônia está tão à frente, ela é de uma profundidade,ela tem consciência do mundo e se aprofunda no que gosta e no que lhe interessa”.
O programa “À Prioli” é exibido pela CNN Brasil aos sábados, às 23h.